O ESQUADRÃO DE FALHAS

Na Central, os inúmeros técnicos trabalhavam arduamente desde a madrugada anterior, cada um em sua máquina e função. Preparavam-se para lançar uma atualização no sistema do Transe, o programa responsável pelo controle da classe menos abastada. O dispositivo garantia que nunca houvesse distração, contestação de ordens, crime, insubordinação e o principal: laços emocionais.

A atualização 2.0.3.7, entre outras novidades, traria uma punição mais severa para o caso de falhas no dispositivo de transe que agora passaria a ser implantado na população desde o nascimento. Quaisquer desvios da conduta diária pré-estabelecida pela Central levaria o indivíduo à morte cerebral instantânea.

— Morgan, quão perto estamos de finalizar? — Questionou a Presidenta Constanze, que já devia estar fazendo aquela pergunta pela décima vez ao técnico líder.

— Senhora, em poucas horas estaremos prontos para lançá-la, mas se me permite uma sugestão... não seria melhor fazermos alguns testes nas cobaias do L2? Temos milhares delas, só levaria alguns dias...

O olhar de Constanze fez o técnico líder Morgan calar-se.

— Se não dá conta do seu trabalho, Morgan, demita-se. Há dezenas de bons técnicos neste salão, prontos para substituí-lo. Não duvido que tenha algum melhor que você. Imagina como seria sua vida sem os privilégios de um técnico. Voltaria a usar o Transe-geral. — Constanze falava por trás do homem que teclava freneticamente programando em sua máquina, tentava não vacilar, ou ela perceberia como o deixava extremamente nervoso.

Ele respirou fundo, antes de dirigir-lhe a palavra.

— Senhora Presidenta, estaremos prontos para lançar a atualização em duas horas. Triplicarei as metas. Como sabe, eu e meus rapazes somos muito competentes, conseguiremos o que quer na metade do tempo proposto anteriormente. — Disse decidido, embora não fizesse ideia de como conseguiria programar toda a atualização em tão pouco tempo.

A presidenta da Central sorriu.

— Ótimo, aguardarei em minha sala — foi tudo o que disse.

Morgan suava frio, aquela mulher lhe despertava constantemente um medo primitivo, medo esse que tentara esconder por toda a vida. Não queria resumir-se a um mero indivíduo portador do Transe-geral, muito menos morrer.

...

Elliot Wilfred, um bom operário dos inúmeros que trabalhavam na Fábrica Central, voltava de metrô para casa pontualmente às vinte e duas horas da noite, tinha uma hora para chegar em casa, fazer a última refeição do dia e banhar-se. Às vinte e três horas em ponto, deitava-se na cama e em menos de um minuto caía no sono. Despertava às seis da manhã, banhava-se, fazia o desjejum, pegava o trem até a fábrica e às sete horas iniciava sua jornada de trabalho, sete dias da semana, trezentos e sessenta e cinco dias do ano sem qualquer tipo de folga.

O Transe-geral impedia-os, com seu alto poder sobre o sistema nervoso, de se sentirem cansados, por isso a expectativa de vida diminuiu com o passar do tempo. Era difícil um corpo chegar aos cinquenta anos, pois a Central ainda não encontrou um meio de conservar o físico, seu poder agia apenas como um modo psicotecnológico de camuflar o cansaço.

O metrô parou com seu leve solavanco, todo os passageiros começaram a sair mecanicamente, sem causar tumulto. Era como se fossem perfeitamente coreografados, de dois em dois todos saíram, exceto Elliot.

Havia algo de diferente, não parecia mais um operário inexpressivo. Uma dor de cabeça extremamente potente o acometeu, assim como uma fisgada na coluna e a sensação de peso nas pernas, era a exaustão.

Elliot olhou ao redor, nunca prestou atenção em quaisquer detalhes, mas agora tudo parecia novo, sentia que seria capaz de falar se tentasse, coisa que não fazia há anos devido ao Transe-geral, pois, para a Central, seus portadores não tinham necessidades de fala, já que não criariam laços emocionais, e no trabalho recebiam manuais com todos os seus afazeres, sem qualquer contato direto com os superiores ou com os colegas.

— E... eu. Elliot, meu nome é Elliot.

Algo acendeu em seus olhos, mas antes que pudesse ficar ainda mais deslumbrado com as descobertas, a dor de cabeça aumentou. Dor era algo que também ninguém sentia, embora ela estivesse lá, ocultada.

Era uma falha, não tinha outra explicação.

O homem saiu, enfim, do metrô. Andou cambaleante pela estação, encontrou o banheiro e foi até ele, involuntariamente tentava não parecer alterado, as Testemunhas estavam em todos os lugares, Elliot nem conseguia pensar no que elas fariam se notassem diferenças em seu comportamento.

Estava confuso, mas acima da confusão, o seu instinto de sobrevivência falava mais alto. Foi até uma das cabines e encarou o vaso sanitário perfeitamente limpo. Tudo era muito limpo, até suas lembranças.

Elliot tinha lembranças. Sua mente o levou ao passado, o primeiro dia de aula, o primeiro beijo, o despertar da sexualidade, seu casamento, sua esposa, a morte precoce dela. Seus dois filhos. Ernest e Jensen... um outro mundo.

— Meus filhos...

Sua voz era rouca, quase inaudível por conta do tempo que não exercia a fala. Mais lembranças surgiram num caleidoscópio de informações que o atordoaram. Era como se tivesse vivido outra vida antes da que vivia atualmente, uma vida feliz, onde havia algo chamado liberdade, coisa que ele já não lembrava o significado.

...

A atualização do sistema do Transe-geral foi lançada, duas horas se passaram e ainda nenhuma ocorrência de morte, o que era um bom sinal, pois o sistema ainda agia com perfeição sobre a mente da população.

Constanze preparava-se para deixar a Central naquela noite, tinha um sorriso nos lábios, nada lhe agradava mais que o controle. Ter o controle de tudo era uma dádiva, era quase como ser um deus.

Porém, antes de fechar a porta de sua sala, ouviu um bipe na tela de sua máquina sobre a mesa,

— Alerta de falha. Alerta de falha. — A voz mecânica soou.

A Presidenta da Central correu até sua máquina, projetou o mapa em um holograma preciso e arregalou os olhos ao notar os inúmeros pontos vermelhos que surgiam de todas as regiões.

— Lançar diagnóstico superficial, rápido — ela comandou.

Em menos de um minuto a máquina lhe mostrou o relatório. Constanze ficou aliviada ao notar que dos inúmeros pontos vermelhos, apenas um constava falha, os outros 4.954 sinalizavam os defeituosos que foram punidos com morte cerebral instantânea.

Ela saiu de sua sala e foi à dos técnicos, um grupo menor trabalhava no período noturno, mas Morgan também os liderava.

— Tivemos êxito Senhora. A atualização mostra ser muito eficaz.

— Ora Morgan, às vezes você parece esquecer quem eu sou. Tenho todos os dados, sei que a atualização foi eficaz, mas não 100%. Há uma falha e a culpa é inteiramente sua. Espero que saiba... que se o problema não for resolvido, vou pedir a sua cabeça no café da manhã. — Constanze disse e saiu triunfante.

Não poderia dormir em paz àquela noite, não enquanto a falha não fosse removida. Em seu comunicador, enviou um comando para o DSC (departamento de segurança e contenção) solicitando um grupo para remoção dos defeituosos e outro para rastreamento e eliminação da falha.

Era a primeira ação do tipo em anos. Os preguiçosos, como Constanze gostava de chamar os membros do DSC, agora teriam muito o que fazer além de monitorar a população.

...

Elliot agora andava pelas ruas vazias, como nunca havia percebido toda aquela deserção na cidade? Não há carros, não há pessoas. Todas já estão se acomodando em suas casas, assim como ele deveria estar.

Ele continuou a andar sem rumo pelas ruas, até perceber que alguém se aproximava, não sabia de qual lado. Passava pela entrada de uma viela quando algo o puxou para lá. Estava escuro, quem o puxou, segurou seus braços para trás, imobilizando-o. Outra silhueta negra pôs se à sua frente, apertou seu maxilar com uma só mão, fazendo com que Elliot abrisse a boca contra vontade, enfiaram-lhe uma pílula goela a baixo.

— Você está seguro agora, Elliot. — Disse uma voz masculina, o homem que o segurava afrouxou o aperto e enfim o soltou.

— Não entendo... o que está acontecendo. Não os conheço, como sabem meu nome?

— Não há tempo, eles vasculharão a cidade à sua procura, te dei um camuflador e isso nos dará algum tempo de vantagem, mas precisamos nos esconder. Logo, contaremos a verdade.

Os dois homens guiaram Elliot até o outro lado da viela, saíram na rua de trás. A brisa do início da madrugada era fria, ele percebeu estar arrepiado. O primeiro homem, que vestia um traje totalmente preto pôs-se à frente, olhou ao redor e abaixou-se para retirar a tampa de um bueiro.

— Vamos, rápido! — Disse e entrou no buraco que não era muito convidativo.

— Confie em nós Elliot, somos sua melhor chance. Desça, depressa!

O que mais ele poderia fazer?

Desceu com um pouco de dificuldade, pois além do aperto, sua coluna protestava. O outro homem desceu por último, fechando a tampa pesada. Estavam então num túnel maior na rede de esgotos da cidade. O primeiro homem acendeu uma lanterna LED infravermelha, fazendo alguns ratos correrem assustados, e seguiu na frente, já conhecia o caminho.

...

Da Central, graças à câmera de uma vespa-testemunha, Constanze monitorava cada passo do grupo designado a remover a falha. Pouco mais que vinte soldados, vestidos igualmente com um uniforme completamente preto e um capacete com uma viseira que cobria totalmente seus rostos, andavam em grupo pela rua seguindo atentamente todas as instruções que apareciam no GPS acoplado à viseira do capacete. Porém, quando estavam muito perto, o ponto vermelho, que indicava o portador da falha, desapareceu. Causando grande confusão em todos.

— Senhora, temos um problema! — Alertou Morgan, entrando sem bater na sala da presidenta.

— O que há Morgan, por que eles pararam?

— O sinal sumiu. É como se o Transe do indivíduo estivesse desativado ou extinguido, é impossível rastreá-lo neste modo. — Explicou.

Constanze o encarou estupefata, agora duas linhas pareciam mais visíveis em sua testa. Ela também tinha uma expressão dura.

— Isso não é possível. Não há como ele desativar ou remover o Transe, ele morreria tentando.

Em sua máquina, por onde monitorava o grupo, o comandante solicitou novas ordens, fazendo a Presidenta voltar suas atenções para ele.

— Comandante, procure por pistas num raio de um quilômetro de onde estão. Ele pode ter estourado a cabeça de alguma forma, achem o corpo. Não me contate até que tenha algo concreto. — Disse e desligou seu microfone.

Os soldados continuaram suas buscas.

...

Os três homens percorreram o labirinto que era a rede de esgotos até estarem diante de uma porta redonda inteiramente de ferro, o homem que ia na frente aproximou o rosto do que parecia ser uma fissura no metal, mas logo foi revelado um analisador de íris, após a confirmação a porta foi aberta.

Eles entraram numa câmara grande, totalmente isolada, só havia uma saída e uma entrada. Lá dentro havia cerca de cinquenta pessoas amontoadas pelo espaço. Elliot admirava toda aquela gente, ainda sem entender o que se passava.

— Elliot, meu nome é Grey Wilson. — Disse o homem que o guiou. Agora era possível ver suas feições. — Todos nós somos falhas, inclusive você. A Central possui um sistema que controla a todos. Nós fazíamos parte da classe mais judiada, os portadores do Transe-geral, não passávamos de meros operários, vivendo para manter a Central de pé, apenas isso. O Transe fez com que nos esquecêssemos de quem éramos antes de terem-no instalado em nosso cérebro. Estamos esperando pela próxima falha há anos e então você apareceu...

— Como sabe de tudo isso? — Elliot questionou desconfiado.

— Roubamos uma das máquinas da Central, alguns dos homens

que estão aqui já foram técnicos, conseguimos ter acesso ao sistema sem sermos detectados, temos acesso a tudo, mas não podemos agir. É por isso que sei quem você é, Elliot Wilfred. Sei que agora lembrou que tem uma família, assim como todos nós lembramos quando nossos transes falharam, porém, a maioria de nossos parentes já morreu. Os que estão vivos, possuem o transe, e seria muito arriscado tentar resgatá-los. — Continuou Grey.

Um sentimento esquisito aflorou dentro de Elliot, era esperança.

— Você pode localizar os meus filhos?

— Na verdade, eu já os localizei. Ambos são operários da fábrica ao norte. É a zona mais bem guardada, não podemos arriscar ir atrás deles, principalmente agora que há uma atualização, onde qualquer

pensamento adverso pode matar.

— Mas eles são meus filhos!

— Calma Elliot. Nós temos uma solução, porém é arriscada. As probabilidades são de 50% tanto para dar certo quanto para dar errado. Por isso te esperamos em todo esse tempo, temos uma chance de agir e o nosso futuro, assim como o dos seus filhos, agora depende de você. — Disse Grey, cuidadoso com as palavras.

Todos que estavam na câmara aguardavam, tensos, pela resposta de Elliot.

— Diga-me o que preciso fazer. — Disse ele, decidido.

...

Uma vespa voava por toda a cidade em busca da falha. Do outro lado, Constanze era quem a controlava, olhando atentamente para aquela tela há horas, seus olhos estavam irritados e sua cabeça já doía.

— Senhora. — Disse Morgan ao entrar na sala sem aviso prévio. — Tenho uma boa notícia, o transe da falha foi reativado, ele está andando pela avenida em Northshore, seus homens já estão indo buscá-lo.

Constanze sentiu um pequeno peso em sua consciência desaparecer.

— Eu quero esta falha extinguida.

O comandante avistou a falha andando em círculos pela avenida, certamente estava confuso, parecia inofensivo. Nem chegou a notar que já começava a ser cercado pelos homens do DSC.

— Ei! — Gritou o comandante, apontando-lhe uma arma.

A falha não emitiu nenhum som, apenas pareceu mais confuso. A vespa-testemunha já voava sobre eles, Constanze analisava a falha através do inseto artificial. Decidiu acatar a um pedido de Morgan. Usou o seu comunicador para falar com o comandante.

— Não a mate, nós precisamos analisar a falha, para que não volte a ocorrer. Depois o desativamos, não há pressa.

Elliot foi detido e levado para o departamento de testes e diagnósticos da Central, onde seria examinado enquanto estivesse consciente. Foi deixado em uma espécie de aquário de vidro, nu em pelo, havia muitos deles naquele grande salão, alguns superlotados, as pessoas pareciam mortas, ou congeladas. Os pertences de Elliot foram deixados numa bandeja que estava bem ao lado dos dois homens de jaleco preto.

— Vamos começar? — O assistente perguntou ao Dr. Garfield.

— Não, precisamos aguardar a Presidenta e o técnico. Eles querem examinar esse lixo pessoalmente. — Alegou. — Inclusive, tenho que ir chamá-los, enquanto isso, que tal você olhar o que há no pen drive que encontrou no bolso dele?

O doutor saiu, seu assistente pegou o pen drive na bandeja de pertences e o colocou na máquina para analisar os arquivos, mas não havia nada além de dados da fábrica.

— Estranho, um operário ter um pen drive... — o assistente pensou em voz alta.

Clicando no relatório, que na verdade era um botão disfarçado para espelhar discretamente os sistemas, o pen drive passou a emitir uma luz azul. Do outro lado da cidade, na câmara, Grey conseguiu estabelecer conexão com o sistema da Central, agora com esta conexão espelhada faria muito mais que apenas observar os movimentos de Constanze.

Ele tinha o poder em suas mãos.

Grey Washington já possuía em seu sistema um software que na verdade era uma atualização para os Transes, uma vez instalada, ela desativaria o dispositivo instantaneamente em todos que os portavam, mas antes de fazer isso, ele lançou comandos para os dispositivos das cobaias, que estavam em stand-by. Elas acordariam em poucos minutos.

Enquanto fingia-se de desentendido, Elliot orava para que o assistente não tirasse o pen drive da máquina, pois esta era a única conexão válida que Grey possuía com a Central. Por sorte, o doutor retornou com a presidenta e o técnico líder para iniciarem os exames e o assistente precisou sair apressadamente para auxiliá-los. O pen drive permaneceu no lugar.

— Talvez precisemos lobotomizá-lo, creio que os exames comuns não sejam eficazes para o diagnóstico. — Constanze decidiu.

Os outros apenas assentiram.

O doutor e seu assistente começaram a preparar os instrumentos da lobotomia, enquanto a presidenta e o técnico aguardavam ansiosos pelos resultados. Enquanto isso, Grey continuava a instalação, aflito e incerto dos resultados, embora tivesse conseguido desativar seu próprio transe.

Todos entraram no aquário onde Elliot estava, o doutor já tinha a furadeira em mãos, o assistente fez a demarcação, o instrumento foi ligado pelo doutor, mas antes que pudesse pressionar a broca contra o crânio de Elliot, um alarme disparou.

— É o alarme geral, o que está acontecendo? — Perguntou Constanze.

Morgan tirou do bolso seu comunicador, analisou o motivo do alarme e quase caiu para trás ao perceber do que se tratava.

— Aparentemente todos os transes-gerais foram desativados... exceto os das cobaias.

Constanze, Morgan, o assistente e o médico saíram do cubículo de vidro, indo para a máquina do grande salão. As cobaias já começavam a dar sinal de vida, o comando que Grey lançou sobre eles era claro.

Os quatro constaram que os dados eram reais. Exceto pelos das cobaias, todos os transes-gerais foram desativados por uma atualização de sistema vinda de outro endereço.

— Nos sabotaram, imagino que tenha sido você mesmo Morgan...

— Não senhora, que benefício eu teria? — Respondeu o homem nervoso.

— Eu não sei, mas...

As vozes foram interrompidas por um barulho forte dos vidros estilhaçando, as cobaias quebraram seu aquário, não pareciam nada amistosas.

— Não entendo como isso é possível! — Exclamou a presidenta.

Elliot levantou do assento onde estava e saiu na direção do seu povo enquanto os outros quatro ainda continuavam sem se mover, assustados. Ele tomou a frente das cobaias, todas elas agora eram falhas.

O rapaz olhou diretamente nos olhos de Constanze, que o encarava perplexa.

— Ora, mas o que é isso? Quem são vocês? O que querem? — Questionou Constanze.

— Não há nada que você possa fazer contra nós Constanze. Temos um esquadrão maior que o seu, agora. Você tomou algo de mim, e eu quero de volta!

O esquadrão de falhas se posicionou, pronto para atacar. Era um novo grande momento para a humanidade, lá fora todos acordavam recobrando as personalidades que um dia tiveram.

E a longa história que viria a seguir estava apenas começando.

FIM.

E N Andrade
Enviado por E N Andrade em 21/09/2017
Código do texto: T6120756
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