O FIM, O MEIO E O COMEÇO

Nossos sonhos às vezes podem ser realidades alternativas, onde nossa alma vaga pelas linhas do infinito.

Onde o terror cósmico ou até mesmo o demônio que vive dentro dos seres habitam. Pra quem ler pode ser a imaginação de uma mente criativa, pra outros a realidade que consome mentes obscuras.

Ainda sinto sintomas daquela noite, como fui parar naquele local. Até hoje eu não sei exatamente oque foi aquilo, só que foi bizarro.

Parecia que estava olhando o universo de cima, era algo incrível. Milhares de galáxias cada uma cor diferente, nem pintando conseguirá demostrar tanta perfeição.

Fiquei observando por horas ou por minutos, Não saberia dizer quanto tempo exato. O tempo não parecia correr naquele lugar, também não importava o tempo ali. Sentir vontade de virar pra admirar oque havia trás, Mas algo não deixava eu tirar os olhos daquele cenário. Era como se tivesse algo, um ser mandando eu olhar sua obra-prima. Tentei me aproximar e minhas pernas não se mexia, tentava gritar mas a voz não saia. A única coisa que conseguia era ficar olhando pra aquelas galáxias.

Alguns acham que o terror é ver criaturas demoníacas, mas o terror verdadeiro era aquilo que estava comigo.

Não andar, não falar. Só poder ver e não fazer nada.

Depois de um tempo tudo aquilo já estava um tédio, precisava ir embora ou poder conhecer mais daquele lugar. Forcei e forcei até conseguir me movimentar, era pra ter indo embora. Mas meu corpo queria se aprofundar, sentia como um fantoche sendo comandado por um ser superior. E fui pra mais perto, ao olhar no horizonte via umas explosões de cores.

Acho que eu estava tanto tempo ali, que as galáxias ficaram velhas explodiram. Era algo lindo, nunca mais vou ver aquilo.

Mas os gritos vindo das galáxias começaram a chegar, era algo desesperador ouvir seus gritos. Mas tudo é assim ficamos velhos, gritamos por socorro e ninguém ouve, e logo após morremos.

Chegou um momento que eu achei que eu estava sozinho na escuridão do universo, tudo em minha frente era o nada. Queria olhar pra trás, e ver se tinha belas galáxias como aquelas, mas algo ainda não me deixava olhar e nem ir pra trás.

Eu não sabia que sonho era aquele, aquele pesadelo terrível era um infinito de dor. Minhas lágrimas escorriam pelo meu rosto, gritei por uma resposta. Mas nem minha voz eu escutava, sentia como se eu também tivesse desaparecendo. E eu estava desaparecendo mesmo, sentia cada vez mais fraco. Meus dedos eu via sumindo, sentia uma queimadura de gelo no meu corpo todo. O desespero a cada dedo aumentava, e não tinha oque fazer. Provavelmente eu era o único ser vivo do universo, e também já estava chegando meu fim. Não tinha oque fazer, única coisa era fecha os olhos e esperar a minha morte. Ouvir grandes barulhos choro de criança, vozes de pessoas falando muito alto. Abri meu olhos e algo me assustou, eu não estava no universo mais.

Estava vendo minha mãe deitada numa maca de hospital, um o rosto de um homem com uma mascara. Eu chorava muito, por poder ver outras pessoas. Estava feliz por não ser mais o único.