Final dos Tempos

A era das grandes tempestades silenciava enfim depois de 73 anos... No silencio do infinito a terra jazia em uma atmosfera nublada, sob um azul pálido, riscado aqui e ali pelos propulsores das naves que cruzavam o universo... A terra do ano de 2850, era o refúgio de muitas espécie que fugiam das guerras, das destruições, dos cataclismas, que assolavam as estrelas... Sim, o planeta terra contava com 1 centena, ou talvez 1 centena e meia de anos ainda, porém ainda servia de refugio, apesar do fim que fustigava sua pobre atmosfera, com gazes tóxicos e bombardeios intermitentes de asteróides, e a noite não era difícil divisar aeronaves de corpos celestes perdidos, procurando um planeta agonizante para pousar...
A escasses de víveres e matérias prima desativou grandes industrias, a fome e as doenças intratáveis, mataram 2 terços da humanidade, o céu das tardes era uma escala de cores que começava com um azul pálido, depois vermelho, depois marrom, para no crepúsculo, antes do anoitecer se transformar num violeta sinistro, para morrer num negro agonizante e sem vida, pipocavam aqui e ali, algum gerador de alta potência, deixado para esvaecer junto com o tempo quando viessem os dias finais...
E na claridade de um cometa que passou beijando a terra, se viu o brilho daquela astronave cruzando um vale para depois pousar no pateo de um grande frigorifico desativado... Suas formas asperas, de aspecto belicoso, com agulhas longas na ponta das asas que desferiam raios para iluminar o caminho, abriram uma enorme escotilha do lado direito, de onde desceu sobre um trilho uma caixa semelhante a uma urna de metal, que foi conduzido por dois seres em levitação para dentro de um armazem onde havia energia de algum gerador... Luzes iluminaram o caminho...  Permaneceram 1 hora numa dependência iluminada, para depois voltarem para a astronave sem a urna, entraram na astronave, e sob o silencio dos propulsores que espeliram dois ou tres alos de um gaz fino, desapareceram à força da luz pro espaço sideral...
No futuro, já no final do milênio, num quadrante remoto da nebulosa de andrômeda, a deterioração que sacudia as galáxias, um pequeno planeta lutava suas ultimas batalhas, com os olhos voltados para a terra... A guerra havia terminado, na plataforma de lançamentos para o espaço exterior, a ultima astronave sob a claridade de sua estrela que amanhecia... Dentro da nave 1 piloto, uma princesa, a ultima daquela civilização, 1 robô e os dados para a viagem, que tentava ainda continuar sua espécie...
Há muitos anos-luz, quando a princesa avistou o sol sabia que logo teria que constar em seus comandos o planeta terra, e a semente congelada da futura geração de sua espécie... Entrou no sistema solar... Passou Plutão...Passou Netuno...Passou Urano...
___ Cadê a terra?
Passou Saturno... Passou Jupiter... No silêncio do espaço sideral ela avistou um pequeno planeta azul, avermelhado nos pólos, e girando em órbita irregular... Ao aproximar-se de Marte viu primeiro uma enorme explosão mostrar uma ferida gigantesca no meio do planeta azul, para depois ser sugada com sua pequena nave para uma explosão nuclear que devastou a terra no final dos tempos...

Malgaxe
 
Malgaxe
Enviado por Malgaxe em 07/05/2019
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