45. ILHA DO TREMOR – MAIS UM A DERIVA

MAIS UM A DERIVA

Como já era de rotina, o capitão Lincon que pilota o submarino C-22 acompanhado de seu parceiro Agtor, se viu sozinho sem o seu parceiro de equipe. Ele tinha Agtor como um filho, sempre queria o melhor para Agtor. O capitão Lincon ficava pensado na reportagem que viu na televisão, recordava cada frase de Agtor falando com o repórter sem a sua imagem. Pela sua experiência de vida, sempre acredita que precisa dar tempo ao tempo.

O capitão Lincon ao entrar do submarino C-22, dá uma olhada para a cidade de Olfines. A última vez que ele tinha feito aquele, de olhar pausadamente para a cidade, foi no seu primeiro dia de trabalho com o submarino C-17, naquela época em que se usava manivela para poder usar alguns comandos do submarino C-17, os meios de comunicação nem funcionavam direito.

O capitão Lincon fecha o alçapão do submarino sem muito esforço, sempre cabisbaixo pensando em Agtor. Um pedaço da tinta que estava descascando do submarino, fica presa na borracha de isolamento do alçapão.

Ao comando do capitão, o submarino começa a se afastar da cidade. Neste dia o capitão estava pensando tanto em Agtor, que esqueceu de acionar o comando submerso do submarino. Quando já estava bem afastado da cidade de Ofines, a dez mil milhas náuticas de distância, se deu conta que precisava acionar o comando submerso.

Aos poucos o submarino C-22, ia ganhando as profundezas do mar. O capitão começa a sentir uma leve falta de ar. O ar da cabine de pressurização estava vazando pelo alçapão, empurrando o ar todo para fora do submarino. O capitão percebe que escorre um fio de água no chão do submarino. Já esquecera que Agtor existe. A sua preocupação foi tanta que seu coração acelerou depressa. Assustado, ele acionou o comando subir do submarino, foi inútil, o comando entendia que era para descer e o submarino passava a ganhar mais velocidade para baixo nas profundezas do mar escuro. Nesta hora o submarino não estava equacionado direito. O volume de água aumentava cada vez mais, emundando a cabine do capitão. Depois de muito tempo tentando fazer o submarino alcançar o nível do mar, as luzes se apagam, o capitão só vê uma saída, o alçapão.

Com a água na cintura dentro do submarino, o capitão entende que precisa ter calma para ter ar suficiente para respirar e sair vivo desta. Lutando contra a água que já estava na altura de seu peito, chegar perto do alçapão, descobre que a água do mar está entrando pelo alçapão. O capitão faz muita força para abrir o alçapão, coloca toda a sua força com o ombro, nada do alçapão abrir, a água de forma constante continuava invadindo a cabine.

Por um instante, o capitão se lembra que estava em sua casa lendo o manual técnico do submarino, não se lembrava de qual modele. Para a sua salvação, o botão de emergência continuava lá, mais atualizado do que nunca. Com apenas um toque, o alçapão se desprende do submarino fazendo com que o capitão Lincon consiga abandonar o submarino.

O capitão Lincon consegue chegar são e salva ao nível do mar bem distante de um solo firme. Com bastante falta de ar ao mesmo tempo alegre por esta vivo, o capitão olha para todos os lados e só vê agua. Decide ir nadando em alguma direção. Os treinamentos marítimos lhe trouxeram bastante experiências, na função que exerce, fez dele ser capitão, agora está usando as suas habilidades que até entanto não tinha conhecimento.

Mais adiante o capitão observa algo boiando no mar, era pequeno, muito difícil de decifrar o que é. Capitão decide ir nadando de braçadas até este objeto boiante.

O capitão se depara com um minibarco improvisado, cheio de penas de bombo. O capitão sobe no minibarco e tira uma boa dose de descanso a luz do dia. Feliz por esta vivo.

O submarino C-22, toca o solo nas profundezas escura do mar.

Alex Leonardo da Silva
Enviado por Alex Leonardo da Silva em 15/04/2020
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