Menina mulher, sereia de lindas formas,
Pele alva, encaracolados cabelos negros,
Ingênuos pensamentos, sonhos perturbadores,
Constante conflito, isolada no seu “eu”.

Graciosa ao caminhar em seu vestido esvoaçante,
A lua á seguir seus passos no breu caminho.
Seus olhos negros reflexo da noite que á envolve.
Sedutores mistérios á cercam no seu vagar.

No esconderijo do seu mundo,
Olhos sinistros á espiam, espreitam,
Sentido exalar da menina mulher, um doce odor,
Virginal, ardente desejo á envolve-lo.

Sinistra criatura, anjo da noite,
Sai dos seus lábios nevoeiro,
O soprar gelado de sua alma,
Á envolver a dama mortal por inteiro.

Assim como na outras vezes ela não o vê,
Mas sente sua presença cada vez mais perto,
Medo e hesitação sobrepõem á alma,
Febre á se espalhar pelo corpo.

No silêncio mortal um corvo voa de um galho seco,
Emitindo um grave som, quebrando a magia,
Assustando a linda jovem, tirando-a do torpor,
Do sombrio anjo...

Põe-se á correr sem olhar para trás,
O farfalhar de folhas, sob seus pés,
Coração disparado, peito arfante,

O som do vento a uivar-lhe no ouvido.
Trazendo uma mensagem do sombrio anjo da noite,
Que não desistiu de levá-la ao seu mundo, o abismo.
_”serás minha, minha!”