O vale perdido

Existia um vale perdido aproximadamente ao norte da África. Sua paisagem era muito conservada, havia muitos animais e grandiosas árvores. Uma verdadeira exuberância, misturada a uma essência mística. Ao entrar no vale, logo percebi que a vegetação cercava uma imensa lagoa, fazendo sombra aos grandes peixes que faziam dela sua eterna moradia. E nesse belo dia, foi que eu decidi ceifar um pedacinho de suas maravilhas. Sentei-me a beira da lagoa e afastei um pouco os arbustos, confortando-me. Preparei rapidamente minha bela vara de pescar e com toda a minha força, lancei-a bem no meio da imensidão do lago. Então percebi que o anzol não havia tocado nas águas do lago. Foi quando senti a linha repuxando no ritmo do vento. Atentamente olhei para o alto e notei que o anzol estava preso ao imenso galho de uma árvore, em meio ao belo canto de diversos pássaros. Tratei rapidamente de desprender o anzol. Foi então que tudo começou a parecer diferente: cada vez que eu tentava alcançar o anzol, os pássaros pareciam cantar cada vez mais alto e os jovens micos, saltavam de galho em galho em uma intensidade frenética e angustiante. Até mesmo a vegetação começou a se sacudir de forma intensa.

-Mas como? Pergunto-me. Não há mais vento por aqui!

Nesse momento me arrepio por completo, e sem procurar entender o verdadeiro sentido, disparo-me a correr em direção à mesma trilha por onde entrei anteriormente. E para minha surpresa, ela não esta mais lá. Por vários minutos pareço correr em círculos. Agora muito exausto e depois de horas de desespero, começo a me esvair aos poucos. Era como se algo me sucumbisse, e então lentamente comecei a cair em um profundo sono. E simplesmente quando acordei, estava deitado em meu quarto, ao lado de meu filho. Tudo sempre parece muito real, quando na realidade, vivemos em um mundo de sonhos e fantasias.

Fabiano Moreira
Enviado por Fabiano Moreira em 11/12/2008
Reeditado em 04/02/2009
Código do texto: T1330814
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