TANGO

Todas as luzes incandescentes voltavam do dia anterior alegres, uma postura ética, serena, difundida e soberana, a capacidade de iluminar a noite trazia no bojo a vontade que os homens tem de seguir ligando e desligando as luzes através do foto célula que ficam expostos nos poste das cidades mais longínquas - sendo assim quando o tempo vem deixando para traz a noite dançante.

O dia intacto e frio carrega consigo o peso de uma noite primaveril; lugar de abrir o coração para as nuvens, seguir os passos noturnos na direção do objetivo macro, entre a sombra que se forma ao meio dia e a sombra que é luxo na noite, verdadeiramente não existe sombra na noite, mas um casal se aproxima da luz incandescente do poste que tem seu papel preponderante neste dia primaveril.

O casal em desalinho se beijam, beijam, se olham firme nos olhos, pernas entre as pernas, rostos colados, coxas com coxas, vai e voltam e a luz incandescente como companhia, uma noite única, como eu a distância não podia distinguir já que chovia fino e era translúcido tudo que eu via.

Aproximei daquele casal e, pude vê que eles não se beijavam, simplesmente com o som da música que era feita pela chuva límpida e fina que batia no carro estacionado fazia com que eles transformassem tudo aquilo em uma música argentina e ali dançavam um tango da melhor qualidade, eu modestamente pude fotografar e dizer as impressões que as vezes temos erradamente pode ser transformada em amor, e a música feita pelo som da chuva fina que batia no teto do carro, e juntamente com aquele casal seguiram juntos para a felicidade do mundo.

A voz dos meus olhos

que não falam mas, dizem;

a língua que bate no céu da boca do céu,

isso é o que os meus olham falaram

na escuridão tão clara, então:

exuberante ficou o meu coração.

MOISÉS CKLEIN.

Moisés Cklein
Enviado por Moisés Cklein em 27/05/2009
Reeditado em 25/06/2009
Código do texto: T1616933
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