vitma de um mostro

Vitima de um mostro

Aparecida Nogueira, empregada doméstica em casa de família, uma mulher sofrida mãe de quatro filhos, mas como todo brasileiro traz a felicidade estampada no seu rosto, ela trabalha há muito tempo naquela casa.

Todos os dias às cinco horas, lá está ela se arrumado para o trabalho. Acorda Ludmila, sua filha caçula, agasalha a criança de cinco anos que ainda dorme e se vai com filha nos braços, pega ônibus lotado e quando chega quase sempre Ludmila acorda e espera os filhos da patroa acordarem para elas brincarem e assim acontece todos os dias até o horário de Flávia e Paulo, os filhos dos patrões irem para a escola.

Alguma coisa estranha está acontecendo. Ludmila, de duas semanas para cá esta triste; aquela menininha sorridente fica pelos cantos e a mãe na sua inocência acha que pode ser verme, ela não faz a menor idéia do que pode ser. Aparecida todos os dias leva as crianças para a escola que fica uns vinte minutos dali e demora em torno de quarenta minutos para ir e voltar. Sua filha sempre ficava com o avô de Paulo e Flávia porque sempre sol está muito quente e o senhor fala para ela não se preocupar que ele cuida da menina e foi assim que tudo teve começo.

Quando Aparecida saía, Lourival se masturbava na frente da menina que não entendia nada do que estava acontecendo. Lourival começa a ir mais longe, se torna mais agressivo e como se fosse tomado por uma força maligna precisa arrumar uma forma para que a menina dormisse a fim levar seus planos adiante. Então começa a dar calmante para criança que logo adormecia e assim ele tocava sua inocência, mas naquele dia foi muito além: depois de tocar o corpinho de Ludmila adormecida, pega uma seringa usada e coloca na vagina da menina.

E no vai e vem da entrada e saída ele descuida da seringa, a porta se abre, não dá tempo para retirar a mesma da vagina da criança. Foram uns quarenta minutos de tortura , apesar da menina estar desacorda. A mãe pensa que ela está dormindo.

Lourival, 65 cinco anos, pai de sua patroa, um homem que no passado fora preso por estuprar outra criança de dois anos, mas ninguém mais se lembrava, pois foi na juventude daquele homem que aconteceu a condenação. O aposentado morava com a filha Claudia há um ano e pouco. Após sua mulher morrer ele reclamava muito da solidão, por isto a filha em comum acordo com marido decide a trazer o pai para morar com eles.

Naquela tarde, quando Aparecida chega em casa percebe que a filha está queimando de febre e ainda um pouco sonolenta. Aquela noite foi muito agitada, a menina remexeu a noite toda. Quando despertador toca, Aparecida vai à cozinha e prepara o café. Volta para agasalhar a filha para começar novamente sua jornada, mas a mulher quase cai de susto e pede ajuda a um vizinho, que prontamente a atende. Meia hora mais tarde no hospital ao ver a filha queimar em febre (devia estar com uns quarenta graus), a criança começa a ter convulsões, uma pediatra a atende rapidamente e faz as perguntas rotineiras à mãe:

- Quando começou a febre ?

- Ontem à tarde.

- Que remédio deu a ela?

- Só dipirona.

- Ela está gripada?

- Não

A criança grita de dor e a mãe se desespera

- Doutora, faça alguma coisa. Ela está sofrendo muito. A médica pede para chamar o chefe da pediatria, passa um remédio para tirar a dor, que administra imediatamente e quando a equipe médica chega ela pede para que a mãe espere lá fora. Ludmila agora dorme. Luciano, chefe da pediatria a examina, fica horrorizado com a conclusão a que chega.

- Ela foi violentada e acho que deve ter ficado algum objeto dentro dela

- Meu Deus, isso é loucura, que monstro faria isto?

- Minha cara, tem mais monstros por aí do que se pensa. Vamos radiografar para ter certeza, mas noventa e nove por cento me dizem que tem alguma coisa dentro dela. Imediatamente a menina é levada para radiografia e é confirmada a suspeita do médico.Patrícia, a médica que atendeu Ludmila fica abatida ao ver a crueldade do ser humano.Ricardo fala:

- Será que mãe sabe de alguma coisa?

- Acho que não, é uma mulher muito simplória e além do mais está desesperada, ela não sabe de nada doutor.

- Vamos conversar com ela. A enfermeira chega com os exames que constatam infecção generalizada, Ricardo pede para levá-la imediatamente para UTI. Chama a mãe e explica a situação e pergunta quem mais tem contato com a menina. Aparecida diz:

- Eu e os filhos dos meus patrões. De repente vem à sua mente: - o pai da minha patroa fica com ela todos os dias para que eu leve os meninos à escola. Ricardo pede para avisar o posto policial do hospital. Duas horas mais tarde Lourival está sendo preso. Enquanto isto, médicos tentam desesperadamente salvar Ludmila, porém, isto não é mais possível, a criança já está morrendo. Patrícia vê o ultimo suspiro de Ludmila e vai comunicar à mãe.

- Sinto muito, mas a criança não resistiu e acabou de falecer. A mulher grita de desespero. No dia seguinte a noticia vira manchete em todos os jornais “criança morre após ser violentada”. O monstro que ainda temos que chamar de ser humano na cadeia ainda tem direito de banho de sol três vezes por semana. Ludmila foi só mais uma vítima entre tantas que todos os dias são violentadas. Quando o homem se transforma num terrível monstro não tem solução.