A Apólice de Seguros

- Socorro, me ajudem!Grita um Homem de dentro daquela casa. Dois jovens que perambulavam pela rua ao ouvirem os gritos decidem entrar na casa, eles pulam o muro, arrombam a porta e se deparam com uma cena surpreendente, um Homem desfalecido sobre o chão, com um faca de cozinha encravada no peito,um papel na mão, jogado sobre uma poça de sangue. Pelo corpo sinais de arranhões, queimaduras e cortes profundos, e ao seu redor, móveis revirados, vasos quebrados,papéis espalhados sobre o chão, um caos total.

Os jovens se perguntam o que havia acontecido, quem era o agressor, e um deles percebe que havia uma câmara, imediatamente ele retira o vídeo e ambos começam a assistir o que seria a cena mais bizarra que eles já teriam visto.

No ínicio da fita o Homem abre e revira várias gavetas procurando por algo, ele parece estar colérico,ele menciona um documento que precisa encontrar, uma apólice de seguros feita em seu nome que estaria guardada em algum lugar daquela casa. Ele grita com voz firme e ameaçadora com alguém, mas não parece haver alguém na sala:

- Quero saber onde está, me diga agora!

Em seguida ele grita novamente e dá um soco enfurecido na parede,uma voz miúda e aparentemente amedrontada fala que não sabe onde está, mas ele insiste e furioso pega um vaso e joga contra a parede. A cena é bizarra, os jovens não conseguem entender, onde estaria a outra pessoa, presa em algum lugar?

De repente o Homem começa a dar tapas em sí mesmo gritando e rosnando como um animal:

- Onde está a apólice, seu porco imundo, me diga!

Uma voz chorosa novamente se manifesta dizendo que nunca dirá onde está e que ele nunca conseguirá o que deseja. Furioso o Homem parece brigar consigo mesmo, ele vai até a cozinha, liga o fogão e com uma das mãos segura a cabeça sobre o fogo, enquanto outra parece querer livrá-lo das chamas:

- Onde está a apólice, diga maldito! Grita o Homem em coléra.

Com um impulso do corpo ele cai no chão, mas consegue abrir a gaveta e pegar uma faca de cozinha, começando então a golpear seu próprio corpo em várias partes. Em seguida ele começa a rolar no chão, enquanto uma das mãos tenta conter a faca, mas em vão, a outra parece ser mais forte e continua a golpeá-lo nas regiões vitais. Quando chega a sala, em um esforço final, ele retira uma tábua do chão de taco, lê um papel e diz aliviado:

- É tudo meu, a apólice de seguro que você fez em meu nome, agora é minha, só preciso que morra!

O Homem posiciona a faca em direção ao coração e com um golpe brutal, mata o segurado e beneficiário também.