Além do Inexplicável
Ouvi um barulho.Era um barulho diferente do que eu estava habituado a ouvir nesse imenso labirinto,que até então acredito que estou só.A princípio o pânico por ser descoberto no meu esconderijo tomou conta de mim,entretanto não me intimidei e rapidamente peguei minha lanterna rumo ao desconhecido:em pouco tempo irei saber o que comprometerá ou não o meu futuro.
Ao sair do meu reduto,percebi que o barulho vinha lá de cima.A medida que subia as escadas o medo se alastrava pelo meu corpo alcançando o seu ápice,a cada degrau superado trazia comigo a aflição,a preocupação e o medo todos reunidos em um único sentimento inexplicável.
Ao alcançar o nono andar,notei que o barulho tornara-se mais audível.Continuei minha jornada sentindo-me cada vez mais exausto,as gotas de suor escorriam pelo meu rosto e quanto mais próximo pensava que estava do fim,as escadas pareciam intermináveis.
A escuridão se propagava lentamente ao passo que a minha lanterna começava a falhar.O desespero tomava conta de mim,quando deparei-me sozinho naquele imenso vazio.Senti que não tinha mais capacidade para continuar,porém maior que o medo,só a curiosidade que me consumia para me fazer seguir em frente.
Minha vista começava a se adaptar a escuridão e tudo a minha volta começou a tomar forma.Dei-me conta de que estava próximo a desvendar o motivo do meu medo.Senti uma mão gélida fechar-se em torno do meu braço.O resquício de coragem que havia se instalado em mim,fora embora.O barulho que outrora fora indistinguível,agora soava com mais clareza:
-O senhor está bem?
---> Esse texto foi escrito para um trabalho do Colégio Anchieta, e a professora sugeriu publicá-lo, pois achou muito interessante.
---> Alunos que fizeram o texto:
- Camila Farias
- Candida Cristina
- Cláudia Alge
- Daniel Abreu
- Henrique Kolbe
- Jéssica Hoppe
- Juliana Sampaio
- Phelipe de Martins