O LOBISOMEM DE AMPARO - PARTE 01 – MEU AVÔ

O LOBISOMEM DE AMPARO

PARTE 01 – MEU AVÔ

Nem me lembro quando foi a primeira vez que eu escutei a historia ou estória do Armando pipoqueiro, do meu avô enfrentando o lobo negro e meu pai dando de cara com o lobo. Sei que esses fatos fizeram parte da minha infância e encheram a minha mente de fantasia.

Tento recordar os detalhes contados a mim pela minha mãe.

Faz anos e anos que ouvi esta estória, na época era um menino.

Tudo começou com a vinda de meus avôs da Itália e o estabelecimento deles na cidade de Amparo. Trabalharam duro e abriram um armazém.

Um dia porem, meu avô foi à cidade a negócios, mesmo que todos não quisessem que ele voltasse para a roça à noite, pois era noite de lua cheia meu avô sem entender o porquê, foi embora para a fazenda. A luz da lua iria iluminar o caminho.

Deixou a cartucheira carregada e foi para Aparecidinha, há poucos quilômetros do centro da cidade. E a lua bonita estava ali, pelo caminho viu coruja, viu lobo guará e até porco-espinho. Em sua carroça ele e seu cão.

Ao passar pelo estradão, onde hoje fica uma represa, saiu do mato sem aviso um grande lobo negro, não pernalta como um guará, mais parecia lobo europeu, só que maior e de pêlos negros e olhos vermelhos. O cão o qual a minha mãe não lembra o nome ou seria eu que esqueci, pula da carroça para enfrentar tal fera e mal deu tempo dele atacar e o canídeo enorme numa patada degola o pobre cão. Meu avô então disparou dois tiros de cartucheira e o lobo mesmo sendo alvejado não recuou, restou ao meu avô fugir.

No dia seguinte, meu avô reuniu os moradores da região e fizeram caça ao tal lobo, mas todos falavam que de lobo era apenas a imagem, pois era na verdade o lobisomem da região.