Paranoia?

O coração apertado dentro do peito, de repente uma angustia inominável, encostou-se à parede do escritório e respirou fundo, algo estranho estava acontecendo. Poucos minutos depois a luz pisca,volta, pisca novamente e volta. Ficou tensa. As pessoas já saiam das salas, buscavam as escadas já que o elevador não era uma boa opção. Estava próxima da cozinha, foi para sua sala para conferir se o computador tinha desligado. Funcionava perfeitamente.

Sentou e ligou para a manutenção do prédio, não sabiam o motivo da instabilidade da luz. Entrou no sistema de segurança, averiguou as câmeras e ficou pensativa. Suspeitava há alguns dias de algum hacker em seu sistema. Fez contato com o rapaz da TI externa, da outra filial, puxo alguns dados de seu sistema mas não encontrou violação. Estava apreensiva já que o planejamento de uma transação importante estava no sistema antes da efetivação e era de milhões. A luz piscou mais uma vez.

Se viu sozinha em seu andar, o horário já era de fim de expediente, a evacuação de certo modo não afetaria o rendimento, mas ainda tinha uma sensação ruim. Felizmente estava no 3° andar,não seria tão árduo descer aqueles andares. Abriu uma pagina de noticias para se distrair, ficou divagando enquanto aguardava mais um escaneamento no sistema. De repente teve a sensação de ser observada, olhou ao redor,nada viu,acessou via internet a câmera que monitorava sua sala e corredor, nada. Sabia que seu computador era uma ameaça em potencial enquanto averiguava o sistema, pois estava diretamente ligada a todos os arquivos confidenciais. O suor brotava da testa, só mais alguns minutos e estava livre. Pretendia sair correndo dali.

Quando o sistema finalizou, iniciou o desligamento. Um arrepio a fez estremecer de cima a baixo. Olhou assustada ao redor, totalmente só. As mãos suavam e tremiam. Ligou para a portaria, pediu que subisse um segurança para verificar seu andar. Cada segundo que esperou pareceu horas. o guarda uniformizado então se apresentou e iniciou a ronda. Pegou suas coisas e foi para a escada, desceu rapidamente, mas senti que seus passos não eram os únicos. Desceu mais depressa, e os passos aumentaram o ritmo. Quase correndo, arfando descia, quando chegou à portaria,abriu a porta e ficou olhando para cima esperando quem a seguia, e o som de passos simplesmente desapareceu. Foi para garagem, olhando tensa ao redor, destrancou o carro com o controle, sentou fechou a porta e ligou rapidamente,queria sair dali depressa.

Enquanto dirigia tentou observar se alguém a seguia. Não parecia. Foi rápido para casa, entrou pela garagem voando. Fechou o portão,somente aí começou a se sentir segura. Sentou no sofá e colocou os pés para cima, seu marido certamente chegaria logo. Colocou uma musica e adormeceu.

Quando acordou a casa estava revirada, seu marido morto a poucos metros dela e o pavor que tomou conta a tirou para sempre da realidade....

T Sophie
Enviado por T Sophie em 17/04/2011
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