O graduando - final

E o rapaz ficou ali, pensando alguns minutos, depois levantou-se e saiu, entrou em um carro do ano, todo moderninho `a la anos dois mil, e sentiu-se o máximo; como se fosse um deus.

Durante a trajetória que o conduziria á sua casa, ele colocou músicas eletrônicas em alto som, ofuscando tudo e todos que passavam pelo seu caminho, ele nem percebeu que atropelou um cãozinho que passou desprevenido em sua frente.

O homem estava louco, chegou no prédio que morava, em uma avenida cara de uma metrópole bem capitalista, aqui do nosso Brasil, e foi logo chamando a atenção do pobre porteiro que tirava um cochilinho, só porque este demorou uma fração de segundo para abrir a porta da garagem; depois subiu pelo elevador de serviço, com muito ódio, pois o outro estava em manutenção.

Quando ele chegou ao seu andar, a cobertura, e abriu a porta do apartamento, viu uma cena incrível: Sua mãe, deitada nua, no tapete da sala, com um copo na mão, e uma música clássica alta, um homem também nu, cochilava no sofá...o rapaz pirou, deu um urro, e a mãe, que parecia muito além de drogada vestiu seu robe rapidamente...dizendo - Nossa cara, pensei que você chegaria bem mais tarde! e foi cambaleando até uma manta que estava no chão, pegando-a para cobrir o homem no sofá, que ressonava.

O nosso graduando, girou a maçaneta e saiu de novo, mas bradou - Ainda por cima, o cara é um velho, o homem no sofá deveria ter uns 40 anos, a mulher que tinha cinquenta gritou - Vê se não vai beber e se drogar demais....filho....

O jovem preocupado com a saúde, a morte, a velhice e tudo mais...pegou seu carro, e voou pela cidade, atropelou mais dois cachorros, e foi parar numa boite gay...lá ele consumiu bebidas e drogas, e depois de dançar muito...e vomitar também demais...pegou uma arma, voltou ao apartamento e matou sua mãe.

Valéria Guerra
Enviado por Valéria Guerra em 26/05/2011
Código do texto: T2995508
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