Ao acordar......

Acordou se sentindo presa em um casulo, cercada de trevas e medo, em estado de semi vigília, parecia esta entre dimensões, a pele se arrepiando, e dentro de sim queimando em absoluto pavor.

Um som ao longe, acordou tudo normal em seu quarto, mas ao longe um gato miava sôfrego, as mãos frias e trêmulas buscavam o interruptor que não respondia, o coração disparado dificultava tudo, simplesmente parou e tentou acostumar os olhos com a escuridão já que o que lhe cegava era o pavor e não a falta de luz. Podia ver as formas familiares de seu quarto, silencio, apenas a respiração meio ofegante, quase podia ouvir seus batimento cardíacos... Ouviu um arrastar, como se um ser rastejante estivesse se esgueirando por ali, talvez fosse som vindo do vento arrastando algo na varanda, se levantou e foi olhar pelas frestas da veneziana da janela de madeira, não viu nada, a noite estava clara, a lua devia estar cheia. Voltou e se sentou na cama, sentiu claramente a presença de alguém próximo de si, pensou consigo que alucinava por estar assustada, virou o rosto lentamente tentando achar na escuridão forma que pudesse ser de uma pessoa. Ficou atônica ao constatar que um vulto estava próximo de si. Parecia etéreo, apenas feito de bruma negra, pois mesmo no escuro notava não ser feito de matéria densa.

Ficou observando, ainda com certo temor, mas de repente teve a sensação de que sempre esteve ali. Falou com voz fraca:

-Quem é você?

Sentiu um calor dentro do peito, e uma resposta a mente: um amigo.

Os olhos marejaram de lágrimas, uma dor intensa tomou conta de si, não sabia de quem se tratava, mas sentia profundo pesar. Em sua mente se perguntou se teria perdido algum amigo do qual não se lembrava, ou somente se ele queria dizer que não lhe faria mal. A alma pesava toneladas, como se a vida de repente fosse um grande mérito do qual pouco valorizava.

Deitou novamente, em seus pensamentos, teve desta vez sonhos tranqüilos. Sorriu ao ver a luz entrar pela janela de manhã, e agradeceu sua existência, prometeu a si fazer valer apena dali em diante.

T Sophie
Enviado por T Sophie em 18/07/2011
Código do texto: T3102478
Classificação de conteúdo: seguro