O segredo de Jhon

Há feridas que com o tempo doem mais.

Querido Jhon

O passado nos tormenta, quando no presente, deixa teus rastros.

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Milena Miranda

Acordei sonolenta, na verdade só me dei conta de que havia acordado, quando virei para o lado e busquei o calor nos lençóis para saber se realmente Pietro teria estado comigo aquela noite e para meu desespero, era mais uma sem ele. Levantei para beber um copo de leite e organizar as ideias, sentei, quando ouvi um barulho da porta, confesso que já esperava sua chegada depois de uma hora da manhã, o que não era tão comum era sua embriaguez e suas lágrimas, deixei de lado a repreensão para cuidar dele. Esquentei um café, enquanto o guiava ao banheiro, me senti mau de alguma forma, vê-lo daquele jeito me comoveu, depois de todo aquele desconforto, deitou-se a cabeça no meu colo, enquanto o acariciava, por mais que eu quisesse fazer perguntas, tive a consciência de que o momento era improprio. Lembro os primeiros piscar de olhos e já eram 4 da manhã , no dia seguinte, me deparei com um homem triste, como se perdesse o gosto por tudo, não falava, não comia, não demostrava expressão alguma. Notei no calendário que sempre na mesma data, ele tinha os mesmos comportamentos e não me permitia saber nada além do que já sabia. Na verdade sua vida sempre foi um mistério, seus pais morreram em um acidente de carro, não tinha parentes, era um homem inteligente, cativante, mas que em seu olhar, encontrava-se segredos, medos e o pior é que podia-se

ver flores naquele cemitério. Daria tudo para entender, como o mesmo nunca havia me pedido nada , com exceção de uma única coisa, que pudesse prometer que não insistiria nas perguntas, que não acreditasse em nada, que confiasse e apesar dos fatos, há momentos que devem ser enterrados, no começo achei algo fácil, confesso que agora já não aguento vê o homem feliz desse jeito, entregue e por mais que eu tente não consigo entender nada.

Passaram se dias...

Arrumando sua gaveta, encontrei um baú, lembro bem que aquela gaveta era seu tesouro e que não poderia ter acesso ninguém, nem mesmo eu, mas na vida há momentos em que as mentiras abusam dos detalhes. Tentei abrir o baú, mas não tive sucesso, bem no fundo da gaveta, encontrei uma foto que não parecia recente, revisei bem aquela mulher, que tinha um sorriso encantável, o olhar enigmático, cabelos lisos com caracóis finos, atras da foto tinha escrito '' com o tempo essa foto sera rasurada, ficará amarela e desbotará, mas ainda vou existir para você . Com amor da sua amada H. ''. Ao terminar de ler me dei conta de que aquela gaveta era do meu marido, a foto estava justo no lugar que ele tanto me pediu para nunca tocar, dizendo ele que havia documentos importantes e nunca pude imaginar nada, ele sempre me pareceu honesto, fiel, prudente. Ao mesmo tempo me perguntava porque aquela gaveta que ficará sempre trancada estaria destrancada, não importava isso agora, só o fato daquela foto, com aquela dedicatória, será que as noites que havia chegado tarde, será que as noites daquela data que ele chegava bêbado, significa que era o retorno dos encontros com aquela vagabunda, tudo começou a fazer sentido e me decepcionava com ele cada vez mais, porém, continuei a fuçar aquele tesouro, encontrei um bilhete de uma folha de caderno rasgada: Queria dormir com você como da primeira vez e fazer amor como se pudesse ser a ultima vez, fazer no teu travesseiro a guerra entre os lençóis. Não demore para voltar, minhas malas estão prontas e dessa vez eu vou com você, já não sou tão forte para me despedir outra vez. Com amor sua amada H ''. Que diabos é H, será que ele esta tendo um envolvimento com um homem, será meu Deus que aquele poeta será um gay reprimido, não teria como, essa ideia não durou muito. Comecei a chorar, não suportava a ideia de ser a outra, guardei tudo esperando ele voltar a noite.

Ao chegar, fiquei calada e tentei me comportar normalmente, na verdade durou pouco, sentamos no sofá e eu perguntei:

Você me trairia?

Só com os pensamentos !

Para mim foi o bastante, então falei que havia descoberto uma foto, falei das dedicatórias e antes que eu terminasse, vi ele transtornado, gritando dizendo que eu não deveria ter feito isso, então levantei e disse que havia rasgado a foto, para minha surpresa, ele me pegou com força, me pondo contra parede e seu olhos haviam escurecidos e eu senti medo, sendo mais ousada disse que eu queria saber porque ele estava assim por causa daquela '' vagabunda '' e sentir arder o tapa que ele brutalmente me acertou. Me desarmei, comecei a chorar, ele não se importou, e foi direto ao quarto, para piorar a minha dor, vi seus olhos em minha direção depois ferverem, quando fiz outra pergunta, afirmando que não queria...antes que eu terminasse, senti seus lábios, molhados com lágrimas, me pedirem perdão, recuei confesso, dei para tras e pedi para que ele fosse honesto e me contasse toda a verdade. Assim o fez, sentamos no sofá, ele pegou água para mim e começou a explicar:

Essa é Helena (ergueu a foto ), foi uma mulher como nunca havia igual, tinha qualidades insuperáveis, era meiga, doce, e eu amei ela como nunca amarei nenhuma outra, a ultima vez que a vi prometi que nenhuma substituiria seu lugar, meu coração seria devoto eternamente daquele amor, também jurei votos de um homem loucamente apaixonado e independente do que acontecesse ela seria única na minha vida.

Ao terminar de falar, vi lágrimas ardidas escorrerem sobre sua face, vi ele implorar para que eu não perguntasse mais nada, o que não aconteceu.

Onde esta ela?

Dentro de mim !

Onde esta ela?

Longe, muito longe!

Percebi que ele fugia sempre de uma resposta e questionei.

Ainda ama ela ?

Não me recrimine se eu disser que amei muito aquela mulher, e vocês são diferentes e amei formas desiguais.

Passaram se dias e não tocamos mais naquela noite, mas ela ainda estava viva dentro de mim, admitir que ele guardasse aquelas lembranças, mas tinha medo que essa Helena aparecesse e levasse ele de mim.

Resolvi fazer uma surpresa em seu trabalho, mas fui surpreendida quando falei de Helena para seu amigo, vi ele se contorcer, como se seu corpo por dentro se arrepiasse. Pietro não demorou e fomos almoçar, quando uma mulher começou a gritar ele chamando de demônio e dizendo que ele deveria esta na cadeia, vi ele agitando tentando conter aquela meliante e quando dei por mim, ele havia gritando os garçons para tirar aquela escandalosa dali e ouvir como ultimas palavras daquela mulher que se dizia chamar por Ana, dizer que Jhon nunca vai deixar de existir, percebi seu incomodo por causa daquela louca frustrada. De imediato ele pediu para que eu me acalmasse, sorri afirmando que isso acontece, mas no fundo isso não acontecia quando não tinha algo errado, disse isso só para podermos almoçar como pessoas civilizadas. Notei que meu marido não estava ali, seus pensamentos estavam tão longe quanto o garçom da mesa e o sol da terra, quando pus o garfo na boca, ele me olhou e disse:- não quero você conversando com aquele mulher. Apertou minha mão como se fosse um pedido de socorro e acatei, mesmo que soubesse que aquele não era o momento para juras. Fomos embora, o clima ainda estava frio, ele pegou na minha mão como há muito tempo não fazia, parou, jogou meu cabelo para o lado, acariciou meu rosto e disse:

Eu te amo, que você não esqueça disso, mesmo quando for difícil de lembrar.

Selou o momento com beijo minucioso, após, entramos no carro e cada um seguiu seu destino. Ao chegar na biblioteca municipal, pude vê aquela mulher do restaurante, sentada, chorando, me aproximei perguntando os motivos daquelas lágrimas, e de cabeça abaixa ela respondeu:- ''estou esperando a minha vez, o dia em que poderia me vingar dos que merecem meu desprezo. '' Ao levantar a cabeça me reconheceu e começou a gritar, pedi para que se acalmasse, para o inesperado, ouvi um sente-se aqui, vou lhe contar tudo, então fiz o que pediu, afinal não vi muitas opções.

Há 7 anos um jovem com os seus quase 18 anos, trabalhava numa oficina de carros, e todas as tardes conseguia dar uma escapada para se encontrar com a doce Prystonn, que tinha seus 16 anos, os encontros foram cada vez frequentes e a jovem apaixonada foi impedida pelos pais de se encontrar com o seu poeta, porque ele não era tão bom, não estudava, não frequentava a igreja e vivia sujo de graxa, seu cabelo era liso de oléo e seus olhos pecaminosos. Porém isso nunca impediu os dois, e sempre no mesmo local se encontravam, certa vez o pai da moça, foi na oficina onde ele trabalhava e disse que era para manter distancia da sua filha e que se ele realmente gostasse pelo menos um pouco da menina, iria querer que ela tivesse um futuro, o convenceu de que ele não era bom o suficiente para ela, depois foi embora. Dias se passaram e os encontros já não aconteciam, a menina ficou doente e ele fugitivo.

Por que fugitivo?

Por roubar a oficina na qual trabalhava. Dias depois ele apareceu, dizendo a garota que já não podia viver sem ela, os encontros foram cada vez mais arriscados, todos perceberam que ele havia voltado porque a menina já não estava doente e seu sorriso irradiava, até que ela parou de sorrir novamente e então para pegar ele a policia forjou um sequestro, para ele ir atras dela, no começo ela não quis, mas tinha a impressão que o veria mais uma vez. Passou-se dias, dias e ele não apareceu, ela chorou como se houvesse perdido a pele. Até que em uma dessas noites ele apareceu em sua janela e ela perguntou porque ele não havia procurado ela, sem sorriso ele disse que sabia que estava bem, foi nesse exato momento que entrei no quarto e vi que ele estava armado e na mesma sincronia dos meus gritos ele desapareceu. Dias depois encontraram ela morta, estrupada e na sua mão havia uma aliança,o vestido não era o mesmo do dia que ela havia desaparecido e estava todo deformado.

E quem a matou?

O suposto homem que ela amava !

Porque ele faria isso?

Dias antes do desparecimento dela, a vi chorando dizendo que não o queria mais, ele disse que preferia morrer do que vê-la com outro!

Quem era você para essa moça ?

Eu era amiga, fiel, companheira dela e vi o quanto aquele monstro a dominava.

E por que você fez aquele escândalo naquele restaurante?

Por que aquele homem que estava na mesma com você, é Jhon, o fugitivo da policia, ladrão e assassino, fora que ele era de maior quando '' minha amiga '' foi raptada. Ele é um doente e não é o seu primeiro crime, ele é acusado de matar sua irmã Emma.

Não acredito, eu convivo com ele e esse não é seu nome !

Ele trocou de nome para poder viver aqui entenda isso você corre risco, precisa entregar ele para policia.

Não posso fazer isso !

Então me diz aonde ele esta que faço ele pagar por seus crimes?

Não direi, não acredito! Qual é o primeiro nome da moça?

Helena!

Levantei e ela me segurou pelo braço exclamando que estaria no mesmo lugar daqui a uma semana as duas da tarde. Sai assustada, não poderia ser verdade tudo aquilo, aquele homem que durmo, que faço amor. Deve ter algo errado, me nego acreditar nessa fardo, deve ser um sonho, meu mundo não pode desmoronar assim, o castelo era de tijolos e não de areia para cair assim. Fui para casa pensando ao mesmo tempo que assustada. Não demorou a chegar e quando chegou me trouxe um buquê de flores, com intenções a flor da pele, só que eu queria era a verdade e não aquelas rosas sem espinhos. Perguntei a ele quem era Emma, e ele fez muitas perguntas ao ponto de eu não consegui gravar.

Emma éee minhaaa irmã!

por que eu não a conheci?

Por que ela morreu!

Você a matou?

Suspiros ofegantemente …

Sim!

Batendo nele, perguntei como ele poderia matar sua própria irmã !

Ela, estava vegetando, ela suplicou a morte, já não aguentava sofrer e eu sofria em vê-la daquele jeito, preferi tirar sua vida, do que a ver se decompondo, só eu sei o quanto eu sofri, tive pesadelos, passei dias sem dormir, mas não conseguia me arrepender, por que foi o melhor para ela, me chamem de mostro, mas nunca diga que Emma não foi importante e que sou assassino.

E Helena, tava perto de morrer também?

Pedi para que você não conversasse com Ana!

Porque?

Ela acredita que matei minha irmã, Helena, sabia que eu não havia feito isso e Helena morreu em um acidente.

Como?

Não sequestrei ela, pois ela quis vir comigo, então todos acreditaram que eu pretendia

o pior para ela, mas eu sei que se eu fosse embora sem ela, a mataria, e tendo uma saúde fraca com delicadeza não resistira nem aos ventos. Certa noite, uns homens, tentaram a estuprar, lutei como pude, mas eram muitos, implorei mas não adiantou, ela chorava, eles a matariam, chorei, me desesperei, gritei, mas ninguém nos ouviu, quando consegue me soltar por um instante, peguei a arma, mas alguém atirou primeiro e acertou ela, tomaram a arma da minha mão, apanhei muito, passei 2 dias chorando, cheio de ferimentos, não queria sair dali, queria morrer com ela, até quando acordei e vi que alguém, havia me deixado no hospital, onde fiquei por um mês, não sei como fui para lá, mas eu estava lá. A partir desse dias muitos me perseguiam e ninguém ouviria um pobre, ignorante e sem testemunhas, me tornei ateu, já não acreditava em Deus porque nada fazia sentido e ele sempre me tirava tudo. Sai da cidade, troquei de nome, vida, endereço e passei o tempo fugindo, chorava, não tinha nada, minha pernas estavam fraca, por que já não comia. Até que um dia um homem, parou na minha frente, me deu um bom dinheiro e pediu para que eu recomeçasse. Assim fiz, agora aqui estou. Por favor acredite em mim.!

Por mais que eu não queria, eu acredito em você. Mas você precisa provar isso! Mas como você prometeu a Helena amor eterno?

Antes dela morrer, pude dizer a ela tudo isso, mesmo que com a voz rouca e fraca.

Nos abraçamos, e por algum motivo eu sabia que ele estava falando a verdade. Depois do abraço ouvi a Cirene, e alguém gritar abram a porta! Vi também os olhos do agora ''Jhon'', pequenos, não tivemos alternativa, ao piscar dos olhos a policia prendeu ele.

Dias se passaram, Ana conseguiu a sua vingança!

Ao visitar Jhon na cadeia ele contou algo importante.

Ana, é irmã de Helena e nunca me perdoou por não ter escolhido ela, na verdade, namorei com Ana por um tempo antes de conhecer Helena e me encantar por ela, por isso ela nunca aceitou, fez os pais dela me odiarem, todos ficarem contra mim, chegou a odiar a irmã e prometer vingança.

Me choquei com o fato, entendendo que por esse motivo ela queria tanto vingança, já não era por causa da irmã e sim como uma forma de punir, perseguir e se vingar de Jhon por não ter escolhido ela. Dias se passaram, encontrei com Ana e revelei o que havia descoberto .

Ele nunca deveria ter me trocado por aquela azeda!

É sua irmã!

Na verdade ela sempre teve tudo e a única coisa que eu quis realmente ter ela roubou de mim. Por mim ele apodrece na cadeia e sofre pelo menos a metade do que eu sofri quando ele me abandonou. E não acredite na inocência dele, para não se frustrar.

Você é um mostro e venenosa!

Nossa seja mais criativa para descrever minhas qualidades!

Ela saiu cinicamente dali, era crua e fria, até que o investigador interrompeu meu pensamento afirmando ter descoberto algo importante. Também era o Dr. Smithe um dos melhores.

Bom, quando assaltaram a oficina, repare que eles levaram justamente uma arma e alguns objetos. E essa arma foi a mesma que matou Helena, pude observar isso com o registro que consegui da policia, então o mesmo ladrão da oficina, tem ligação ao que matou Helena.

Parei um minuto e pensei, será que Ana, esta certa, tudo indica, que a arma é dos dois crimes. E o dr. Interrompeu.

Quanto a Emma, ela realmente esta muito doente, estava com câncer e de acordo com registro médico, no seu caso não tinha alternativa, ela iria morrer aos poucos.

Bom pelo menos essa parte pode ser verdade.

Dr. gostaria que pesquisasse, onde estava Ana, no dia do assalto e no dia da morte de Helena !

Ok, em questão de pouco tempo trago essas informações.

Nos despedimos e ele se foi. Então fui para casa, e corri para a gaveta secreta, consegui a chave e comecei a pesquisar, li uns bilhetes:

É difícil negar meus sentimentos, já não consigo fingir que nos dois não nos

desejamos, que meu coração é seu, e você não ama Ana, senão a mim.

Queria evitar, mas aquele beijo aconteceu e daria tudo por

mais um momento, juro que poderia ser o ultimo,

mas tem que acontecer. Vejo como você me olha

e a beija com desprezo, sinto teu corpo gelado, quando ela te abraça

e sinto meu corpo derreter quando você me abraça,

desculpa mais te amo.

Com amor H.

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Não me procure mais, não devemos nos encontrar

não é justo conosco, não me mande cartas, não jogue pedras no vidro .

Ana esta desconfiada que você não a quis por minha

causa e tenho medo de que ela descubra,

e cometa alguma loucura, sei

que por mais que ela se faça de durona

ela é incapaz de evitar uma lágrima,

amo muito minha irmã e ela não merece uma traição

de sua semelhante. Adeus

H.

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Encontrei um bilhete que era muito suspeito e estava dentro de um livro de poesia.

Amor, Ana esta descontrolada, descobriu tudo e disse que não vai deixar barato nada, que é para nos prepararmos que juntos nunca ficaríamos, só se fosse por cima do cadáver dela. Tenho muito, medo ela estava descontrolada, notei que não dormiu em casa, mandei Frederico, lhe entregar esse bilhete, e espero que responda para eu ter certeza de que estas bem, tenho muito medo que Ana, faça algo que se arrependa, já prometeu vingança, e esta com o ego e o coração ferido. Espero pode lhe encontrar amanhã, hoje não poderia, Ana fez,meus pais me por de castigo não consigo nem ver a luz do sol.

Te amo com Amor Helena

Esse era um dos bilhetes que poderia ajudar o caso e mostra que Jhon estava falando a verdade sobre Ana esta desequilibrada.

Passou-se dias, Jhon seria condenado, e eu não poderia ver o homem que eu amo, apodrecer na cadeia. Marquei de encontrar com o detetive essa tarde, ao vê-lo.

Dr. descobriu algo sobre Ana e o dia?

Sim! Ana estava no cinema, no dia do assalto, mas não teria como, pois ela é alérgica ao desinfetante mentol e de acordo com a sala que alegou esta no dia, estava cheio desse produto por todo canto, de acordo com a lista de faxinas do dia que consegui através de uma foto de um casal que tirou no local e colocou no mural, amostrando a evolução da sala do cinema em exposição. Na foto, tem o desinfetante, a mulher limpando e comprovei no registro de manutenção. E no dia da morte de Helena, Ana estava em casa. Porém conversando com o vigia do dia que ele Jhon foi levado para o hospital, que por sinal o vigia é um amigo meu, acabei descobrido, contando do caso, que Ana, havia estado no hospital naquele dia, junto com um homem que levava outro homem ferido, que mesmo que Ana estivesse desfaçada, ele a reconheceria e poderia depor se precisarmos.

Então senhor quer dizer que Ana roubou a arma e ela tem ligação com a morte de Helena.

Bom de acordo com os fatos sim !

Mas por que ela não entregou ele para a policia ?

Por que era mais útil ele solto e vivo, acho que ela voltaria para entregá-lo, mas ele fugiu antes, por que antes de sair, ele não havia sido liberado pelos médicos, meu amigo se lembra, pois ainda correu atras dele e lembra dele por causa da tatuagem que ele tem na perna.

Temos que mostrar todos esses fatos para policia!

Bom, mas ele vai responder por Emma e por fim quem atirou em Helena foi ele.

Não o tiro não veio dele, ele pegou na arma, mas alguém atirou primeiro!

Então a dona de todos esse crimes é ANA !

ANAAAAAAAA !

Vi o tiro que ela deu no detive, tentei correr, mais a ordinaria não estava só, sentir meu corpo tremer, sabia que ninguém poderia salvar a minha vida que aquela desequilibrada me mataria.

Me deixa em paz ANA !

Ninguém mandou você se meter no meu caminho, e se eu não tiver jhon nenhuma outra o terá, ele é meu.

Sua risada me assustava. Ela me amarrou na cadeira e deu um jeito para jhon saber que ela estava comigo e me mataria, mas o que ela não esperava, é que por medida de segurança, o lugar onde estávamos tinha câmera escondidas. Ao me bater, eu que desmaiei. Depois lembro de acordar numa cama de hospital, com alguns ferimentos.

A policia investigou e acabou encontrando uma carta de Emma, nas mãos de Ana que havia escondido, e a carta livrava toda a culpa de Jhon e ela conta que ele foi seu herói que se não fosse por ele ela não teria chegado ao 13 anos e que ele foi seu pai e sua mãe. A policia descobriu a arma do crime enterrada no jardim da casa de Ana. Prendeu ela no Sanatório. Ana perdeu todos os sentidos e ficou com distúrbios, gritava pelos corredores.

JHON, JHONES, JHON, você vai ser meu. Por que você não foi, eu amo você Jhon, vou te esperar !

Confesso que emocionou!

Jhon aprendeu que para tudo tem uma saída e fugir não é uma delas, mas ele teve que responder em liberdade, por falsa identidade.

Entendi que Jhon chorava e chegava bêbado naquela data, por que foi o dia que Helena morreu brutalmente e ele não pôde fazer nada

Que Deus a tenha em paraíso, AMÉM!

Milena Miranda
Enviado por Milena Miranda em 22/08/2011
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