UM GRITO DO ALÉM


A noite decerrava seu véu negro sobre os túmulos do cemitério deserto, o vento soprava arrastando ciscos e folhas secas pelos corredores, quebrando o silêncio que vagava de um lado pra outro fazendo assombração.
 
a fraca luz da lua iluminava a placa onde indicava a rua 65  onde tinha sido sepultado a poucas horas uma senhora de idade de aproximadamente 65 anos.
por coincidência o numero do túmulo também era 65.

Os portões tinham sido fechados no horário de sempre, ás 18 horas em ponto, o porteiro não percebeu que havia alguém caminhando por entre os túmulos.

Aos prantos a irmã da falecida permanescia diante da sepultura onde inssistia em afirmar que ouvira um grito vindo de dentro do sepulcro. Ela tinha passado anoite no cemitério onde foi encontrada no dia seguinte pelo guardião, estava em estado de choque e repetia sempre as mesmas palavras, _ eu ouví minha irmã me chamando, eu não estou louca, por favor façam alguma coisa minha irmã está viva.

A ambulância foi chamada e a pobre senhora foi levada a té sua casa, ninguém lhe dava ouvidos achavam que ela estava delirando, ela era viuva e morava com sua irmã que acabou de ser enterrada, assim a solidão era sua única confidente, na primeira noite sem a companhia da irmã.

Enquanto tentava conciliar o sono, ouviu passos na cozinha da casa, como o quarto ficava no primeiro andar e o assoalho da casa era de madeira, o ruido era de gente caminhando a medeira envelhecida da casa rangia a cada passada que pareccia vir em sua direção. Apavorada ela trancou a porta por dentro e continuou deitada rezando baixinho com medo de ser ouvida pelo provável ladraão ou assassino que tinha adentrado a casa.

Cobrindo a cabeça e prendendo a respiração temia pela sua vida, ela não queriA ir fazer companhia a sua irmã, apesar de ama-la muito.  Pelo vão da coberta pode ver o trinco da porta se mexer, era alguém sim querendo entrar no quarto.

Venencida pelo cansaço e pelo sono, adormeceu... Lá pelas tantas da madrugada, acordou espantada o seu quarto estava iluminado com uma estranha luz, ela tinha certeza de ter apagado todas as luzes ante de deitar.  Esquecera completamente da barulho da noite anterior, quando alguém mexia no trinco de seu quarto. Agora era essa luz que a deixava intrigada e com muito medo, seria o espírito de minha irmã, que Deus a tenha, cruz credo, só de pensar me arrepio toda.Aos poucos a luz foi se dissipando e a escuridão voltou a encher seu quarto aumentando ainda mais seu medo.

Amanheceu o dia e tudo tinha voltado a normalidade, teria sido apenas um sonho ou um pesadêlo? Cedinho lá esva a pobre  senhora na porta do cemitério esperando abrir para visistar sua irmã, e afastar de uma vez por toda os fantasmas que a estavam assombrando suas noites.

Diante do túmulo,  voltou-lhe a memória aquele grito assustador que só ela ouvira no dia do enterro da irmã.  Olhando em volta do sepúlcro não viu nada de anormal que indicasse que a irmã tinha voltado do além, devo ter sonhado pensou...

Como ninguém acreditava na sua estória, ela voltou para sua casa e teve que enfrentar mais uma noite sozinha com seus fantasmas, aliás ela acreditava piamente tratar-se do espírito da irmã que a estava assustanto ou será que ela tinha uma menságem para ela, ou estava querendo pedir-lhe soscorro.

A ideia de que sua irmã poderi ter sido enterrada viva a deixava muito inquieta e preocupada, pensando nessa terrível possibilidade adormeceu, Quando tentou acordar não conseguia abrir os olhos, pelo menos era essa a sensação, mas a relidade era outra, seus olhos estavam abertos o ambiente é que não recebia a luz do sol embora lá fora fosse meio dia... Desesperada ela se arrastou naquele lugar estranho  sentiu um cheiro forte, cheiro de cadáver em estado de putrefação, apalpando a sua volta sentiu que suas mãos tocavam em algo muito parecido com um caixão de defunto, apavorada, tornou a deslisar sua mãos para ter certeza de que era o que estava pensando... Tentou ficar de pé mas não conseguiu, era muito baixo e estreito aquele terrível lugar que ela não sabia onde tinha se metido, de uma coisa ela sabia,  tinha se deitado em sua cama como fazia todas as noites.

Só então caiu na realidade ela estava presa no interior de um túmulo, mas como isso aconteceu,  bem mas isso era o que menos importava, ela queria sair de lá, mas como?  Enchendo seus pulmões de ar, o resto que circulava dentro da carneira,  e emitiu um grito que se fez ecoar de uma parede a outra, tornou a gritar até que uma pessoa que passava por lá ouviu, alguém pedindo socorro e tinha certeza de que vinha daquele túmulo  da quadra 65 e sepultura 65.


Chamou a polícia, a imprensa e relatou o fato que princípio despertou curiosodade e interese da imprensa, mas logo se convenceram de que era mais um caso de alucinação...

Logo deram por falta da viuva que morava sozinha na vizinhança, ninguém soube contar onde ela tinha se metido, a casa estava abandonada e logo o caso foi esquecido, não tinha ninguém para levar avante o desaparecimento da viuva.

Cinco anos depois quando foram abrir o túmulo 65 da quadra 65, encontraram dois corpos,  ou melhor os restos mortais de dois corpo, um dentro do caixão e outro misteriosamente fora dele... O exame de DNA, CONFIRMOU TRATAVA-SE DOS CORPOS DAS DUAS IRMÃS, UMA QUE HAVIA FALECIDA E A OUTRA QUE DESAPARECERA MISTERIOSAMENTE. 
Até hoje ninguém sabe explicar o acontecido, o caso se espalhou pela cidade e é contado de boca em boca por seus moradores.