O senhor da discórdia: Capítulo 4

Como prometido aqui está o cap.4. É desse capítulo pra frente que a história vai tomar a sua forma. Então atenção a todos os detalhes.

Boa leitura e comentem!

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CAPÍTULO 4

Todos se surpreenderam com a presença marcante do detetive. Certamente ele não era alguém que gostasse de brincadeiras. E não era pra ser uma brincadeira, claro.

Ele estava acompanhado de um jovem eufórico e desajeitado, de aparentemente vinte anos. O nome dele era Augusto e tinha os olhos iguais ao de uma criança ao ver o tão desejado brinquedo numa vitrine. Vestia roupas casuais e observava atentamente cada passo, palavra e ação de Pereira.

Siqueira havia implorado tanto que Pereira consentiu em deixar o jovem o acompanhar na investigação, desde que ele não falasse nada. Claro que Siqueira concordou com a condição. E o rapaz não se conteve quando soube que iria participar do caso. Era um aspirante a investigador e estar do lado de uma pessoa tão competente como Pereira era como ganhar na loteria.

Pereira passou no departamento e encontrou um jovem, ainda com espinhas na cara, sorridente e saltitante.

- Você é Augusto?

- Sim. – respondera o rapaz tremendamente feliz.

- Entre no carro. Temos um caso a resolver. – o rapaz deu a volta no carro e se sentou ao lado de Pereira. – E não diga nada. Só observe.

O rapaz assentiu e então partiram pra mansão.

No caminho até a casa, Pereira observou que ele era um rapaz tímido. Ou talvez estava se fazendo de tímido. Aspirantes nessa profissão não paravam de fazer perguntas.

Mas também o que o garoto achava não interassava a ele. Pereira estava muito mais preocupado em descobrir se Manoel tinha inimigos ou algum motivo muito eminente pra que alguém o assassinasse. A conversa com o velho havia sido uma decepção e uma total perda de tempo. ‘’Com certeza ele não viu nada’’, pensou Pereira enquanto Augusto permanecia calado.

Os peritos que examinaram o local do crime conversaram com a mulher do velho. Ela disse que ele tinha o costume de ir até o riacho toda noite pra esfriar um pouco a cabeça. Ele sofria de insônia, então a longa caminhada até o riacho, e o clima agradável, ajudavam para que ele conseguisse dormir um pouco. Mas nesse dia ele teve o azar de encontrar os pedaços do corpo de Manoel. Ainda tivera forças de avisar a policia no mesmo instante, mas depois ficara daquele jeito, que Pereira conhecia muito bem.

- Já teve algum caso que não conseguiu resolver? – a pergunta de Augusto o trouxe de volta ao mundo.

- Como é?

- Já teve...

- Sim, sim, eu ouvi. – interrompeu bruscamente. – Olha garoto, eu só vou te falar uma coisa. Você só aceita pegar um caso se tiver certeza que irá resolve-lo.

Augusto franziu o cenho.

- E acha que vai resolver esse?

Pereira fulminou-o com o olhar e não disse mais nada. Teria que dar algumas lições para o moleque.

Agora estavam ali, na grande mansão, esperando que Adriana descesse para que pudesse começar com as perguntas.

- Qual o seu nome? – perguntou Artur, que estava sentado de pernas cruzadas e com um copo de uísque na mão.

- Pereira.

Artur pensou um pouco e sorriu.

- Nunca ouvi falar.

- Não seja antipático meu querido sobrinho. – interrompeu Almir que também estava com um copo na mão. – Não vê que ele é um iniciante?

Pereira tentou se segurar para não explodir diante de todos na sala. Lá também estava Ézio, que a exemplo de Artur e Almir também tomava o seu drink. Gabriel estava silencioso. Silva estava de pé num canto da sala e quase não se mexia. Parecia observar cada detalhe e tramar algo. Pereira pressentia que ele tinha algumas coisas pra dizer, porque pelo que parecia era o único que vivia com Manoel. Mas a forma como ele falava, olhava e se movia era muito estranha.

Enfim Adriana apareceu e Pereira vendo que o time estava completo se virou para Silva.

- Tem algum lugar em que eu possa conversar particularmente?

Silva não disse nada. Saiu dali e fez um gesto para que Pereira o acompanhasse. Subindo as escadas atrás de Silva, Pereira observou a decoração da parede e do imenso corredor em que a escada terminava. Aqueles quadros pareciam que não eram limpos há séculos. E fora isso, as paredes tinham rachaduras e a pintura era totalmente velha. ‘’Deve fazer muito tempo que isso foi pintado pela última vez’’, pensou enquanto Silva destrancava uma porta no fim do corredor. Augusto ia atrás do detetive e não falava nada. ‘’Belo ajudante que o desgraçado do Siqueira me mandou’’.

Pereira entrou pela porta e avistou um lugar incrível. Jamais esperaria que o estranho mordomo levasse-o para aquele lugar. Era uma imensa biblioteca com pelo menos cinco estantes gigantescas que iam até o extremo do local. E estavam todas abastecidas por livros e papéis que ele tentou observar enquanto passava por perto. Mas só vira rabiscos, era uma letra completamente desajeitada e sem caligrafia. ‘’Preciso de um lugar desse pra mim’’, pensou contemplando o local enquanto Silva o levava até uma mesa que ficava no canto direito. Na mesa, que ele deduziu ser de madeira de lei, tinha um pequeno abajur e apenas uma caneta. Além de ter somente uma cadeira. Mas isso era o de menos, ele ficaria em pé mesmo, isso ajudava no seu raciocínio.

- Esse lugar é magnífico. – admirou Augusto falando pela primeira vez depois de muito tempo.

Estava boquiaberto contemplando o teto, forrado por madeira pintada de branco. E os ventiladores parados pareciam imponentes naquele lugar. Estavam vigiando a biblioteca.

- Muito bom. – disse Pereira. – Vai ser aqui mesmo. Pode chamar a moça?

Silva virou-se de costas bruscamente e saiu da sala.

- Que sujeito estranho. – murmurou Augusto.

Pereira teve que concordar.

Adriana estava sentada de braços cruzados e aparentemente nervosa. Nunca tinha ouvido falar de Pereira e tinha receio ao modo de trabalho do detetive. E se fosse um daqueles que pressionam as pessoas ao ponto de faze-las chorar? Pelo menos parecia ser assim. Ela logo percebeu que ele era seco e de poucas palavras. Além de ser muito observador e atento ao mínimo barulho que fazia ao seu lado.

Observou o seu ajudante, que quase não falava mas demonstrava ser uma pessoa diferente do seu chefe. E ela não soube porque mas parecia que ele estava completamente feliz. Pelo menos era isso que o seu semblante mostrava.

- Adriana Bastos? – a pergunta de Pereira a fez voltar ao presente.

Ela só assentiu.

- Sabe que o assassinato de seu pai pegou todo mundo de surpresa, inclusive a mim. – sua fala era articulada. – O que aparentemente ninguém sabe é porque alguém teria motivos pra cometer tal ato. A principio, só quero saber o que você acha.

Adriana refletiu antes de dizer. Era muito difícil falar sobre o seu pai, já que tinha crescido longe dele.

- Eu não sei se posso ajudar. – começou tímida. – Sai de casa ainda criança e depois não soube mais dele. A não ser o que saía nos jornais, mas isso é do conhecimento de todos.

- E por que saiu de casa tão cedo? – ele era bom, ela tinha de admitir.

- Sabe, eu nunca gostei de falar sobre isso com ninguém. Mas é que eu presenciei certas coisas que...- parou de falar quando as lágrimas apareceram.

Pereira sabia que ali tinha alguma coisa. Alguma coisa grande, a ponto de faze-la chorar. ‘’O que esse homem fez?’’.

- Quer continuar respondendo? – ele tinha que ser cuidadoso. Augusto assistia a conversa calado e prestativo, com um pequeno caderno nas mãos, onde anotava coisas sem parar.

Ela sorriu tentando desfazer o clima pesado.

- Sim, faça seu trabalho.

Ele pensou um pouco antes de fazer a próxima pergunta.

- Enquanto viveu com ele, se lembra de alguém que pudesse não gostar dele? Um inimigo de negócios ou qualquer coisa do tipo? – perguntou cauteloso.

‘’Eu não gostava dele. Artur e Gabriel não gostavam dele’’, pensou Adriana antes de responder.

- Pelo que eu me lembre não. – respondeu cautelosa. – Eu nunca me importei muito com o que ele fazia.

- E por que?

- Simplesmente porque conviver com ele era uma tortura. Só isso.

Adriana suspirou. Pereira sabia que ela estava escondendo algo. Algo muito grande que a afetava profundamente. Tirar isso dela seria como procurar ouro em qualquer pedra.

- De acordo com o que fiquei sabendo, - começou Pereira cuidadoso – Artur e Gabriel também saíram de casa ainda jovens.

Adriana concordou.

- Deve ter acontecido alguma coisa muito grave para crianças abandonarem sua casa assim. – ele começava alterar sua voz.

- Simplesmente o que aconteceu foi isso. Viver com ele era impossível.

Ela demonstrou uma fraqueza na voz que despertou a desconfiança de Pereira. Ele era um lobo de tocaia que esperava o menor vacilo pra atacar sua presa. E sua presa, no caso, era Adriana. Ele tinha que ser muito calculista.

- Olha, tem alguma coisa que você quer me contar. Mas parece que não tem coragem, é isso?

Ela permaneceu silenciosa. Essa atitude foi como um sim para o detetive.

- Eu vou te contar uma breve história. Está a fim de ouvir?

Adriana assentiu e se apoiou sobre a mesa para ouvir tal história.

- Há alguns anos atrás, - começou assumindo um ar grave – eu e minha mulher resolvemos fazer uma viagem para a praia. Estava tudo ótimo, nos divertimos, fizemos amor, bebemos, comemos, enfim, foi uma das melhores épocas da minha vida. Foi até o acidente. – ela fechou o rosto. – Quando estávamos voltando pra casa, chovia muito e eu estava com um pouco de sono. Ela havia implorado para que eu dormisse um pouco antes de partir, mas eu a retruquei e disse que queria voltar logo para o serviço.

- E então? – perguntou Adriana o incentivando a continuar.

Ele suspirou antes de seguir com o relato.

- E então que...quase chegando em São Paulo eu perdi o controle do carro. Saímos para o acostamento e capotamos diversas vezes. – Adriana estava estática. – Eu tive a sorte de me machucar pouco. Tirando algumas escoriações eu só quebrei um braço. – mostrou o braço direito e Adriana percebeu que era realmente torto. – Mas minha mulher bateu a cabeça e teve muitos traumas internos.

- Que pena...

- Felizmente fomos socorridos rapidamente. Eu logo estava consciente e os médicos disseram que a situação dela era grave. As chances de vida eram poucas, quase nenhuma. Foi uma luta nos primeiros dias, até que o médico que cuidava dela me disse que era impossível reverter. Fiquei desesperado e só me ocorreu uma última ideia desesperada.

Ela balançou a cabeça.

- Acho que já sei do que se trata.

- Sim. Eu vim até aqui e implorei para seu pai ver a situação dela. Ele não relutou em concordar e na mesma hora fomos voando para o hospital. E...ele cuidou dela como se fosse uma filha.

- Ela se recuperou?

- Totalmente. Graças a seu pai. Alguns médicos disseram que foi um milagre e tanto, e consequentemente seu pai foi apelidado de Jesus.

Adriana riu.

- Sei que é um exagero. Mas o melhor é que ele não cobrou um centavo. Fiquei com essa divida eterna. Mas depois nunca mais o vi.

Terminou seu relato e percebeu que uma lágrima escorria de seu rosto. Era a primeira vez que chorava desde o acidente. Augusto também estava maravilhado com a bondade do homem.

- Eu te contei isso porque se uma pessoa faz uma bondade dessa, sem querer receber, não pode ter inimigos.

Adriana aquiesceu. Ela tinha tanta coisa pra falar mas não tinha coragem.

- Eu ainda não sei. – disse enfim decepcionando Pereira.

Ele olhou profundamente pra ela.

- Saiba que eu vou estar a disposição caso você queira contar alguma coisa.

- Não tenho nada pra dizer. – disse Adriana secamente.

- Certo. Pode sair.

Ela se levantou e estava para cruzar a pequena porta quando ouviu a voz assídua de Pereira.

- Chame seu irmão. Artur!

Pereira se sentou na cadeira e soltou uma grande baforada de ar cansado. Viu que Augusto estava em dúvidas.

- O que foi?

- Ela tem muitas coisas pra contar, não tem?

‘’E não é que o garoto é esperto?’’, pensou esboçando um sorriso.

- Oh, se tem. Muita coisa.

Todos os outros interrogatórios foram iguais, acrescentando uma coisa, tirando outra.

Parecia que eles tinham alguma coisa muito séria pra contar mas não tinham coragem. Pereira começou a desconfiar da índole de Manoel Bastos e todos os seus gestos de nobreza. Mas alguma coisa o impedia de desconfiar dele. Tinha uma divida eterna, que talvez nunca pudesse ser paga.

Dias depois de presenciar a recuperação quase milagrosa de sua mulher, Pereira procurou por Manoel. Não o encontrou mas voltou mais vezes, e ele nunca estava presente. Ficou com isso na cabeça e até agora, ainda não havia conseguido tirar.

Sua mulher também demonstrava um carinho imenso por Manoel. E naquela manhã em que Siqueira havia ligado e informado sua morte, ela chorou como um bebê. Nada a fez parar. E aquilo doeu em Pereira.

- Encontre o assassino! – dizia entre as lágrimas. – E o mate da mesma forma.

Encontrar o assassino era sua tarefa, mas o matar da mesma forma era impossível. Se bem que ele começara sentir um pouco de vontade de fazer isso.

E enquanto estava ali, sentado na grande biblioteca, tentava pensar com clareza. Mas suas ideias não eram claras. Todos pareciam ter combinado a mesma coisa. Esconder algo do passado de Manoel. E então ele se lembrou de uma pequena pontinha que se puxasse poderia vir um monte de coisa junto. Almir havia dito uma coisa incrível, a respeito da infância de Manoel.

- Ele tinha uma cabeça incrível. Todos tinham medo dele. – disse o velho com sua voz áspera.

- Medo?

- Sim. Deixa eu explicar melhor, ele pressionava as pessoas até elas revelarem algo muito grande de seu passado que não poderia ser revelado. E com isso ele as chantageava. Foi assim que entrou na faculdade de medicina.

Pereira estava perplexo.

- E o que ele fez pra entrar?

- Parece que descobriu alguma coisa de um professor seu e usou isso contra ele. E em troca, - tamborilou os dedos pela mesa pra fazer suspense – o professor o pôs na faculdade. E pagou tudo.

Essa revelação ainda mexia com Pereira. Se ainda criança ele foi capaz de fazer isso, depois de velho deve ter feito coisa pior. Foi aí que descobriu que Manoel não era nenhum santo.

- Aquele velho chato me parece que não quis dizer muita coisa. – Augusto estava falando, tirando Pereira de seu raciocínio.

- Quem?

- Ézio. Parece que eles eram amigos íntimos. Ele deve saber muita coisa.

- Olha Augusto, você tá certo. – os olhos do garoto brilharam. – Vejo que Siqueira não me mandou um encosto.

Augusto riu.

- Vai conversar com ele de novo?

- Vou. – respondeu Pereira. – E dessa vez vou pressiona-lo.

Foi então que percebeu que já eram cinco horas da tarde.

Pereira e Augusto desceram e logo toparam com Ézio, que tomava mais um drink. Estava esticado no confortável e gigante sofá vermelho.

- Ézio? – era a voz grave de Pereira.

Ele se virou e esboçou um sorriso desdenhoso. Era um velho impossível de lhe dar. Ele fez sinal para que Pereira se sentasse.

- Não, prefiro ficar de pé. Já estou saindo.

- E porque me chamou? – a voz dele era tremida e chata de se ouvir.

- Acho que você tem mais coisas a me dizer a respeito de Manoel Bastos. – Pereira disse sem rodeios observando a expressão alegre de Ézio.

Ele riu.

- Eu te contei tudo meu caro Nogueira...

- Pereira. – interrompeu nervoso.

- Sim, sim, Pereira. O que eu sei de Manoel Bastos, é só o que a gente fazia juntos. Beber e fazer amor. – enquanto ele falava balançava a taça com gelo, e o barulho deles batendo no copo irritava Pereira.

‘’Fazer amor? Velhos assim?’’, pensou Augusto segurando o riso.

- Eu não tenho certeza se é só isso que tem a me dizer, mas saiba que se tiver mais coisa, eu vou descobrir. – foi a sentença de Pereira.

- Então descubra Nogueira. Depois me conte o que descobriu.

Pereira se virou para sair e deixou um homem rindo sozinho atrás dele. Augusto correu para acompanhar as passadas do detetive.

Mas nesse nervosismo todo, ele não se lembrou que não tinha interrogado Silva.

Estavam todos jantando em silêncio na grande mesa. Só se ouviam os barulhos dos talheres batendo e de vez em quando uma pigarreada. Foram interrompidos por um homem jovem e apavorado que entrou fazendo um barulho desnecessário. Ele era moreno e tinha os olhos castanho-escuro. Além de um rosto lisinho e vermelho do leve frio que fazia. Adriana gostou da aparência dele.

- Sou Oliver. – disse observando cada rosto na mesa. – Advogado de Manoel Bastos.

- Enfim o testamento! – gritou Artur.

- Mas rápido assim? – perguntou Adriana com expressão de dúvida.

O advogado deu de ombros.

- Sente-se amigo. – ofereceu Almir.

Mas o homem permanecia de pé e com o rosto assustado. Parecia que tinha algo a dizer.

- Eu só posso dizer na frente dos filhos dele.

Almir e Ézio contestaram enquanto Artur fazia festa. Adriana e Gabriel também estavam em dúvida.

- Por que? – perguntou Gabriel.

- Porque o papai nos ama. – brincou Artur em seu tom sempre arrogante.

Oliver balançou a cabeça.

- Ele está pedindo assim. E tem uma coisa muito diferente.

Ali, nas sombras Silva esboçou um pequeno sorriso de satisfação. ‘’É agora que o senhor da discórdia vai jogar suas cartas’’.

- O que é diferente? – perguntou Adriana com os olhos arregalados de curiosidade. Almir e Ézio resmungavam.

O advogado fez uma breve pausa antes de responder.

- Devo dizer que não é o que chamamos de testamento. É a coisa mais estranha que eu já vi na minha vida.

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Imagino que quem etá gostando da história está querendo me matar agora. Mas aguardem que terça(28/08) tem mais.

Muito obrigado aos que estão acompanhando e comentando.

Estou tratando dessa história com muito carinho.

Fernandes Carvalho
Enviado por Fernandes Carvalho em 26/08/2012
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