Lendas

Já era noite quando Adalberto montou seu cavalo, havia ido a casa de sua tia Maria, fazia alguns dias que ela não estava se sentindo bem e Adalberto fora levar alguns remédios que comprara na cidade, ao sair ela lhe pediu para que passasse a noite com ela, mas Adalberto tinha que acordar cedo para trabalhar no dia seguinte e a viagem de volta era longa.

Saindo pegou a estrada, no céu a lua brilhava intensamente, que noite linda pensou ele, subiu no lombo do cavalo e se foi. Estava na metade do caminho quando ouviu algo mexer na mata ao seu lado, não deu bola, pois isso sempre acontecera em suas andanças, mas o que aconteceria naquela noite iria deixar marcas que carregaria por toda a vida.

Novamente ouviu barulho no mato, mas desta vez ele não teve chance de olhar, foi derrubado do cavalo, quando virou-se para olhar o que havia lhe atingido,gelou, o sangue sumira de suas veias, um cachorro com cerca de 2 metros de altura, dentes a mostra salivando, no pescoço uma corrente grossa pendia quebrada balançando conforme ele se aproximava, rosnando ele ficou cara a cara com Adalberto.

Em um golpe de sorte Adalberto puxou uma faca que tinha na cintura cravou no pescoço da criatura e correu de volta para seu cavalo que relinchava e erguia as patas no ar, ao toque de seu dono o cavalo acalmou-se Adalberto subiu no cavalo, não antes de ser atingido mais uma vez por garras afiadas que rasgou suas calças e sua pele, deixando feridas profundas em sua coxa, Adalberto mesmo com dor deu um chute no animal com a perna boa e fez seu cavalo sair a trote até sua casa.

Naquela noite Adalberto não dormiu.

Para quem não acreditar Adalberto tem as cicatrizes das garras em sua coxa direita para provar.