O sequestro

O homem acordou assustado. Sentia uma aguda dor na cabeça, e nem viu que suas mãos e pés estavam amarrados. Tudo estava escuro, exceto por uma leve abertura na parede, por onde entrava um fino raio de luz.

Ao tentar se mover, não obteve sucesso. Começou a gritar, usando de todo o seu fôlego, mas nada acontecia. Logo estava se debatendo, e conseguiu desatar a corda que amarrava seus pés. Tateou ao redor, tentando situar-se naquela escuridão. Trombou em algumas caixas, mas logo se habituou ao local. Agora que estava sentado, começou a se lembrar do que havia ocorrido.

Armas na sua cabeça, homens encapuzados, um sequestro. O desespero lhe voltou, agora mais forte. Estava num cativeiro, sabe-se lá situado onde. Agora estava correndo pelo local, procurando algum modo de escapar. Após algum tempo, trombou com algo parecido com uma porta. Tateou um pouco, e encontrou a fechadura. Abaixou e começou a olhar pelo buraco. Era uma abertura grande o suficiente para ter uma visão ampla do outro lado da porta. Passou-se um período e então pode ver melhor o que lhe aparecia. Corpos, muitos deles, jogados pelo chão, baleados. Estava salvo; seus sequestradores haviam sido mortos. Mas, não, não havia ninguém no local, somente os corpos.

Seus olhos continuaram a observar, procurando ajuda. Estava trancado, esquecido na escuridão de um lugar qualquer, longe de tudo.