O ELEVADOR DA MORTE

Todas as vezes que tinha que fazer tratamento de saúde naquele lugar sentia um frio  lhe arrepiar...Algo no recinto lhe tirava a paz, mas não sabia o que era, pois os funcionários da Clínica Amália eram fabulosos, competentes, amigáveis e gentis.
O ambiente era antiquado, porém limpo, a saúde de Janaína restabelecera-se rapidamente, porém ia com pesar para a clínica.
Todas as noites antes do dia fatídico do tratamento tinha pesadelos tenebrosos, e seu marido sempre acalmava a medrosa mulher, nesta última noite Arnaldo perdeu a paciência e disse para a mulher trocar de clinica, pois não aguentava mais aquele melodrama noturno.
Jana como era conhecida chorou bastante dizendo que o conjuge era um insensível e estúpido por não compreender os sofrimentos de sua alma em relação a Clínica Amália. 
Eis que chega o dia 04/07 - o dia do 12º tratamento - Janaína entra no elevador, pressiona o botão do 12º andar, pela primeira vez  se sente segura, e pensa: " Arnaldo deve ter razão tenho que procurar um psicólogo para acabar com a fobia que sinto ao vir neste lugar, e que hoje não se manifesta".
Coitada desta vez os seus pesadelos viriam à tona
O elevador parou, os olhos de Janaína se esbugalharam, pois estava sozinha naquele maldito elevador e não chegara ao andar de saída....o recinto enegreceu... Janaína tremia feito vara verde...
O elevador começou a descer, Janaína fez o sinal da cruz e foi parar no poço mortinha da Silva.
O celular vibra, Arnaldo atende uma ligação direto do telefone de sua mulher.
- Alô é o esposo da Srª Janaína?
O homem aflito responde:
- Sim, quem é que está falando? Do outro lado ouve:
- Meu nome é Antônio sou funcionário da Clínica Amália, venha para cá imediatamente, pois aconteceu um acidente com sua mulher.
Arnaldo pega um táxi, pois não tem condição nenhuma de dirigir, chegando a Clínica Amália corre em seus corredores tal como um maratonista a fim de vencer uma corrida, mas não esperava que o prêmio fosse ver sua mulher... E pior tinha um pressentimento ruim sobre o  estado de Jana, coisa que queria expulsar de sua cabeça.
Lembrou das vezes que a mulher pediu para que ele a acompanhasse no tratamento, porque o horário era suficiente para que chegasse ao trabalho... até porque a clínica é localizada no Centro da cidade.
Viu uma faixa amarela num dos corredores, onde havia uma seta indicando: ENFERMARIA 10º, 11º E 12º ANDARES, ELEVADOR.
E também um segurança que não deixava ninguém passar... desesperado explica a situação para o funcionário, que fala para o marido:
- Somente o Senhor pode entrar!  Às lágrimas o homem questiona:
- Por que?
o Funcionário devolve com a voz embargada:
- Porque sua esposa está lá....
Arnaldo chega na cena da tragédia e vê o corpo de sua Jana coberto por um plástico negro.... Não acredita e começa a urrar se tornando uma besta fera.
Geme e grita como alucinado:
- Então era isso que ela sonhava dia e noite antes de vir aqui!!!
- Perdi Janaína, perdi minha mulher para todo o sempre para a Clínica Amália!!!
Fui traído, o seu destino era certo e fui o último a saber como um animal chifrudo.
Agora era tarde  e Arnanldo com o passar dos anos acreditou piamente nos sonhos e pesadelos de sua nova mulher.
Renata Emily
Enviado por Renata Emily em 05/07/2013
Reeditado em 24/06/2014
Código do texto: T4373636
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