Aninha vivia sozinha em um pequeno apt. no bairro nobre de S Paulo. Apesar de ser pequeno seu apt tinha ares de luxo. Porém, a jovem de 25 anos não estava satisfeita com sua vida. Estudava em uma universidade particular o curso que sempre desejou- medicina. Sua vaga na garagem era garantida e seu carro esporte era seu companheiro inseparável .
_Alô ...alô...não... não pode mandar subir eu não conheço Arlindo nenhum. Mande embora.
_Ele insiste é? Vou sair agora e vejo na portaria.
Perfumou-se pegou sua bolsa e a chave do carro.
Recusava-se a acreditar no que via na portaria...um jovem de cabelos desfeitos insistindo em dizer que era seu irmão. O porteiro tudo assistia sem interferir.
_Aninha faz mais de dez anos que viajei para o exterior e você já se esqueceu de mim?
_Não o conheço e vou chamar a polícia. Eu não venho do buraco que parece ser de onde saiu.
_Não precisa chamar a polícia. Eu represento a polícia. Sou policial federal.
_Não parece. Seu aspecto é de um desempregado que não tem dinheiro para um corte de cabelo.
_Ora, minha maninha, a modernidade fala mais alto.
_Como me encontrou?
_Lista de telefone. Listel com endereço. Seu nome é inconfundível. Ana Gertrudes Pachecco Piarrê.
_ Meu Deus. Este é meu nome. Mas afirmo que não tenho irmão.
_Ora, seu pai é o mesmo que o meu. Um industrial que tem seis fábricas de avelãs e a maior fábrica se chama AVELÃS&CIA FICA EM Osasco.
O porteiro saiu de perto dos dois. Neste instante Aninha reparou nas mãos daquele homem. Eram ásperas. Teve medo. Afastou-se um pouco para chamar o segurança, quando de repente..., o homem a agarrou.
_Solte-me.
_Vou ser curto e grosso. Eu te conheço da cidade onde nasceu. Sou aquele rapazinho que desprezou quando tinha seus 14 anos. Não adianta gritar.
Ouviu-se então um estrondo. O estampido fez com que o porteiro corresse, mas já era tarde.
Aninha estava morta.