Ondas de rádio

Marcos correu de um lado a outro, o barulho de bombas caindo lhe deixava atordoado. Seu coração batia rápido, seus olhos não piscavam sua garganta estava ressecada. Todo seu corpo tremia a guerra era mesmo apavorante. O general, mais conhecido como cão de guarda percebeu que o jovem Marcos estava tenso - soldado recomponha-se, volte ao seu posto agora! O cão berrou. Marcos tentou reagir estava fraco - eu não posso senhor... O meu corpo não me obedece, eu não consigo parar de tremer senhor. Marcos tentava explicar. O general não queria saber de conversa fiada, agarrou Marcos pela gola do jaleco e berrou- isso e uma guerra matar ou morrer. Olhe pro seus companheiros de guerra eles não são, mas humanos perdemos nossas almas quando juramos amor á pátria. Perdemos nossas esperanças quando pegamos nas armas, perdemos tudo quando atiramos em alguém. O general empurrou Marcos pro lado - volte para seu posto! O general deu a ordem final. Enquanto Marco seguia em direção ao seu posto, ele passava entre as trincheiras ‘esse lugar não existe’ ele pensou com sigo mesmo, um homem lhe segurou na perna quase matando Marcos de susto- me ajude eu estou morrendo. Dizia o moribundo - não posso fazer nada, todos nós vamos morrer mesmo. Disse Marcos girando nos calcanhar e saindo. Um disparo de arma chamou atenção de Marcos, mas ele não olhou para trais, sabia que o homem que ele negara ajuda se matara.

Ao chegar à base feita de chumbo e concreto que, mas lembrava um iglu. Marcos respirou fundo e entrou. O local não era muito agradável, de se olhar, havia uma cadeira uma mesa é um radio de comunicação. Todo o dia Marcos tentava comunicação com alguma base vizinha- tango... Delta... Bravo responda alguém na escuta? Câmbio - ninguém respondia. Marcos passava horas e mais horas tudo em vão - porcaria, merda, merda!! Ele praguejava nem a sim adiantava. Uma forte chuva começará a cair. Tanto tempo sem chover nesse estranho lugar que ninguém reparava aquela forte chuva. Estranho é que não havia nuvem pira formar chuva. Da pequena janela da base Marcos viu algo que quase fez seus olhos saltarem- que nuvem estranha, cinza amarelada. Ele disse a sim mesmo. Marcos se levantou da cadeira pegou seu fuzil girou nos calcanhares em direção à porta. Uma voz distorcida falou pelo radio - tango, delta bravo alguém?- a voz perguntou. Marcos logo voltou - estou aqui câmbio, quem fala?- Marcos perguntou com toda esperança, a voz respondeu - tenho homens feridos esta chovendo muito forte, está escuro aqui. Marcos passou a mão no rosto- calma estamos na mesma situação, vamos manter a calma, você esta em que localização?- Marcos perguntou, a voz distorcida respondeu - eu não sei está escuro, não consigo ver nada, todos morreram só sobrou eu, estou morrendo de frio - disse a voz. Marcos já não sabia, mas o que fazer- qual e seu nome? Ele perguntou houve um, silencio só escutava apenas o barulho da chuva. Marcos se levantou com sua arma em mãos, ele saiu da base- onde está todo mundo?- uma voz vinda do radio chamou sua atenção:

- o meu nome e Marco, á duas semas atrás invadimos uma base inimiga algo estranho aconteceu, tudo escureceu não sei há quanto tempo eu estou aqui. Marcos escutava sua própria voz saindo do radio, todo seu corpo tremeu – eu estou ficando, louco a febre da guerra e isso... Só pode ser isso. Ele tentava convencer a si mesmo ‘’ eu não estou ouvindo isso’’. Uma forte ventania entrou na base atravessou o corpo esquelético de Marcos um arrepio estranho fizera todo seu corpo tremer. Vozes saiam do radio vozes de pessoas que Marcos deixou esperando em casa na escola vozes de pessoas que ele sabia que nunca, mas iria escutar de novo.

sparrow
Enviado por sparrow em 14/10/2013
Reeditado em 03/10/2017
Código do texto: T4525691
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