O Salvador

Camila estava sentada em frente ao lago olhando com os pensamentos além do infinito não percebeu quando aquele homem chegou perto dela colocou um revolver em suas costelas dizendo levanta bem devagar e sai andando ao meu lado como se já nos conhecêssemos há muito tempo. Ela o obedeceu porque sabia se não obedecesse morreria ali mesmo, não era isso que havia sonhado para si, era muito jovem, queria viver muito para realizar seus sonhos.

Foi andando ao lado daquele homem pensando como faria para se livrar, porque não queria ser estuprada, não foi assim que sonhou em perder sua virgindade, sonhava em entregar-se para o homem o qual seu coração escolhesse para amar. Já tinha ouvindo tanta história de mulher que havia passado por isso mais pensava que aquilo estava longe de sua realidade, porque afinal de contas, como ela seria diferente, agora via que não era diferente em nada.

O pânico foi tomando conta do coração à medida que andava em direção a um beco, mas ao chegar à quadra do lugar que sabia que seu destino seria selado, um rapaz para procurar por um endereço, enquanto falava com o homem que estava ao seu lado não tirava olhos dela. Quando o homem terminou de dar-lhe a informação, agradeceu seguiu seu caminho. Camila que por um momento teve um vislumbre de esperança viu cair por terra quando o viu se afastando.

Ao entrar no beco começou a chorar no que seu agressor disse se não quiser morrer fica calada e faça exatamente o que eu mandar, indicou a ela um lado mais escuro do beco, chegando lá ele a mandou tirar a saia e a calcinha, no que ela começou a chorar novamente, ele disse melhor engolir o choro já disse. À medida que ela descia a saia e a calcinha ele arriou as calças já em estado de ereção porque violentar era a única maneira que ele sentia prazer. Porque em uma relação normal ele não conseguia se excitar por isso ele violentava as mulheres.

Quando ele partiu para cima agarrando-a, beijando, babando, fungando em cima dela como um animal ferido, isso sem tirar o revolver em nenhum momento de sua cabeça, quando já ia consumar a violência, Camila fecha os olhos pensando meu Deus não vou agüentar tamanha violência contra o meu corpo, contra a minha vida. Foi quando ela sentiu uma pancada seca e seu agressor caindo por terra. Ela abriu os olhos, vê um outro homem como estava muito escura não o reconhece tudo que faz é se encolher ainda mais de medo esperando pelo pior quando ouvi a voz do homem dizendo pegue sua roupa, vamos sair daqui antes que este traste acorde neste momento ela o reconheceu como o rapaz que havia perguntando pelo endereço.

Ao saíram do beco ele espera que ela vista suas roupas, a leva até um bar que tem perto dali, pedi um café bem forte com conhaque, entrega a ela dizendo beba você precisa para poder se acalmar. Enquanto ela bebe o café ele conta a ela que ao parar para pedir a informação viu que os olhos dela estavam apavorados pedindo por socorro, foi andando para ir embora resolveu parar ver aonde eles iam, foi quando os viu entrar no beco. Percebeu que aquilo não estava certo olhou para os lados, tudo que achou foi uma pedra, entrou no beco, ficou esperando pelo momento certo para atacar aquele animal, ela agradece chorando por ele a ter salvado. Ele a leva até a sua casa prometendo voltar no outro dia para vê-la como estava.

Ao chegar a seu quarto tira aquela roupa a joga no lixo, entra no banheiro chorando toma um banho se esfregando até quase ao ponto de sangrar para tirar as marcas e o cheiro daquele homem de sua pele. Sua mãe tenta entrar no banheiro para saber o que estava havendo mais vê que a porta esta trancada a chave. Quando ela sai vai até seu quarto quando ela conta tudo até como foi salva, seu pai fica furioso querendo sair para ir até o beco para dar cabo daquele patife com muito custo sua mãe o acalma e o segura em casa.

No outro dia sai à manchete nos jornais dizendo que um terrível estuprador procurado pela policia havia sido encontrado morto em um beco perto do parque. Camila pensou não devemos desejar a morte de ninguém mais ele mereceu pois assim nunca mais molestará nenhuma outra mulher. A noite esperou por seu salvador, ele não apareceu, aliás, nunca mais o viu, foi como se ele nunca tivesse existido, mas ela sabia que ele existia porque ele a havia salvado naquela noite, havia sido o seu salvador.

Lucimar Alves

Lucimar Alves
Enviado por Lucimar Alves em 21/02/2014
Código do texto: T4701035
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.