QUEM MATOU CHAFARIZ? CAPÍTULO VI

O pior é que realmente quando a ambulância chegou, já não havia mais nada a se fazer por Chafariz, a mãe Ema estava completamente sem chão, sem ar, sem rumo, e todo aquele porte angelical, e de tranquilidade, pareciam cair...ruir...Meu Deus! que situação por demais antagônica, o que era aquilo (pensava Ema) por quê???

Chegou também a polícia ao local, e disse que todos que estavam ali deveriam depor, e colaborar nas próximas investigações, Ema foi levada por uma tia que chegou também...ela não queria largar o filho, ali caído sem vida, naquele chão frio, com o rosto sobre a toalha branquinha que caíra com ele, junto ao impacto dos tiros, que na verdade foram três.

O rapaz acabara de lavar suas mãos: por isso, estava de costas as enxugando, quando foi surpreendido por duas pessoas, que atiraram nele, sem culpa, claro que uma delas, havia feito isso por amor!

Mas como alguém pode matar por amor!

Bem, em certos clãs de hoje em dia, tem sido uma regra, mas naquele ambiente quase de um bloomsbyry à brasileira, NÃO! isso constituia algo transcendental para quem lida com a arte quase pura.

Bom Jordan, já estava chorando no outro banheiro, o de fora, e chorava copiosamente...os outros sairam dali apavorados, mas Leonora permaneceu...abraçando o corpo do querido e amado mestre cênico, estava pálida, porém escondia um tímido sorriso, bem camuflado embaixo dos lábios.

Ema fora levada por Shirley, uma tia dela, e depois foi medicada, para poder resistir àquilo tudo. A lua estava brilhante no céu de outono, mas a gata ficou ali naquele jardim charmoso, olhando alguns grilos que já cantavam. E ao chegar em casa, naquela noite tétrica a pupila de Leonora leu um dos contos de Zeni Silveira, uma escritora de contos de suspenses que ela gostava por demais!

Simplesmente tomou um banho bem quente, relaxou, bebeu um café com leite bem quente - E fez uma ligação de seu celular número dois, para alguém que do outro lado da linha disse - E agora minha gata, o que faremos??? não posso estragar minha carreira por nada, e você também, no mínimo a mãe irá manter a estreia da peça em homenagem ao Chafarizinho dela! E os outros será que estão com medo???

E da mesma forma simplista que Leonora tomou banho, café com leite, e deitou envolvida em um roupão rosa felpudo, cruzando os pés ao longo da cama fofa; respondeu resplandecente : Claro que estão, eles são um atores de meia-pataca e IDIOTAS! NÃO POSSUEM SUA ARGÚCIA ...meu lindo assassino!

O ÚLTIMO CAPÍTULO DESSE CONTO VEM SOB FORMA DE NÚMERO 07.

A autora Zeni Silveira Dosan já identificou a assassina de Chafariz.

Valéria Guerra
Enviado por Valéria Guerra em 27/06/2015
Reeditado em 28/06/2015
Código do texto: T5291715
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