A VINDA
Itabuna, Sul da Bahia, década de 70. Zé Pernambuco, acabara de chegar de uma viagem de carregamento de Minas Gerais, pois era caminhoneiro de uma grande empresa. Ao chegar à entrada da cidade por volta das 3 horas da manhã, vê uma mulher de boa aparência, pedindo carona...
Zé Pernambuco, bondoso e ouriçado que era, não hesita e dá a carona. Conversam dentro do caminhão, alisam-se e marcam no dia seguinte no mesmo lugar, outro encontro. Ela dá o nome de Maria Clara, e muito simpática, pediu a ele que a deixasse na rua do Campo Santo, pois era empregada de uma família nobre que morava defronte para a necrópole...
Zé Pernambuco dá um “selinho” e deixa a moça sair, acompanhando-a com o olhar... Para a surpresa dele, a moça dirigi-se ao cemitério e mesmo com as grades fechadas, ela passa como se não houvesse obstáculos... Era na verdade, uma alma penada...