As Luzes que Dançam

Feito duas grandes estrelas, foram vistas as luzes no céu. Porém, elas começaram a rodar e a descer um pouco. Os dois jovens que as viram se encantaram no início, mas logo se encontraram com o medo, pensando no que poderiam ser aqueles objetos luminosos que dançavam sobre suas cabeças.

Eles até então estavam apenas fazendo um tranquilo passeio, procurando uma distração em volto dos ventos suaves daquela noite agradável em Mutuapira, distantes da cidade e perto das árvores que ficavam aos redores daquele caminho que traçavam em paz.

Os dois tornaram seus passos apressados para voltar à casa na qual se hospedavam por alguns dias. Nem mesmo lembraram de pegar o celular para filmarem as luzes. Enquanto caminhavam rapidamente, um vento mais forte os pressionou até ao chão. Com a queda, um deles perdeu a consciência, enquanto o outro pode observar algumas sombras estranhas surgirem por trás das árvores. Ele tentou acordar o que desmaiara, mas não teve êxito; então o levantou e segurou-lhe nos ombros, pondo-se a arrastar o corpo do amigo.

Logo uma luz ofuscante veio do alto, deixando-o hipnotizado e por fim inconsciente. Ela era de uma extrema potência, capaz também de iluminar as casas próximas à região onde o fato ocorreu.

Na manhã seguinte, os moradores locais foram percorrer o caminho pelo qual pairou a grande luz e, a não ser rastros no chão, nenhuma coisa diferente foi encontrada. Os dois jovens sumiram naquela noite anterior, mas só cinco dias depois as famílias de ambos foram informadas; iniciando-se assim uma desesperada busca pelo paradeiro deles.

Era intensa a procura por uma pista que levasse ao encontro dos desaparecidos. Contudo, a única informação obtida era a respeito da misteriosa luz. Até que, pelo nono dia de busca, um dos jovens foi descoberto nu e desorientado, a andar pelas ruas.

Ele não se lembrava de nada destas duas últimas semanas, a não ser o que tivera visto antes do desmaio no caminho arborizado. Porém, no lado interno de suas pálpebras haviam algumas pequenas marcas estranhas, formando um símbolo irreconhecível.

Do outro desaparecido não se tem notícias desde o fatídico dia. Entretanto, casos semelhantes a este vem se repetindo em vários lugares do mundo e novas pessoas ainda irão ser contatadas pelo dançar das luzes.

Filipe Sonne
Enviado por Filipe Sonne em 02/07/2016
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