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             O BUFFET


                   INTRODUÇÃO


    
Os primeiros arranjos para realização de uma festa começam pelo menos dez horas antes. Na verdade, começam dias antes se levarmos em conta que os salgadinhos, bolos, bombons e doces são preparados com  antecedência.
    
Nada pode dar errado e um experiente dono de buffet sabe disso. A experiência faz com que pequenos erros sejam evitados mas os imprevistos, muitas vezes podem acontecer.
     
No dia da festa bem cedo,  a primeira providência tomada pelo responsável pelo buffet, já no salão, é a arrumação das mesas. Cada uma delas  será coberta com uma toalha maior  estendida até o chão, sendo que por cima  será colocada outra toalha menor, de cor diferente. A cor diferente é para dar contraste e dessa forma, o colorido das mesas será um destaque a mais para o êxito da festa.
    
O evento em questão será a comemoração do casamento de uma linda jovem de vinte e dois anos, filha única de uma tradicional família. O noivo, dois anos mais velho é um brilhante e conceituado advogado.
     
No salão, o responsável pelo buffet dá as primeiras instruções para seus auxiliares sobre a localização das flores e arranjos de mesa, iluminação, coberturas e forros para as mesas e cadeiras, disposição e montagem das mesas de frios, dos doces, bolo e de chocolates e bombons.
    
As flores , assim como a cor das toalhas das mesas dos convidados e demais tecidos foram escolhidas pela noiva.
    
Eduardo é    o dono e responsável pelo buffet, promotor de eventos experiente e que já tinha realizado dezenas de festas iguais aquela e portanto, estava seguro de que tudo correria normalmente e com certeza, sem nenhum incidente.
    
Eram oito horas da manhã quando Eduardo chegou ao salão. O inicio da festa estava marcado para as vinte horas...

             
CAPÍTULO I

     Pouco depois das 8:30 chegou Rogerinho, braço direito e o chamado “faz de tudo” de Eduardo. Cumprimentou aos que já estavam no salão e logo começou a abrir as mesas e cadeiras dobráveis.
       
Em seguida colocaria sobre elas um tampo de madeira para que as toalhas , um pouco mais tarde, pudessem ser colocadas por cima. Estava tranquilo, tinha dormido bem e o dia apesar de ensolarado, não estava nem um pouco calorento. Com certeza, seria mais uma bela festa...

    
Eram 8:45 da daquela manhã de sábado quando Sônia despertou. Espreguiçou-se e muito a contragosto levantou-se e foi direto para o banheiro. Ela era uma exímia cozinheira e naquela noite seria uma das fritadeiras que tabalharia naquela festa.
    
Era uma bonita morena, olhos grandes e negros e cabelos encaracolados. Morava com os pais num bairro não muito distante do salão.
    
Saiu do banheiro, trocou de roupa e foi para a cozinha tomar café. Estava bem disposta e queria se alimentar bem pela manhã, pois durante o dia teria pouco tempo para almoçar e fazer um lanche. Bem antes do inicio da festa, a tensão já era muito grande...

    
Jorge olhou para o seu relógio e não se surpreendeu com a hora. Eram 9:30 e ele tinha acabado de chegar da lavanderia onde fora pegar sua roupa de gala para trabalhar a noite naquela festa , a maior que já estivera presente.
    
Ele seria o maitre, o responsável pelos doze garçons e a equipe de cozinha. Mais tarde iriam se reunir e , em dois veículos, seguiriam para o salão de festas. Toda sua equipe já tinha sido avisada com antecedência e deveriam se encontrar às 14:00 horas na praça principal daquele bairro.
    
Praticamente todos moravam por perto. Apenas as duas cozinheiras, Sônia e a amiga moravam num bairro próximo. Jorge era um maitre enérgico, não admitia atrasos e nem falhas.
    
Já era veterano em festas mas a daquele sábado tinha um sabor especial. Sua irmã era amiga da noiva e estaria presente como uma das convidadas.
    
Olhou novamente para o relógio e deu um pequeno sorriso. Tinha tempo de sobra para levar seu carro a oficina para uma última revisão. É claro que daria tudo certo...

    
Eduardo estava apreensivo. Já eram 10:00 e as toalhas de mesa e as coberturas das cadeiras ainda não tinham sido entregues. O trabalho de cobrir as mesas e as cadeiras era demorado e não poderia sofrer atrasos.
    
Aquelas finíssimas toalhas e as coberturas das cadeiras foram alugadas de pessoa conhecida, parceira do buffet de Eduardo em muitas festas. E não seria hoje, justamente naquela festa, que alguma coisa poderia dar errado.
    
Às 10:30 o celular tocou e um arrepio percorreu as costas de Eduardo. Um pouco tenso ele atendeu. Era Eulália, a sua parceira das toalhas e coberturas das cadeiras. Nervosa, ela estava avisando que tinha surgido um problema de última hora...


                       ...continua...

                                 
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(...imagem google...)
WRAMOS
Enviado por WRAMOS em 26/05/2018
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