A Noite Passada - Final

Eu e a Raquel fomos convidadas para um aniversário de uma outra amiga nossa.

Naquele sábado estava ansiosa, havia até comprado um vestido novo e pronta para me divertir.

A Raquel, que fazia tempo não a via com um rapaz, disse que lá estaria um que ela já estava de olho fazia um tempo. Eu logo pensei, teria que arrumar um pra mim também.

Fomos até a festa de carona. E ao chegar logo vi o Felipe.

Sim, o Felipe, meu antigo amor. Que na real nunca gostou de mim de verdade.

Mas ele me viu e me cumprimentou com uma educação de amigo.

Me senti bem, e logo observei que um homem que estava no grupo do Felipe estava olhando pra mim.

Logo fomos apresentados.

O nome dele era Gustavo.

Ele aparentava ter mais de 21 anos, talvez uns 24. Mas o seu jeito me seduziu. E logo começamos a conversar.

Logo a Raquel desapareceu, certamente foi conversar com outras amigas.

Quanto mais eu conversava com o Gustavo, mais eu me afastava da festa, que ficava no sítio alugado pela família da aniversariante. Assim, fiquei com medo e resolvi me aproximar da festa. Antes ele me pediu um beijo e eu aceitei.

Logo voltamos para a festa.

Observei ao longe que a Raquel também estava conversando com outro rapaz, e quanto a mim, estava animada e comecei a beber, e fiquei mais animada ainda.

Gustavo estava sempre por perto, dançamos um pouco e ele novamente me chamou para sair da festa.

Dessa vez ele foi um pouco mais ousado. Tentou me agarrar e passou sua mão boba no meu corpo.

Eu já estava um pouco alta por causa da bebida, mas sabia que não queria nada mais que uns beijo naquela noite.

Foi então que o Gustavo não me deixou voltar para a festa e me pegou com força e disse que iria me levar para outro lugar.

Resisti, mas ele me puxou com tanta força que acabei caindo no chão e sujando meu vestido.

Senti vontade de chorar.

Ainda mais quando percebi que o Gustavo não era como eu pensava. E logo me puxou novamente para me levar para o carro.

Comecei a gritar e apareceu um grupo de pessoas que se aproximou e ele parou.

Nesse momento peguei o celular e pedi ajuda para a Raquel.

E sai correndo.

A Raquel quando me viu ficou furiosa ao saber que aquele rapaz tinha feito isso comigo. E queria encontra-lo para tirar satisfação.

Eu pedi para deixar pra lá, mas ela ficou realmente revoltada com a situação.

Saímos da festa e vimos o Gustavo parado na frente do seu carro. Foi então que aconteceu o pior.

Ele estava ainda mais bêbado e veio para minha direção dizendo que queria me levar pra casa. Eu disse não. Mas ele me agarrou pelo braço com ainda mais força que a outra vez. Tentando me beijar e com a mão tocando no meu seio.

A Raquel vendo isso, pegou uma garrafa e bateu na cabeça do Gustavo várias vezes, mas ele não caiu e revidou dando socos. E um me acertou e eu cai no chão.

Apaguei.

Acordei no carro, no colo do Felipe, indo para a casa que eu não conhecia.

No banco da frente haviam duas pessoas, que no início pensei que fosse dois homens, mas era o motorista e a Raquel.

Somente no outro dia descobri que haviamos matado o Gustavo, e o corpo dele estava no porta-malas.

Felipe havia visto a briga e acabou se envolvendo quando me viu caída no chão. Pegou um pedaço de pau e pediu para o Gustavo ir embora.

Ele continuou.

Foi então que a Raquel acabou acertando no pescoço com a garrafa que já estava quebrada.

Felipe e outro amigo decidiram esconder o corpo. E o único jeito seria jogando no rio próximo da cidade.

Ao recordar de tudo o que havia acontecido, naquela manhã com o Felipe, percebi que a Raquel havia matado um homem.

Nesse momento a vi entrar no quarto sorridente e perguntando se eu estava bem.

Eu queria saber a mesma coisa. Se ela estava bem e se não se sentia mal pelo o que aconteceu.

Ela simplesmente disse com um ar de satisfeita e vingativa:

- Esses tipos de homens tem o fim que merecem. Agora eu sei o que fazer com meu pai.

Até hoje o corpo do Gustavo não foi encontrado.

Tayna King
Enviado por Tayna King em 06/03/2019
Código do texto: T6591313
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