A MISTÉRIOSA VILA 15 - O INCIDENTE

Mal terminei a frase e duas medonhas criaturas em um salto se prostaram ao meu lado, suas aparências eram uma mistura de cão e morcego, fiquei completamente incapaz, pensei que seria meu fim. Uma das feras ergueu-se colocou as duas patas em meu peito, e lambeu fortemente meu pescoço com sua língua aspera e fria, seu seu bafo encarniçado invadiu meus pulmões.

- Não Aros, não, você me prometeu - Asgard foi enfático e rápido.

O maligno avançou em minha direção e deteve-se apenas uns dois metros de distancia, seu tamanho mais que dobrou e vociferou estas palavras.

- Veja com seus próprios olhos, Isabelle gesta meu herdeiro, a escolhida não pode se sentir incomodada.

Agora não sei mais o que sinto, fiquei meio letárgico.

- Levem Isabelle aos seus aposentos – Ordenou o capitão, em seguida diz.

- Quanto a você, voltará imediatamente para sua terra, e que esqueça tudo que viu, será recompensado com a vida.

Neste momento duas estranhas figuras femininas, entraram no salão pegam as mãos de Isabelle, e a conduziram gentilmente. Com um sentimento de impotência e os pensamentos fervilhado na mente, me contive ante a voz de Asgard. Antes de desaparecer por completo ela se deteve, olhou para trás em minha direção, cerrou os olhos e um brilho na sua façe, denunciou a queda de uma lagrima. 

O demoníaco capitão virou-se para mim, e proferiu.

- Adeus Aros, assim será.

Deslizou em direção a parede e sumiu entre as sombras do salão. Agora só restavam eu, Asgard e as duas criaturas. O ódio mortal agora se agiganta em minhas entranhas, como poderia sair dali e deixar Isabelle. Lutei com todas as minhas forças para chegar até aqui, o que vi me deixou abatido, mas, não desistirei dela, se for preciso matar matarei.

Só me resta lutar, mas preciso de ajuda, e esta ajuda só poderá ser do próprio Asgard. Não creio que ele tenha se transformado por completo em uma besta, deve ter ainda algo de humano no seu coração. Vou apelar para a sua amizade em nome do meu velho pai.

Então, Asgard olhou-me e disse - Vamos Aros!

Saímos do salão por uma grande porta de madeira escura e muito pesada, o ranger das suas dobradiças, ecoou pelo salão como o canto das gralhas negras.