Soterrados
Ela se sentia deitada, em uma posição limitada, de baixo de escombros pesados demais. De onde às vezes saía e via o mundo de novo, mas em seguida acordava de baixo dos mesmos escombros e tudo não passou de um sonho vil.
Esse processo sempre a despertava agonia acompanhada de desesperança. Aquele anseio que só sentido em horas desespero, por alguém que almeja ser salvo e se cansa de esperar, porque esta não pode nem sequer fazer algo, que não seja esperar... Os bombeiros e os cães.
Então às vezes ela levantava a cabeça em alguns graus da posição inicial, para vislumbrar pelas frestas entre os blocos, uma vista luminosa de bem-estar.
Será que de fato ela estava?