O APONTADOR

Túlio Alves, deixou a sala de cinema às 22 horas aproximadamente, o filme em exibição era “Terror Cego”, uma produção estadunidense, estrelado por Mia Farrow.

O filme não era monótono, tratava-se de um trailer de suspense, porém, o homem vestido de camisa social xadrez, causa Jens e botas pretas, desejava urgente ir a uma lanchonete comer um cachorro quente com uma Coca-Cola gelada. Ele caminhou um pouco por algumas ruas da área comercial da cidade para encontrar uma lanchonete aberta naquele horário, e resolveu ir de táxi para casa porque algo passava por sua cabeça, um sentimento de angustia, algo que ele não sabia explicar.

Na noite daquela sexta-feira estava coroando, muitos transeuntes estavam agasalhados, pois, o inverno estava começando na Serra da Borborema, agreste nordestino, em especial, na cidade onde o forró sempre existiu através do mestre Luiz Gonzaga.

O táxi parou em frente à rádio difusora. Túlio pagou e desceu apressadamente, pois a lanchonete de seu Arlindo ainda estava aberta porque havia tido um jogo de futebol no estádio da Agamenon Magalhães. Mas, para as tristezas a lanchonete não tinha mais Longe, e ele resolveu ir para casa jantar e dormir pegou outro táxi e chegou a casa a meia-noite.

A casa ficava no Duque de Caxias, um prédio colonial de tijolos, alugado, muito simpática a estrutura arquitetônica da casa, jardim, terraço, duas salas, três quartos, cozinha, no primeiro andar morava um estudante de história, Bruno Lemos, um jovem recatado que só tinha olhos para os livros.

Ao entrar na casa sentiu um cheiro forte, rádio ligado passando músicas antigas, televisão com chiados porque havia terminado a programação. Ele ascendeu a luz da sala, e logo tomou um susto, seu pai estava em um poltrona estrangulado e varando-se em sangue, gritou por socorro, dirigiu-se até o quarto da irmã de onde se ouvia a música, ele ficou desesperado com o que viu, uma mulher caída no chão com um lenço em volta do pescoço, o pânico tomou conta de túlio, que dirigiu-se logo para o telefone na ânsia de ligar para a polícia, desistiu, pensou em Bruno, subiu as escadas correndo e no impulso violento abriu a porta e parou tomando o fôlego para si.

- Você procura este apontador? – Perguntou o jovem com dois polícias que o aguardava com mandado de prisão.

Sérgio Gaiafi
Enviado por Sérgio Gaiafi em 10/03/2022
Reeditado em 10/03/2022
Código do texto: T7469696
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