Monjas, luxuria e terror

****TEXTO COM FORTES APELOS ERÓTICOS ****

Os passos pelo chão taqueado do convento denunciavam sua caminhada noturna, com as pernas pouco firmes, voltava calmamente para sua cela, a noite tinha sido quente no quarto do padre Souza, as pernas um pouco bambas pelo forte prazer atrapalhavam o andar, mas já estava próxima da porta. Abriu devagar, entrou, tirou o habito e se deitou nua embaixo do lençol, sonhou coisas sujas e doentias...

-Pecado minhas caras, isto é pecado, não podemos manter tais condutas aqui dentro!-dizia com os olhos em chamas.

Não admitia promiscuidades, desde que veio do convento de Tineal trazia no peito a certeza: mudaria as atitudes das monjas daquele lugar.

-Oh, isso, vai huuuuummmm...

Era sua primeira noite com Souza, sim ele era bom, e ela má, pecadora sem limites, maldito instante que se permitiu olhar dentro dos olhos daquele homem.

-Huuuuummmmm...-enterrou as unhas nas costas dele.

-Desde o primeiro dia que você entrou aqui eu te desejei, você é linda, o seu rebolado debaixo do habito me deixava enlouquecido - acariciava-a com a ponta dos dedos enquanto falava- agora te tenho, e posso ainda ouvir ecoar sua voz dizendo “Pecado irmãs” –sorriu desdenhosamente- agora está aí se contorcendo querendo novamente ser possuída por mim, é quase cômico.

A poça de sangue ia aumentando pouco a pouco, ele ainda sorria com escárnio:

-Vadia, pra que se escondeu do mundo se queria era o prazer?

Gemia com dores mortais, estava sangrando a vida ia saindo de si.

-Agora vai morrer, e vou te possuir no inferno sua vadia!

Por 35 anos aquela historia se repetia, um padre novo que corrompia as monjas, sim, era o mesmo homem, o mesmo olhar, o mesmo sorriso, mas as pobres freirinhas que mudavam, ele dava prazer mas cobrava caro, um demônio nunca é apenas bom, o preço é sempre muito caro. A primeira ida ao convento aconteceu assim:

-Olá monjas do convento de Madre Cagna*, este é o padre Amarante, ele dará aula para vocês a partir de hoje, é formado no seminário de....

A apresentação foi longa, olhou para o rosto de cada uma daquelas moças, seduzindo com seus olhos negros cada alma, podendo sentir o calor embaixo das saias aumentarem, ele sentia o cheiro do desejo delas por seu corpo esguio, por seu habito bem feito.

Naquela noite ele foi para a sua cela mais cedo, vestiu seu vestido de dormir, quando ficou um pouco tarde achou que seria um bom momento, sabia que algumas freiras ficavam na cozinha até tarde conversando, e pretendia beber um pouco de água, talvez um pouco de mel quente daquelas carnes quase santas.

-Boa noite, dêem-me licença de pegar um copo de água queridas irmãs, a cede me impediu de dormir, não quero incomodar...

Os olhos delas brilhavam, podiam ver o volume sob o vestido do padre, elas também vestiam camisolas longas e claras, tinham os seios marcados pelo tecido leve, a água descia pela garganta do padre misturada com desejo, as respirações mudaram um pouco, pairava sim uma ânsia abafada e proibida, ele sabia que teria cada uma delas em sua cama em breve. Caminhou em direção ao quarto, já tinha escolhido a vitima daquela noite, era a pálida Serene que escondia o corpo mais belo de todas.

Demônios manipulam as fraquezas humanas, e sabia que bastava usar aquele perfume para que a moça prestasse atenção nele, era o cheiro de seu ex-noivo, ela esperou algum tempo e foi atrás do padre, torcia em seu íntimo que não o encontrasse, pois aqueles calafrios a preocupavam profundamente.

-O que faz aqui pequena, sua cela é para este lado?

Ela sentiu um arrepio na nuca.

-Eu perdi algo aqui mais cedo, e pensei que talvez encontrasse, já que não tem tanta gente passando...

Ele se aproximou dela por trás, o hálito quente dele ia em sua nuca.

-E o que foi que você perdeu.

Ela temeu se virar, pois sabia da proximidade do corpo tentador daquele homem.

-Um pingente...

Tocou a cintura da freira, acariciou-a levemente, cheirou profundamente sua nuca e sussurrou, posso te ajudar a encontrar seu pingente -enfiou a mão por baixo na saia- e sei como lustra-lo até que ele brilhe...

Ela quase desfaleceu em seus braços de prazer, bastou um toque em suas carnes e chegou ao êxtase, aquele foi o primeiro de milhares casos de luxuria desmedida naquele lugar.

-Por quê?

-Sangue sua vaca, sangue, eu vivo de sangue, sou um demônio, o seu prazer me causa repulsa, seus gemidos de gozo me causam nojo seus seres limitado e nojentos! Gosto de possuí-las quando estão em seus ciclos, pois o cheiro de sangue me leva loucura!

Deu um forte tapa no rosto da monja.

-Vaca, quer que eu te dê um ultimo prazer antes da morte?

Ela não conseguia nem se mexer mais. Mas ele a tocou como quem sabe bem o que faz e teve um ultimo gozo antes de morrer... triste fim de mais uma monja em Madre Cagna*....

*CAGNA QUER DIZER "CADELA" EM ITALIANO

T Sophie
Enviado por T Sophie em 07/12/2007
Reeditado em 22/09/2008
Código do texto: T768507
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