A Porta do Crime ( continuação: parte 1 - 2 )

A Porta do Crime

A Porta do Crime

Numa antiga mansão numa cidadezinha do interior de Rio de Janeiro, morava sozinho o ilustre relojoeiro Bonsaffé, um senhor dos seus setenta e poucos anos, muito bem de vida, porem financeiramente, pois sua saúde um tanto debilitada! Resolveu convidar uns amigos distantes para o seu velório com o intuito de presenteá-los no seu testamento. Após todos os tramites legais e confeccionado os convites era hora de aguardar, cada convidado chegaria um dia após o outro e assim começou:

_Dr. Leocrideo Raferson foi o primeiro a chegar, sempre com sua aparência de o dr sabe tudo, mas escondia por trás um diploma de enfermagem por uma bagagem mal feita, em seguida fora à vez da encantadora e não menos Arisleiny Spillt, formada com honrarias em sociologia. Meias tarde do dia seguinte chegaram o professor Molonér Intróside, a escrituraria Rosnilda Perfezen, o advogado de porta de cadeia e sobrinho do senhor Bonsaffé, Fabriculo Edmond acompanhando o repórter criminalista Jhon Bill, bem sucedido se não fosse por uma mesa de cassino, no dia seguinte ainda chegaram o Frei Alucénideo Gastreiro e o banqueiro Rostalfilo Bensqual.

_ Todos estavam numa enorme sala à espera do anfitrião, mas o mesmo não pode comparecer, pedindo que seu mordomo o sr Alfraburgues Tonhéis os fizessem as honrarias e lhes conduzissem aos seus aposentos, para na manhã seguinte pudessem apreciar após um delicioso café a leitura que os fizeram viajar em média mais de um mil e quinhentos quilômetros, o seu testamento e suas exigências assim que o mesmo viesse a falecer, mas o súbito tomou conta do recinto quando seu Bonsaffé não apareceu e todos foram ao chamado do mordomo ao quarto e atônitos viram uma cama totalmente ensangüentada e um corpo de bruços, os tremores e rangerem de dentes assolou os pensamentos de todos.

Jhon chame a policia! Gritou Rosnilda já apavorada.

Não, respondeu o mordomo e frisou:

_ Bem pessoal, acredito que não será possível que nos próximos dias consigamos contatos, nem por telefone ou de carro, pois durante a noite passada choveu intensamente e transbordou a represa inundando o vilarejo e ilhando-nos sem telefone ou luz elétrica, para tanto já providenciei lampiões para cada um dos senhores e senhoras.

Mas como assim, não ouvimos barulho de chuva nenhum!Exclamou e bom tom o dr Leocrideo.

Na verdade nem poderíamos, pois que bem me lembro titio construiu esta mansão a prova de som, a fim de ter sossego quando a velhice chegasse, retrucou Fabriculo.

Então o que faremos?Perguntou o professor Molonér.

Em primeiro lugar não devemos mexer em nada neste aposento, respondeu a socióloga Arisleiny e continuou dizendo: embora pareça desumano não devamos nem mesmo tocar no corpo, lacrar o quarto com panos úmidos nas janelas e portas para que o cheiro não invada os demais cômodos e aguardar tão logo possível se faça um contato com o delegado da cidade.

Estranhamente o Frei Alucénideo sussurrou temerosamente, afinal se não podiam sair, com certeza o assassino e ou assassina estaria ainda na mansão!Completou ainda se as janelas estão trancadas e sendo este quarto no terceiro andar não teria como entrar a não ser pela porta e continuou, pelo que posso ver não a vestígio de luta e tão pouco a arma do crime e que tipo de arma seria? E mais, porque este quarto tem uma porta de entrada e oito portas anexas?

Perguntas e mais perguntas, o senhor mais parece um detetive e não um frei comentou seu Rostalfilo, aos olhares surdos dos demais.

Não seu Rostalfilo o Frei está certo, são perguntas que devamos fazer e tentar solucionar antes mesmo de um possível novo crime.

Concordo!Exclama a encantadora socióloga relatando a notável coincidência entre as oito portas e a eles mesmos, oito convidados...E indaga ao mordomo se o mesmo não sentira falta de nada no quarto ou alguma coisa fora do lugar e o mesmo, ainda tremulo com a situação vira o pescoço em sentido de meia lua para sua direita e volta o olhar para sua esquerda, da uns passos para frente olhando atentamente cada espaço a cada detalhe, toca as portas sentido que estão trancadas, retorna ao grupo e...

Percebe apenas a falta de um velho candelabro e o tapete de couro de onça em sentido oposto ao costumeiro.

Como assim pergunta o Frei, em que posição fica o tapete?

Na verdade o tapete ficava debaixo da cama do seu Bonsafé e o candelabro à direita da porta de entrada do quarto com uma casta afirmação.

Rapidamente como se todos estivessem em sintonia correram para próximo da cama no intuito de achar algumas respostas, mas nada então resolveram que até que se descobrissem o ou a assassina andariam em dupla, afim de não serem pegos de surpresa, tomada esta decisão dirigiram-se à sala de estar para confabularem a respeito do acontecido, nem todos, pois jhon resolveu ir a varanda para tomar um ar e sua parceira desviou-se com o mordomo a cozinha, nesse momento ouviu-se um forte grito, que vinha do alto da mansão, lá de cima, provavelmente foi no sótão diz o sr Molonér...

Continua...

Mirão da Estrada
Enviado por Mirão da Estrada em 17/05/2008
Reeditado em 22/05/2008
Código do texto: T994097
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