Na vida e na morte

Irene sempre passava por Edgar com suas roupas curtas e decotes provocantes,

adorava se exibir e humilhá-lo.

Edgar sempre dizia,

– Um dia, Irene, será minha!

Irene ria e rebatia:

– Nem viva e nem morta!

– O que um negro feio e pobre tem para me oferecer? - zombava.

Edgar a olhava e nada mais falava.

Uma espécie de ódio e desejo o consumia por dentro

Disse para si mesmo:

– Nesse fim de semana serás minha para sempre.

No sábado à noite, na mesma esquina, avista Irene se aproximando.

Edgar a chama:

– Irene venha aqui, tenho algo para lhe dar.

– E você lá tem algo que me interessa? - indagou debochada.

- Certo você é quem sabe –, respondeu Edgar com ar misterioso.

Edgar se afasta e começa a andar, sai pensativo e cheio de desejos estranhos.

Irene, movida pelo seu grande interesse, o segue.

Edgar entra em sua casa, Irene hesita e fica um tanto quanto desconcertada, parece que alguma coisa a deixa excitada, sente um arrepio, a boca seca, uma espécie de tonteira, tenta disfarçar, mas está excitada.

– Seja breve Edgar, por favor.

Irene tinha o olhar desconfiado, mas havia um brilho de interesse no semblante, seus olhos verdes faiscavam, sentia-se atraída pela figura do homem grande. Intimamente o desejava.

Edgar com seu jeito frio responde:

– Serei rápido Irene.

Edgar encaminha-se para seu quarto e volta em seguida com uma caixa grande de presente e a entrega para Irene.

Ela abre a caixa demonstrando com extrema curiosidade, mas logo solta um grito de horror:

– O que é isso seu louco?

Na caixa de presente continha uma coroa de flores como os dizeres:

“Na vida e na morte, Irene é minha” •Irene joga a caixa longe e tenta correr, Edgar mais rápido, pega Irene com violência e a joga ao chão,

Ela implora e sente o hálito quente dele junto à sua boca, tenta balbuciar algumas palavras, mas a voz falha, sai pastosa.

– Edgar não me mate!

– Eu serei sua, mas, por favor, não me machuque!

Edgar apenas ri, pega a coroa de flores e a coloca no pescoço de Irene. Admira o corpo que se agita e rapidamente rasga o vestido de tecido fino. Sua respiração acelera, está totalmente excitado, mãos trêmulas, pois nunca viu tamanha beleza. Um corpo escultural a sua mercê, a mulher que ele tanto deseja, pura luxúria e pecado, boca carnuda, seios médios e firmes, cochas grossas, pele bronzeada. Mesmo chorando e com medo, Irene é uma deusa!

– Tu és perfeita Irene!

– E és minha só minha!

Como um louco no cio avança sobre Irene aperta seu seio, morde chupa-os tenta beijá-la, Irene faz cara de nojo e repulsa Edgar marca a face úmida de Irene com uma bofetada.

– Seu asco me alimenta Irene.

Explora cada parte do corpo de Irene sem se preocupar com seu choro e súplicas. Ele a possui ali mesmo, no chão da sua sala, Edgar arfava de louco desejo, mal respirava.

– Nem viva serias minha lembras?

– Agora a tenho à minha mercê.

Ele tinha os olhos vermelhos, injetados e falava pausadamente. Ao mesmo tempo em que a violentava, Edgar apertava o delicado pescoço. E cada vez mais forte com violência, a penetrava num ritmo alucinado. Continua a possuí-la ferozmente.O grito de Irene ecoou pelos cantos da casa.

Irene chora tamanha é a dor que senti misturado com nojo e repulsa parece que algo a rasga ao meio.Irene só pensa em Edgar se satisfazer logo e ir embora.

Edgar, como um animal no cio e sem se importar com os gritos de Irene, continuava a possuí-la, estocava sem dó, penetrava-a continuamente.

Irene vê a morte ao seu lado com um sarcástico sorriso, só esperando para levá-la.

A voz de Edgar soava como uma canção fúnebre e lúgubre:

–Nem morta serias minha?

– Agora até morta és.

Irene, já sem vida, nada lhe respondeu.

Passaram-se duas semanas Edgar tinha se livrado do pobre corpo de Irene, mudo-se de cidade, pois sabia que logo iriam sentir falta de Irene e queria estar longe quando isso acontecesse. As lembranças ainda ecoavam em sua mente:

Irene! Minha doce Irene, nunca terei uma mulher como você...

Chegando em casa Edgar vai para seu quarto, ultimamente não alimenta há alguns dias nem consegue dormir direito, tem escutado vozes a lhe chamar, mas não dava importância a isso achava que era fruto de sua imaginação.

Já deitado, o sono vem rápido, escuta uma doce voz sussurrar ao seu ouvido ele não sabe distinguir se esta dormindo ou não.

A voz repetia pausadamente essa frase:

– Ate morta sou sua!

– Mesmo morta me possua!

Edgar abre os olhos e vê Irene, pálida, vestido rasgado, corpo marcado, mas ainda bela. Irene se aproxima com uma força descomunal e avança sobre Edgar arrancando-lhe o calção, ele nada fala e deixa-se levar pelo desejo que ainda tem por ela. Irene senta-se sobre ele e num ritmo alucinado o tem para si. Edgar geme, delira e sussurra:

– Sim Irene sou seu!

– Somos um só agora!

Chegaram juntos ao êxtase e assim como surgiu, Irene se foi deixando Edgar sem forças nenhuma.

Toda noite ela o visitava, usava seu corpo e ia embora sugando toda sua força. Nas primeiras semanas Edgar adorava, mas conforme passava o tempo ele não agüentava mais, Irene era insaciável!

Só o queria para isso ele era um corpo a mercê da alma de Irene. Via Irene em todo lugar tinha delírios, estava ficando louco. À noite nem se vestia, ia direto para a cama para esperar a visita de Irene. Desta vez ela veio mais violenta do que nunca, sua fome era maior por Edgar, cavalga sobre ele num louco ritmo e desejo.

Edgar lhe implora:

– Irene chega!

Ela só geme e nada responde

– Você esta me matando, pare, por favor!

– Sou sua lembra?

Acelera cada vez mais os movimentos

– Na morte e na vida!

Edgar, sem forças, nada mais diz, olha para o lado e vê a morte com um riso sarcástico, pronta para lhe levar.

EDU
Enviado por EDU em 10/03/2006
Reeditado em 10/03/2006
Código do texto: T121225