O FUSCA NEGRO

Aquela parecia ser uma obsessão daquele homem, a paixão pela velocidade parecia sem limites, andara de motocicleta, de gaiolas para competição, de dodge dart.
Neste momento estava a planejar a compra de um carro mais envenenado, foi quando surgiu a idéia de adquirir um velho fusca e super envenenar o carango, e assim o fez.
Parecia ja em ponto de bala o negro fusca, subia e descia barrancos com uma estabilidade fora do normal, dentro dele grossos canos protegiam o unico banco existente, o do motorista.
Mas a história desse carro desconhecia, teria tido ele pelo menos 4 donos e em tres acidentes fatais, o veiculo ja havia levado 3 pobres mortais para o tumulo.
A unica coisa que lembrava estes sinistros era uma fita preta amarrada ao retrovisor, quase imperceptível.
Numa tarde chuvosa o velho fusca teve seu grande teste de resistencia, deslizava ele e o rapaz, seu dono em uma pista de terra, após uma curva, um forte estrondo deslocou o eixo traseiro e a carcaça do carro foi atirada contra um barranco sob os gritos de dor do ocupante, que fraturara uma costela e um femur, dessa vez o fusca não conseguira levar sua vitima a fatalidade da morte.
Encostado num canto da residencia do dono, o velho fusca aguardava o desmanche para enfim terminar sua saga de mortandades.
Houveram  pessoas que juraram ter ouvido gemidos e cheiro forte de enxofre nas proximidades do fusca em noites de luar.
O carro foi adquirido pelo dono de um ferro velho, desmanchado, sua peças aguardavam o transporte para a siderurgica que iria derrete-lo para transformá-lo em novas peças.
Durante muito tempo ele permaneceu no pátio da siderurgica, apodrecendo.
Tres pessoas foram contratadas para a limpeza do terreno, precisavam deslocar peças para melhor arrancar os matos e as peças do velho fusca estavam num lugar onde precisariam de uma escada para a retirada. providenciada a escada foi colocada ao lado do monte de pedaços de carros, enquanto um deles subiu, outros dois seguravam embaixo.
A tragédia estava anunciada, ao encostar a escada, ela acho um vão entre as peças e penetrou no interior do monte, levando a pobre vítima de encontro a afiadas latas que lhe penetraram a jugular quase o degolando, ao mesmo tempo, toneladas de latarias desceram rangendo e estalando em direção às duas almas ao pé da escada.
Gritos de horror, em meio a poça de sangue das tres vítimas fazia o tétrico cenário naquele pátio.
Algo negro de estranha forma sobrevoava o local...
Todas as vítima tinha encravados em seus corpos ja sem vida pedaços do velho fusca negro, que antes de ser derretido fez suas ultimas vítimas.
Malgaxe
Enviado por Malgaxe em 16/02/2009
Reeditado em 28/07/2010
Código do texto: T1443043
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