Veritas lâmia – A casa dos espíritos - 2

Os dias se passaram e minha alma não fazia mais parte do meu corpo ela se foi no momento em que via meu filho e esposa enterrados a sete palmos, e nem mesmo sabia o que ou quem havia tirado tudo que mais amava de mim, a dor que senti da mordida da fera era latente não sentia sono, fome ou qualquer outra necessidade eu só queria vingança, os dias foram passando e eu continuava entregue a raiva, fiquei por quantos dias sabe Deus a procura daquele demônio, o maldito de olhos vermelhos. Em meus sonhos e no mais breve devaneio ele estava presente. Em meio a bagunça que ficara minha casa achei algumas fotos de minha esposa e filho, em uma das fotos ela estava entre a porta da cozinha e a sala com a cesta de roupa, um engasgo na garganta me fazia prender as lagrimas, meu filho entre os pinheiros e as obras de arabesque que Ana fazia. Nesse exato momento tudo tremeu minha mente estava pregando uma peça comigo, olhei a foto novamente e com os olhos espremido e com a foto mais próxima vi ao lado direto acima da cabeça do meu filho na foto, os mesmos olhos que não conseguia esquecer, vermelhos, entre os arbustros e os pinheiros, não havia percebido na foto em todas a outras dezenas de vezes que a vi, a imagem era um entardecer como qualquer outro, e o dia ficara em tons de vermelho e laranja. Senti-me estranho olhando para aquele foto, sem parar em minha mente flashes dos olhos da fera começara a estalar em meus pensamentos dei dois passos para trás, caindo direto no sofá, em minhas mãos os olhos da besta fera. A companhia titilava e em meio ao susto me recompus, fui à porta um homem com uma túnica branca batia em minha porta. – Pois não, disse ao senhor. Ele veio se apresentado. – ola senhor meu nome é Gustavo Olivier, novo morado do casebre que fica próximo a estrada, vim presta minhas condolências. - desculpe-me senhor Olivier, mas não quero conversa agora – entende senhor, mas qual a sua graça? – Roberto, Roberto D’ponte. - Senhor D’ponte, permita-me algumas palavras com o senhor, não tomarei muito tempo. – já lhe disse, não quero conversar. – eu sei que e difícil, mas precisamos. - já lhe disse que não, por favor, não quero ser mal educado agora, saia. – e sobre os olhos vermelhos. Naquele Instante tudo parou, não havia chão, minha reação foi pega-lo pelo pescoço, como se ele tivesse sido responsável pelo o que havia ocorrido. E fiz de imediato, o pegando pelo pescoço comecei as esbravejar – diga o que você sabe. – acalma-te homem, não deve estar lembrando mas fui eu que te levei ao medico naquela noite, eu vim aqui para ajudar. No mesmo instante como uma agilidade que nunca vi o homem me desferiu um contra golpe me imobilizado e colocando o meu rosto na parede enquanto torcia meu braço. – acalma meu bom senhor, posso lhe soltar? Eu que o ajudei no fatídico dia,quando o encontrei o senhor estava inconsciente. Com a cara fechada e com uma raiva senil fiquei o encarado. – ande diga o que era aquela criatura, diga-me quem e você, as lagrimas de raiva e frustração corria pela minha face. – a criatura? Pode ser muitas coisas e sobre quem eu sou o que posso lhe dizer agora e que sou um amigo e que estou aqui para ajudá-lo. – posso entra. Perguntou Olivier abrindo os braços como se quisesse mostrar que estava desarmado. Em silencio balancei a cabeça e adentrei a casa e ele em seguida veio seguindo.