As estátuas

Havia etátuas em mármore na sala principal, estátuas com expressões vivas, olhares profundos, eram aterrorizantes.

Como já era de costume todos esvaziavam a sala exatamente antes das 11 horas, este cômodo da mansão deveria ficar vazio por 60 minutos antes de cada meia noite.

O porque não se sabe, apenas tem sido assim há séculos, mas um dia a regra foi violada, alguém fugiu a essa rotina, então as conseqüências eram imprevisíveis, o que poderia acontecer?

O mordomo gritou, logo após um silêncio profundo, até mesmo o barulho da água das fontes no jardim parara, não podiam ouvir nem mesmo suas respirações.

Algum tempo depois, passos quebram o silencio; algo se aproxima do quarto, está vindo da sala principal... Mas quem seria? Ou melhor, o que seria?

Silêncio novamente, até que bate a porta; duas vezes, mas ninguém ousa. Todos imóveis.

Quando de repente a porta se abre, está escuro apenas uma sombra, um vulto enorme, tem alguma coisa nas mãos, o medo os deixa anestesiados, cobrem a cabeça.

Uma claridade, uma luz intensa, tão intensa que atravessa os lençóis; que aos pousos vai se deslizando... Alguém puxara o lençol, mas todos continuaram inertes.

Uma voz, rouca e falha! Uma gargalhada assustadora. Olham para cima, e vêm! O motivo de seus medos, o mistério era revelado neste momento.

Era o mordomo que estava checando se todos estavam bem, como os conhecia já imaginou que o medo os tomaria, devido ao seu grito; então se desculpou, gritou devido a dor causada pela infecção urinaria.