Alucinação?

A lua cheia, mágica, a faculdade escura, o vento fresco, o vestido leve, um pressentimento... Foi surpreendida pelo toque do celular:

-Alô?

Mudo, o número inibido, ninguém respondia do outro lado. Desligou.

Foi para casa, estava tudo escuro, os pais tinham viajado, o cachorro estava estranhamente quieto, e a rua mais deserta que o normal, entrou depressa e trancou a porta atrás de si. Cansada foi despindo as roupas e acendendo as luzes, teve a nítida sensação de não estar sozinha, mas pensou que poderia estar impressionada pelo cenário e fatos que a deixaram apreensiva.

O celular tocou novamente, atendeu, novamente mudo. Queria xingar, mas a raiva ficou presa na garganta quando ouviu uma respiração. Não podia distinguir se vinda da ligação ou de seu redor. Deu uma volta completa observando ao redor, e desligou o celular. Conferiu as janelas. A porta esta normalmente trancada quando chegou. Sabia que uma paranoia não seria uma experiência para se viver sozinha em casa.

Ligou o rádio, e sentou no computador, o CD rodava tranquilamente um rock, a internet entrou tranquilamente, estava estressada, tudo aquilo não passava de um sintoma... Quando o rádio parou de tocar e a tela do computador ficou toda branca e os comando travados ficou atônita. Tentou não gritar. Respirou ofegante, o terror que se apossou dela foi instantâneo, mas tentava não tomar atitudes impensadas. Foi até a cozinha e pegou uma vassoura, sabia que uma faca não condizia com suas habilidades motoras. Não sabia o que fazer, pois aquele fato não apontava para algo real, se perguntou se enlouquecia, ou se... Pensar em coisas sobrenaturais não a agradavam...

Ficou sentada no sofá, vassoura na mão, olhos atentos. Reiniciou o computador, desligou o rádio, esperou o que acontecia. Quando a luz de toda a casa se apagou tremeu, fechou os olhos com força, e se encolheu abraçando os joelhos. O queixo tremia de pavor. Sentiu um cheiro forte, inominável, e de repente sentiu muito calor, como estivesse perto do fogo. Foi tomada por sensações estranhas, como se a ponta de seus dedos fossem queimadas com aumento gradual de temperatura. Balançava-os, logo todo o seu corpo formigava, foi correndo para o lado de fora, pois sabia que a lua cheia iluminaria seu corpo e salvaria daquele martírio cego.

Chamou seu cão, precisava de algo vivo perto de si, o cão a observava de longe mas não se aproximou, como se vise próximo dela algo que não lhe atraísse. As lagrimas inundavam seu rosto, quando foi surpreendida por uma dor forte no peito, como se seu coração fosse esmagado, foi caindo devagar no chão, estava bamba. Antes de desmaiar viu um ser vestido de negro a observando...

T Sophie
Enviado por T Sophie em 20/11/2010
Reeditado em 29/06/2012
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