Olhos Horripilantes [5]

Jéferson estava louco para que a aula acabasse, mas o relógio parecia não colaborar! O professor havia lotado a lousa e Jéferson nem havia começado a copiar. Ficava ansioso para que o sinal tocasse ou que tivesse algum ataque cardíaco... Que ele nem tinha, ou... Ou um ataque asmático, uma dor de cabeça. Acontece que Jéferson tinha uma saúde de ferro! Então era quase impossível sentir dores, e ele fingia um doente muito mal. O jeito era esperar.

Tudo ia “bem” quando um completamente distraído da aula, Jéferson se levantou pra apontar o lápis, e escutou uma conversa.

-É, tem gente comentando que o 957 na Avenida Fhask é assombrado! Com certeza devem ser um bando de idiotas!... Aquela mansão está abandonada há anos, mas não tem nada lá! Que palhaçada essa... Querem saber de uma coisa? Para provar pra vocês que não é verdade, eu vou lá hoje à tarde... Tenho certeza de que está vazia!

Jéferson que era encarou o grupinho que conversava irônico.

-Vai mesmo ao 957?

-Como é? Eu vou. Não tem nada lá! A casa está vazia...

-Quem foi que disse isso Roger?

-Foi o...

O professor pegou Jéferson pela orelha e o fez sentar dizendo:

-Copie Brérom!

-Ô droga!-Exclamou Jéferson. –Professor será que não dá pra você digitar tudo isso e imprimir pra mim?-Fez Jéferson fazendo graça. –Que tal uma musiquinha hein?O que o senhor quer ouvir? Som dos anos 80?

-Jéferson copie! Quer levar uma ocorrência?

-Mais uma pra minha coleção?! Só que dessa vez o senhor poderia escrever um pouco maior... Assim as folhas do meu caderno acabam logo...

O sinal soou. Jéferson limpou a mesa e se misturou no meio dos alunos loucos pra que a aula acabasse.

Já na rua, Brérom pegou o celular e ligou para Daniel.

-Dan? Sou eu o Jéfer... E aí? Quem vem me pegar?

-Eu vou garoto. Espere aí em frente, to indo!

-Ok!-Disse Jéferson desligando o celular.

Enquanto esperava Jéferson começou a fotografar a faculdade em diversos ângulos, quando se cansou resolveu sentar na calçada e olhar as fotos. Teve um arrepio... Em todos os ângulos as fotos estavam envelhecidas como se ele tivesse fotografado em preto e branco ou em tom de sépia... Assustado Brérom se levantou, entraria em pânico se ficasse ali sozinho... Foi nessa hora que Seet apareceu. Jéferson não pensou duas vezes e pulou pra dentro do carro. Partiram.

Leon e Zoe preparavam o almoço. E embora não parecesse por ser jovem Leon era um cozinheiro de mão cheia, Zoe aprendia com ele. O arroz estava quase pronto quando Zoe provou a salada.

-Me diz Zoe, você conhece alguma “Margen”?

-Não Leon. Mas me lembro de algum nome parecido com esse... Por quê?

-Porque chegou mais um envelope pra essa pessoa! Eu nem sei direito o que é...

-Será que posso ver o envelope? -Indagou Esther Zoe.

-Claro. -Disse ele pegando o envelope de cima do armário. -Tome.

Ao ler o nome Zoe teve certeza.

-Leon... Já vi um nome assim antes. Mas olhe. Não está escrito “Margen”, olhe só essas letras... M, E, G, A, N. Não há nenhum R...

-Então não é Margen, é Megan!-Afirmou Leon Gabriel.

-Megan? Mas nessa rua não mora nenhuma Megan, mora?

-Não.

Batem na porta, Zoe vai atender. Ninguém... Apenas outro envelope.

[continua...]

Madelaine Grumam

Meli Francis
Enviado por Meli Francis em 06/01/2011
Código do texto: T2712891
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.