Trilogia do Lobisomem Parte III

Essa foi contada pelo meu amigo Gutemberg, adaptei para cá, mas está fiel ao original. A historia real aconteceu em um lugar diferente do lugar das outras duas histoiras.

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Nas férias do final do ano, a pequena Larissa foi com os seus pais passar as férias com os avôs na fazenda Boa Esperança. Vovô Pontes estava lá para recebê-los. Tinha levado a velha Toyota Rural dele, só a usava em ocasiões especiais, pois para todo lugar ia de cavalo.

Chegaram a fazenda mais ou menos meia hora depois. O pai que há muito tempo não via o filho ia muito feliz. Dona Mariana, mulher do coronel Pontes Costa havia preparado um almoço caprichado. Todo aquele clima de família era contagioso, acabaram almoçando com eles alguns caboclos que trabalhavam para o coronel.

A pequena Larissa adorava ir para a fazenda. À tarde andaram por todo o pasto, pela vacaria, ia até o final pelo engenho com o pai, foram a cavalo. Quando já estava escurecendo parecia que o pai estava muito preocupado, rumou rapidamente para casa, no meio do caminho eles encontraram Fernando, um dos trabalhadores que moravam na fazenda, ele disse para eles irem logo para casa, pois era perigoso ficar até tarde fora. Quando ele falou isso, a menina pensou que ele estivesse ficando louco, já que naquelas bandas não era violento como na cidade.

Passaram-se duas semanas e na antevéspera da volta para a capital. A menina sempre dormia cedo, por volta das nove da noite. Quando foi por volta das onze da noite, a pequena Larissa acordou com a mãe tampando sua boca, a menina não entendeu o que estava acontecendo. De repente, ela escutou alguma coisa no teto como se alguém corresse por cima do telhado.

A mãe a abraçava e sussurrava para ela ficar calada, a avó se juntou a elas, também vieram às duas meninas que o avô criava. A menina viu pela pequena abertura da porta do quarto a movimentação do pai, do avô e dos tios. Estavam com várias armas nas mãos e estavam se preparando para sair da casa, a menina pensou se eles iriam ver quem estava em cima da casa, será que era ladrão? Novamente, o barulho no telhado, isso fez a menina ser arrastada para os braços da mãe.

Ela não entendia muito bem o que acontecia lá fora, toda vez que olhava para a mãe ou para a avó, elas colocavam o indicador na boca, pedindo silencio. A pequenina ficou toda arrepiada quando escutou um uivo em cima da casa, mas logo em seguida um tiro. A menina não agüentou a pressão e desmaiou.

No outro, dia pela manhã, a pequena acordou e pode notar que todos na casa estavam meio assustados. Quando ela perguntou ao pai o que havia acontecido, ele respondeu:

- Não aconteceu nada, querida, aconteça o que acontecer, não vá para o tapiri nos fundos da casa.

A menina ficou martelando aquilo que o pai falou, no outro dia, eles iam embora, voltariam para casa. Ela resolveu ir escondida para ver o que tinha no tapiri, talvez, fosse o motivo daquilo que a assombrou noite passada. Ela resolveu ir ver o que o pai escondia dela.

Ao chegar lá, ela viu que havia um caboclo na porta com uma espingarda na mão, felizmente, ela o conhecia há muito tempo o seu Manoel. Saiu detrás da moita que estava e pediu para ver o tapiri. Seu Manoel sorriu e apenas deu um passo para a direita.

Ela, então, viu uma cena que nunca mais iria esquecer. Acorrentado a uma parede, completamente nu estava Fernando, um dos trabalhadores de seu avô, ele era o lobisomem

João Murillo
Enviado por João Murillo em 10/01/2011
Código do texto: T2720853
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