EXECUTADOS PELO ÓDIO

Difícil se concentrar no trabalho, nos últimos tempos, Nelson andava preocupado com algo que parecia simples de resolver, mas não era bem assim.

A sua fazenda tinha a multicultural, além disso criava gado, e exatamente aí é que residia o problema.

Nos últimos meses perdera mais de 40 cabeças de gado, teria que tomar uma providencia drástica.

Os primeiros raios de sol inundaram seu quarto, levantou, fez a barba, tomou café, beijou a mulher o filho e rumou até o povoado.

Aquele dono da veterinária já o conhecia, mas notou a estranha preocupação em seu semblante.

Daí, o que manda hoje Nelson? Perguntou o comerciante.

Amigo, preciso de um sistema de arames eletrificados em minha propriedade, cercarei um km quadrado de piquete.

Negociou, pegou o material e passou na delegacia pra ver se tinham alguma novidade...nada, nenhum suspeito, ninguém preso pelos furtos.

A fazenda de Nelson tinha cerca apenas nos 550 alqueires, mas o gado vivia solto, cercaria um pequeno pedaço para o gado passar a noite.

Assim o fez, o controle, do sistema ficava num pequeno galpão nos fundos da casa, somente ele tinha acesso, durante o dia desligava e a noite ligava.

Ja faziam 15 dias que nada mais era furtado, o sistema deu resultado, mas o que o preocupava agora era a tensão da rede elétrica, mataria uma pessoa sem dúvidas.

Mas um fato mudou sua vida, um irmão seu na capital passava mal com câncer.

Teve que se deslocar e lá ficar 3 dias, diariamente comunicava-se com a esposa e tudo corria normal.

No ultimo dia na capital estranhou que o telefone da esposa estivesse sempre “fora de área”, sossegou, afinal o filho dava trabalho pela pouca idade, com certeza teria ido ao povoado passear com ele.

Ja era noite, quando Nelson despediu-se dos parentes e pegou a estrada, seriam 2 horas de viagem até o sítio.

Ao aproximar-se da fazenda notou que a porteira principal estava apenas encostada, algo estava errado...

Diminuiu a velocidade e entrou devagar, na frente da casa uma reunião o chamou a atenção, que pessoas seriam aquelas?

Riam, e bebiam, ao redor de uma fogueira...

Sem ser notado, desceu do carro, deu a volta, e entrou na casa pelos fundos...

Furtivamente, andou pela casa e dirigiu-se ao seu quarto, todo iluminado, assim como a casa toda, e as pessoas todas no lado de fora.

Num misto de ódio, perplexidade e insana loucura, viu sobre a cama, perfurados de tiros e com seus pescoços cortados, a esposa e o filho.

Controlou-se fez o sinal da cruz, pegou uma maleta em cima do guarda roupa, abriu-a.

Um fuzil 7,62, e carregador, repousavam no fundo da maleta a espera de uso.

Pegou-a colocou sob um cobertor e encaixou o carregador sem fazer barulho, numa gaveta pegou pedaços de fios elétricos.

Lentamente dirigiu-se para a porta de saída, abriu-a... Boquiabertos todos os seis assassinos levantaram, e fizeram menção de pegar suas armas, mas diante de tão poderosa arma, pasmos, ouviram a voz embargada de Nelson, ordenar:

Virem de costas, e ajoelhem-se.

Um tiro transfixou a cabeça do mais relutante, expondo os miolos dos bandidos, os outros baixaram, suando frio.

Retirou os fios elétricos do bolso, amarrou um a um os bandidos.

Após, prendeu 3 deles na cerca da varanda da casa, e levou dois deles...

Contornou a casa, e nos fundos diante de um canil, os fez entrar e travou um cadeado à porta. Abriu uma pequena portinhola e 3 pitbulls adultos voaram sobre os assassinos, estraçalhando-os em mortes horríveis, alagando de sangue o piso do canil.

Voltou, e diante dos olhos esbugalhados dos outros bandidos disse, agora é a vez de vocês.

Fez o mesmo trajeto, passando ao lado do canil, os homens choravam e imploravam pela vida, mas o sua execução seria menos dolorosa, assegurou Nelson.

Passaram por baixou de umas árvores, e ao lado de um galpão os fez deitar, e virarem os rostos para baixo.

Um fino arame, fez passar 3 vezes em cada um, sem cortá-lo, a ponta do arame ligou ao aparelho comprado a dias para a eletrificação, regulou o aparelho para 1.500 volts e girou o botão de liga-desliga...

O dia já amanhecia, sentado numa pedra, fumando um cigarro de palha, Nelson olhou o carro, levantou, colocou a arma dentro do veículo e rumou ao povoado.

Olhou para traz, para a casa e murmurou: Justiça seja feita...

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Malgaxe
Enviado por Malgaxe em 01/04/2011
Reeditado em 01/04/2011
Código do texto: T2883405
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