Morte

Era 21 de fevereiro.

Bartolomeu Neves estava em seu sossego quando fraga uns gritos do lado de fora chamando seu nome.

Bartolomeu, Bartolomeu, Bartolomeu?

Enfadado com tal infortuno vai ver quem estava incomodando seu descanso. Abrir a porta da sua casa e ver seu amigo Romeu agitado querendo lhe dizer algo.O que deu em você ? Não veio fala daqueles seus estrangeirismos novamente? O ultimo foi o tal do paramentares: um sistema de governo no qual poder executivo depende do apoio direto ou indireto do parlamento para ser constituído e para governar. Ora Bartolomeu deveria agradecer não é todo dia que posso te ensinar algo. Bartolomeu lembrou da ultima vez que ouviu tal comentário lembrou da sua época de cristão quando o Pastor ensinou sua mulher a fazer jejum de sexo.

Então diga o que traz a sua visita.

Meu bom amigo você sabe o que vir ontem?

Não diga logo que ta pra começa o jornal. Eu vir à morte meu amigo Bartolomeu.

Morte? Bartolomeu nunca desejou fala de tal assunto complexo, ele não sabia se a morte era apenas o inicio da vida ou se a vida resumia sua comédia na morte. O que está dizendo seu lazarento como assim viu a morte?

Silencio.

Venha cá no tem aquele tal ferreiro La da rua da padaria o nome dele é morte.

Bartolomeu aliviado rir e diz:

Morte. Ninguém tem esse nome!

É João da Morte. O nome do infeliz que fez aquele serviço imperfeito na igreja do Padre Zezim. Bartolomeu irritado com tanto desperdiço de tempo liga a televisão para entreter seu tempo.

O noticiário era este:

Boa noite cidadãos hoje é dia de fala de morte, ausência de vida. Desliga a TV e chama seu amigo Romeu,tu quer saber algo sobre a morte?

Romeu meio desconfiado responde. Sim o que tem a dizer sobre morte?

Uma interrupção novamente alguém gritando o nome de Bartolomeu dessa vez era sua vizinha Rosalinda.

Diga Rosalinda o que foi?

Você viu o noticiário?

Bartolomeu rapidamente responde. O que estava falando ta tal morte?

Não. Era sobre o Lampião. Você não era da época dele?

Sim, eu era.

Romeu impaciente solicita para Bartolomeu retomar o assunto. Dona Rosa linda vendo o desinteresse sobre o Lampião senta no sofá para ver tamanha prosa dos dois.

Bartolomeu suavemente pergunta a Romeu.

Você sabe que é a morte?

Ora meu velho Bartolomeu, a morte é o fim da vida para sempre.

Não, Não é. A morte é apenas o inicio dela só se você vai ter que decidir se quer ir para o Céu ou inferno meu amigo Romeu.

Inferno! Sorri Romeu. Eu sei algumas coisas sobre o inferno. Romeu ironicamente volta a sorrir

Rosa linda curiosa diz:

Então diga que coisas são essas?

Você sabe o que significa para o cidadão os impostos, a insegurança, 44 horas de trabalho, corrupção, violência, e os processos esquecido pela justiça quando é contra a União?

Meu Bom amigo Romeu a morte e o inferno não se referem a isso. Tudo que você falou é apenas situação da vida.

Engana se pensa desse jeito. A morte para sua informação é a ausência da vida e o inferno moradas dos mortos ou lugar de grande sofrimento e de condenação. Qual maior sofrimento é de não ter uma vida digna.

Um silencia toma conta aquele cenário

Rosalinda então diz:

Outro dia ouvir algo sobre morte saiu da boca daquele tal Luiz Fernando Veríssimo dizia assim:

É "de esquerda" ser a favor do aborto e contra a pena de morte, enquanto direitistas defendem o direito do feto à vida, porque é sagrada, e o direito do Estado de matá-lo se ele der errado

Bartolomeu intrigado solicita uma pausa. Todo aquele dialogo estava sufocando suas idéias. Ele vai até o seu computador e acessa a internet colocando como palavra chave Morte.

Romeu impaciente ameaça ir embora. Rosalinda interessada no assunto grita:

Espere, espere e espere. Deixei minhas panelas no fogo pra ta aqui com vocês agora quer fugir do assunto ta parecendo aquele tal jeitinho brasileiro de nunca querer saber de nada.

Achei.

Romeu e Rosalinda olham para Bartolomeu o qual repentinamente gritou.

Diga então já sabe o que é a morte?

Rosalinda desesperada procura clama a Bartolomeu: Fala homem de Deus.

Não é isso. Eu descobrir apenas a palavra cidadão

Todos saem e vão embora chateadas com tamanha demora e chateação do assunto.

Bartolomeu olha para os lados a sala esta vazia. Então lentamente fraga seus pensamentos discutindo, que não á morte pior do que morrer humanamente e não ter a atenção de alguém é pior ainda. Bartolomeu então descobrir que a morte é rotineira e que só viveremos se cuidamos da nossa vida, para que a morte não cuide dela.

Davi Alves
Enviado por Davi Alves em 04/05/2011
Reeditado em 06/06/2011
Código do texto: T2948694
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