DO SANGUE DE TRELOR - PARTE III
Amanheceu. Lord jogara as roupas pelo quarto e espalhadas junto aos vestigios de sua noite dava um sinal sombrio.
- Meu nobre senhor, o que poderei fazer para seu café? - Perguntou mais uma de suas servas... devotas e com curvas. Seu nome: Marcelly. Morena, alta, olhos brancos... verdes tão claro que lembravam o branco da neve.
- Marcelly, quero que prepare a ceia. Chame Aleixa, ela saberá o que fazer.
- Sim, meu bom senhor. - E saindo, a mais nova serva de Trelor levava consigo as marcas no pulso... marcas de um novo destino.
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Estava ele, em sua poltrona, gatos negros e malhados cruzavam seu colo, e ali ele fumava seu charuto raro, cubano.... e ouvia ópera... leveza de uma tarde que se aproximava.
- Olha só... para quem disse que não precisava mais de mim... - Aleixa, abria as portas bruscamente... e olhando Trelor, exibia-se sensualmente.
- Minha doce criatura - disse trelor - eu preciso sim... sabes bem. Você sabe quem encontrei?
- Diga. Até onde meu poder chega... não posso adivinhar.
Aleixa sentou-se ao chão... e beijando as mãos de Trelor, fixava seu olhar no dele.
- Nossa criatura prometida. Nosso puro sangue... sim, encontrei a isca.
Aleixa, num salto, fixou seus olhos mais profundamente, e num ato estranho, sorriu.
Lord Trelor revidou... sorriu também.
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Lá estavam todos. Uma sala imensa, onde todos os Vampiros reuniram-se.
Servos, escravos, criados... ajudantes, visitantes, amigos e companheiros.
E sem dúvida... aguardavam a presença ilustre.
Uma cortina vermelha cobria um corpo, onde deitado no meio de um pentagrama estava.
Lord Trelor descia as escadas.
- Meus nobres cavalheiros e adoraveis vampiras, estou aqui. Venho a tempo procurando a nossa isca para alcançar a eternidade sem precisar esconder-mos de outros seres. Humanos que nos caçam sem se preocupar com nosso poder. Lobos que caçam nossas vítimas. E assim, acabamos entrando em guerra profunda com seres que teimam ser mais evoluidos do que nós. Zumbis, eles estão em todos os lugares, e nos procuram, se querem saber. E estamos sendo alvos de anjos e arcanjos. Vieram à terra algumas vezes e em uma delas os encontrei. É proclamada a guerra!
Neste instante, todos na sala exaltavam-se.
- Silêncio. - Diz Lord Trelor.- Tenho aqui a isca. Enquanto a ceia é realizada, atrairemos as forças que estão contra nós. No exato momento que estas se concetram nesse pentagrama e a prendemos para sempre... e ai, dominaremos o mundo todo.
Novamente, na sala exautavam-se, desta vez, Lord Trelor sorriu.
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Iniciou-se a ceia.
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Todos, ensaiados... cada um com sua parte... Lord dizia algumas palavras.
Aproximava-se do corpo.
Tirando o pano que o cobria, via-se uma jovem, tendo seus 20 anos... pura. Sangue puro. Virgem.
Lord apossou-se com um beijo febril e mordendo-a jogou o livro que segurara ao chão.
No exato momento... uma luz surgiu no pentagrama.
E cada um na sala... realizava a dança. Conforme a profecia vampirica.
Estava então, o corpo sem sangue. Lord bebera tudo e em branca pele, levanta-se como um zumbi.
Um ser oco. Sem sangue. Sem alma. Lord já tinha tudo.
Seus olhos negros e com contorno vermelho, abriram-se.
Todos pararam.
Disse palavras desconhecidas... Somente Lord entendia...
Então. O pentagrama sumiu.
E as forças ficaram presas ali.
E Lord Trelor controlava tudo e todos, com seu poder inacabável e sua existencia interminável.
Foi-se então... a era de paz. Iniciou-se, um tempo de horror.
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FIM.
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