EMILY
Garotinha pequena. Olhos amendoados e azuis como o oceano. Brincava na sala e cantava baixinho. Olhou o retrato na parede, avós paternos a observavam. Emily brincava sossegadamente.
- Querida, o jantar está na mesa.
Emily a olhou. Sua mãe era bela, tinha um jeito misterioso de ser, tinha um ar pacífico e ao mesmo tempo arrepiante.
- Querida, fiha minha... coma. Fiz seu prato preferido.
Emily a olhava com um sorriso nos lábios, e dizendo sem mesmo saber direito falar... confundia as palavras... segurou sua mão.
- Mamãe, eu conheci um menino.
A mãe agaixou e olhando com ternura, passou as mãos sob Emily.
- Diga meu bem, quem é ele?
Emily apontou para a parede.
- Ali está... é o Augusto. Meu amigo.
A mãe sorriu e disse - Olá, Augusto. Tudo bem?
Um silêncio sepulcral se fez na sala.
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O TEMPO PASSAVA...
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Emily sentara sobre as almofadas no chão e gritava pela mãe... menina doce, tinha apenas 5 anos e deduzia sua vida. Queria ser médica.
- Psiu. Olhe aqui.
Emily olhou ao lado, vendo então uma mulher negra com dente de ouro.
- Psiu... venha comigo.
- Não posso, moça, estou esperando a minha mãe e ela disse para nunca entrar ai. - Emily, inocência em pessoa, voltara-se apara a TV.
A mulher, num passe de mágica desapareceu. E o odor de podridão se fez na sala. Enxofre.
Emily gritava pela mãe.
- O que foi minha filha? Meu Deus, mas que cheiro!
E então uma gargalhada misteriosa soprou em seus ouvidos.
E sairam da sala rapidamente, onde Emily era posta para dormir.
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A NOITE SE PROLONGAVA...
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- Psiu. Menina, olhe!
Emily abriu os olhos instantaneamente. Tinha um sono leve como pena.
- Psiu... você, menina linda... me siga.
Emily se encantara... Tinha um palhaço a sua frente e uma fada bela que voava pela casa...
Foi-se Emily a segui-los.
- Mas eu não posso. Não posso entrar ai.
- Porque minha criança? Você pode fazer o que quizer... - e assim dizendo o palhaço... soprou em Emily estrelinhas brilhantes.
Emily se enfeitaçava.
E caminhava seguindo-os. O Palhaço e a Fada.
Passo a passo... Emily abria a porta vagarosamente, e um cheiro forte invadia o ambiente.
Lá estava na cama... entre ratos, bigatos e extrema podridão... o corpo de sua mãe morta há tempos.
- Mãe? - Dizia Emily.
E um som misterioso fez com que Palhaço e Fada sumissem. Onde ficaste apenas ela, a garota que via espíritos... e viu quase a vida toda sua mãe como entidade, jurando ser humana.