EMILY

Garotinha pequena. Olhos amendoados e azuis como o oceano. Brincava na sala e cantava baixinho. Olhou o retrato na parede, avós paternos a observavam. Emily brincava sossegadamente.

- Querida, o jantar está na mesa.

Emily a olhou. Sua mãe era bela, tinha um jeito misterioso de ser, tinha um ar pacífico e ao mesmo tempo arrepiante.

- Querida, fiha minha... coma. Fiz seu prato preferido.

Emily a olhava com um sorriso nos lábios, e dizendo sem mesmo saber direito falar... confundia as palavras... segurou sua mão.

- Mamãe, eu conheci um menino.

A mãe agaixou e olhando com ternura, passou as mãos sob Emily.

- Diga meu bem, quem é ele?

Emily apontou para a parede.

- Ali está... é o Augusto. Meu amigo.

A mãe sorriu e disse - Olá, Augusto. Tudo bem?

Um silêncio sepulcral se fez na sala.

___________________________________________________________

O TEMPO PASSAVA...

___________________________________________________________

Emily sentara sobre as almofadas no chão e gritava pela mãe... menina doce, tinha apenas 5 anos e deduzia sua vida. Queria ser médica.

- Psiu. Olhe aqui.

Emily olhou ao lado, vendo então uma mulher negra com dente de ouro.

- Psiu... venha comigo.

- Não posso, moça, estou esperando a minha mãe e ela disse para nunca entrar ai. - Emily, inocência em pessoa, voltara-se apara a TV.

A mulher, num passe de mágica desapareceu. E o odor de podridão se fez na sala. Enxofre.

Emily gritava pela mãe.

- O que foi minha filha? Meu Deus, mas que cheiro!

E então uma gargalhada misteriosa soprou em seus ouvidos.

E sairam da sala rapidamente, onde Emily era posta para dormir.

___________________________________________________________

A NOITE SE PROLONGAVA...

___________________________________________________________

- Psiu. Menina, olhe!

Emily abriu os olhos instantaneamente. Tinha um sono leve como pena.

- Psiu... você, menina linda... me siga.

Emily se encantara... Tinha um palhaço a sua frente e uma fada bela que voava pela casa...

Foi-se Emily a segui-los.

- Mas eu não posso. Não posso entrar ai.

- Porque minha criança? Você pode fazer o que quizer... - e assim dizendo o palhaço... soprou em Emily estrelinhas brilhantes.

Emily se enfeitaçava.

E caminhava seguindo-os. O Palhaço e a Fada.

Passo a passo... Emily abria a porta vagarosamente, e um cheiro forte invadia o ambiente.

Lá estava na cama... entre ratos, bigatos e extrema podridão... o corpo de sua mãe morta há tempos.

- Mãe? - Dizia Emily.

E um som misterioso fez com que Palhaço e Fada sumissem. Onde ficaste apenas ela, a garota que via espíritos... e viu quase a vida toda sua mãe como entidade, jurando ser humana.