O mal batia à porta - Terror

(TEXTO TERROR - FICÇÃO)

Sexta-feira 13, dia de medo, dia de não passar em baixo de árvores, escadas, entre outras superstições. Entre todos da cidade sombria de DownCity, no interior dos Estados Unidos. Uma cidade tão pacata, que via-se folhas voando lentamente, brisa do vento, o tempo passar em dois segundos. Também era conhecida como “Cidade do Medo”. Podia ser bobagem, mas não creio mais que seja.

Na calada da noite naquela cidade, poucas pessoas se via, quase ninguém, por ser à meia-noite de uma sexta-feira 13 assustadora! Jovens caindo de bêbado, pouco se via, mulheres adúlteras, garotas de programa não se via nos pontos disputados nas esquinas. Apenas brisa de vento e árvores mexendo, luzes apagando e acendendo...

Uma família no interior da cidade, um pouco corajosa, acendeu a lareira e reuniu a família toda, pra inventar e testemunhar contos de horrores, medo.

A Lenda do Guardião do Cemitério, Taxista do Além, A morte pede Carona e outras lendas passaram oralmente por todos da família. Quase uma da manhã e só via os filhos diante da lareira, ainda conversando. Velas acesas, e tudo desligado, apenas com o fogo que esquentava aqueles três jovens.

- Eu tenho uma lenda que vai assustador vocês dois. Mas aperta a bexiga, vocês não vão conseguir nem se levantar para ir ao banheiro.

Contaram todo tipo de história de Terror, mas uma que lhes chamou a atenção foi a do “Homem Sem Medo”. A história passava-se diante do Texas e um homem que trabalhava no IML, sempre abrindo os corpos e retirando órgãos das pessoas cadáveres, ele sempre ficava lá. À meia-noite ele sempre rezava pelas almas que não estavam salvas, sempre, isso passou a ser rotina. Mas um dia, o mal bateu à porta. À meia noite de um dia comum pra esse homem, ele sentiu vibrações no trinco da porta da sala. Viu a cortina mexer, balançar incansavelmente, sem mesmo estar ventando. Este homem então, olhou pela janela e não vira absolutamente nada, nada que pudesse explicar aquilo. Voltara para seu trabalho, e meia-hora depois sentira um calor vindo do corpo do cadáver, começava a ficar preocupado, e não com medo, virara e medira a temperatura do defunto, sem nada descobrir. Deixou quieto, mas mesmo assim, continuou sendo atormentado por aquilo.

E quando os jovens estavam diante da ladeira, terminando a história, uma irmã o interrompeu, pedindo para que ele parasse:

- Para, já é tarde e... Vamos dormir.

Dormiram com uma certa curiosidade sobre o fim da história, mas com muito medo.

A madrugada chegara naquela sexta-feira 13 não mais sexta e sim sábado 14. Às 2 da manhã, a mais velha dos irmãos levantara assustada, indo em direção a cozinha. Sem saber porque tinha acordado, com muitas dores e incomodada, ela toma um copo de leite, para se sentir melhor.

Quando voltava para a cama, sentia um calor humano vindo em sua direção. Deixava quieto, mas sabia que ali fazia frio. As cortinas começavam a se mexer, balançavam como no conto, as velas estremeciam, mas não apagavam. Encafifada, a jovem caminha e apaga a vela por si própria. Volta para a cama e tenta dormir. Uma hora depois, sem sono e incomodada, a jovem se levanta e caminha novamente para o mesmo lugar. Tomava outro copo de leite e vira a vela acesa. Se assusta, e horrorizada começa a lembrar que apagou aquelas velas, como elas podiam ter acendido?

Quando ia subindo as escadas acima, escutara um barulho ainda mais incomodante; batidas à porta, incansavelmente, batia três vezes e parava, três vezes e um intervalo de dois segundos. Isso já começava a assustar a jovem, que começava a quase a chorar. Sem pedir ajuda, quase que involuntariamente, caminhara até a porta com leves passos. Tremendo, abria a porta, sem nem saber o que ia encontrar. Quando abria, via-se apenas aquela brisa do vento, ainda tremendo as árvores. Ela olhou mais pra a frente e viu um homem. Um homem de sombra, apenas com um guarda-chuva, olhando pra moça, de longe, sem nem mesmo estar chovendo. Se assustou e batera a porta. Quando olhara pela janela, via ainda o homem de preto, observando aquela casa, ou aquela moça. Sem saber o que fazer, a jovem ligara a TV, num volume quase que inescutável. Passava-se um tempo, e a jovem já estava dormindo, ao som da TV, num programa animado. Dormindo, ainda escutava de novo, três batidas à porta, e acordava assustada, tremendo e quase chorando. Cansada da situação, a jovem dispara esbravejando:

- Quem tá aí?!!! Responde!!!!

Não respondia, mas continuava a bater na porta. A jovem não viu outra solução se não abrir a porta com tudo! Mas não via ninguém, nem sequer aquele homem de preto, olhando, com aquele guarda-chuva.

Amanhecia o dia, a família acordava e a jovem estava sentada no sofá, com os olhos avermelhados por passar a noite em claro, desolada, sem saber o que fazer.

Dia vai, dia vem. Sempre à noite, aquela jovem escutava as mesmas três batidas, olhando aquele homem de preto, olhando a casa. Anos mais tarde, a jovem teve que ser internada num hospício. E lá toda noite, ela rezava à meia-noite para as almas perdidas, e sempre assustada.

O QUE ESTARIA ATORMENTANDO A JOVEM?

Um texto de ficção

Lucas Vinícius
Enviado por Lucas Vinícius em 22/01/2012
Código do texto: T3454173
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