“Aniceto”.

Oi. Você conhece gente honesta? Com certeza, mas não igual ao Aniceto. Respeitado até pela policia. Nos seus negócios não usava papel, só usava o aperto de mão. Mas se alguém descumprisse o trato, era melhor fazer um buraco e entrar dentro, pois vai se ver com Aniceto. Em seus negócios não explorava ninguém, porém seu preço era irredutível. Se alguém tentasse fazer uma contra oferta, perdia o negócio. Depois nem pelo valor anterior conseguia comprar. A família deste homem era pequena. Era a esposa Dona Gertrudes, e a filha Eulália. A mãe e filha pareciam irmãs não se desgrudavam, onde estava uma, estava outra. Certo dia estão na beira do rio. As duas lavam roupas, uma ou outra coloca sobre a grama para quarar. Passa por ali, alguns rapazes da cidade. Ao ver as mulheres fazem insinuações maldosas. Mãe e filha pegam a roupa. Põe numa bacia e saem dali em direção a casa. Sem saber a gravidade do problema, os rapazes insistem e pegam as duas à força. Dona Gertrudes reagiu juntamente com a filha, mas foram imobilizadas e violentadas. Após barbarizarem, foram estranguladas e jogadas no mato. Apenas a mãe morreu, a jovem embora em estado grave ainda vivia. Foram encontradas pelo Senhor Aniceto e socorridas à cidade. Todos pensaram que elas foram molestadas por estranhos, mas a filha conseguiu falar que a mãe tinha marcado o rosto de um dos tarados depois morreu. A cidade revoltada comentava o fato. Só que Senhor
Aniceto, tinha uma pista que ninguém sabia. Os próprios agressores pensavam que estavam a salvo. Estão reunidos na varanda da casa, dois irmãos e o primo. Ao ver o Senhor Aniceto, tentaram correr. Foram mortos a tiro. Quando o pai saiu correndo para defendê-los, também foi baleado. A mãe, avó dos moços, saíram e viram, o Senhor Aniceto que com um facão, decepava cabeças. Colocou todas dentro de um saco e levou para o posto policial. Foi preso e parece que não se importou. Na cela de noite, aquela alma atormentada, pois fim a própria vida. Este caso na época ganhou manchetes de todos os jornais. “Pai vinga a honra de toda a família” Mesmo que não tivesse sido preso sua vida não mais tinha valor. Este caso foi real, apenas trocamos os nomes para não melindre ninguém, algumas pessoas poderão lembrar-se de Seu Aniceto o homem mais honesto que viveu lá nas bandas do...
Oripê Machado.
Oripê Machado
Enviado por Oripê Machado em 30/01/2012
Reeditado em 01/02/2012
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