Viuva negra

Sobressaltada levantou da cama, entrava um vento forte pela janela do apartamento, uivando e derrubando coisas, suada e ofegante foi até a janela, mas sentindo o chão molhado, se viu diante de um cadáver esquartejado, em pleno pânico caminhou esbarrando em tudo, derrubou uma faca ensanguentada, e notou vísceras em outro canto do apartamento.

Agachada em um canto começou a chorar, se balançando pra frente e pra trás debilmente. Uma sensação de desmaio ia e vinha, náuseas e a vã tentativa de forçar a mente sobre o que tinha acontecido antes de ir dormir. Um branco em sua mente, como uma fita que foi apagada. Tomou coragem de ir ver de quem se tratava, virou o cadáver e um rosto totalmente estranho, um homem de cerca de 30 anos, de traços finos, tinha os olhos arregalados expressando o terror antes da morte. Procurou nos bolsos, e encontrou documentos, carteira de motorista, identidade, tudo ali, se perguntou o que ele fazia em seu apartamento...

Buscou um balde, limpou o chão, em um balde colocou os pedaços soltos do corpo, depois em um plástico o embalou. Claro que não poderia coloca-lo no lixo, não sabia o que fazer, se chamava a policia, se ligava para algum conhecido, não sabia se tinha sido ela a assassina, e seu namorado certamente estranharia que tivesse levado um homem já morto para casa...

Tomou banho, os corpo ainda dava sinais de pânico, as mãos as vezes tremiam, mas notou que tinha mais medo de ser pega como assassina que o incomodo de ser tal coisa. Apalpando seu corpo tentou ver sinais de luta, ou de sexo, procurou manchas na cama ao sair do chuveiro, ficou andando de um lado a outro como quem busca indícios que expliquem algo tão insano.

A certeza de que era uma assassina parecia a de um fato comprovado, notou a perspicácia dos cortes enquanto embalava o cadáver, bisturis eram a ela muito familiares enquanto cirurgiã, reconheceria o corte de um profissional à distancia e sua própria técnica então...

Luiz Augusto, assim chamou o ser agora inerte embalado no canto de sua sala, aquele nome não trazia qualquer lembrança. Ficou balançando a carteira dele e entrou em um tipo de transe, quando sua cabeça doeu e um silvo fino a ensurdeceu por alguns segundos e se lembrou....

A cena nítida, o sexo selvagem, o gozo em seu rosto, espalhando pelos cabelos, se misturando com o suor dos dois e o pavor nos olhos do homem ao ser cortado de cima abaixo em um único corte certeiro. Seu sorriso sádico, o chute que o derrubou e finalmente o banho de sangue. Bebeu, passou em si, a mistura de sêmem e sangue foi elixir, junto a outras drogas que já tinha ingerido com ele antes daquela hora, era culpada, lascivamente culpada, pois foi uma puta psicopata, uma viúva negra que gozou de seu macho e o matou.

A selvageria do sexo, entre tapas e arranhões, e chupões e lambidas, ele a fez sua puta, passou o pau em sua cara, segurou pelos cabelos, enfiou em sua bocetinha sem piedade, socou com gosto, lambeu seu rabinho empinado, meteu nele sem consultar, a fez gozar feito puta. Rebolar vadia, a gemer de quatro, com os peitos batendo enquanto ele metia com força. E foi crescendo a vontade de eternizar aquele desejo, a droga misturada ao álcool, o pensamento voando, o bisturi ao alcance das mãos e a loucura tomou conta de si.

Agora o sol entrava pela janela, tinha de ir pro hospital, então friamente teve a brilhante ideia de levar por pedacinhos pros residentes dissecarem, a cabeça enterraria em algum lugar, mas de resto apenas seguiu sua rotina.

T Sophie
Enviado por T Sophie em 15/02/2012
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