O Cemitério Assombrado II

Aos tropeços e muitas quedas, sem fôlego e suando frio, o coração em descabelada carreira, enfim, Noel consegue sair do cemitério e chega ao carro. Estranho não estar ali a sua namorada.

-Núbia...Núbia...cadê você? Eu, eu vi um fantasma, eu vi, juro. Núbia...?

Dentro do cemitério, Núbia perdida entre as covas e na escuridão entra em desespero. Com as pernas bambas, e quase desmaiando, tenta se localizar para poder sair dali. Tropeçou em restos mortais, jogados ali. Alguns osso de costelas, um fêmur e um crânio humano. Soltou um grito de pavor ao ter caído em cima e avistar a cena macabra.

Levantou-se, com desespero e ja em total desequilíbrio, parecia andar em círculo por entre as tumbas.

-Noel, Noel socorro. Noelllllllllll...

Gritava com desepero. Quando viu na escuridão, algo que parecia um grande cão, com um andar singelo, elegante por entre as tumbas. parou assustada. O grande animal fitou-a nos olhos estático. Ela, como quer hipnotizada pelos olhos de luz do animal.

Então, viu que não era um cão comum - era um lobo, como os que viram na tv, no cinema e nos livros. Alto, de pelos acizentados. O animal se aproximou dela sorrateiramente. Núbia permaneceu quieta, aflita. tremia feito vara verde. O suor lhe banhava o cenho.

- Oh, meu Deus....Oh, meu Deus...

O animal rosnou baixinho, cheirou-lhe os pés, as vestes. Enfiou o focinho por entre suas pernas cheirando-lhe o ventre. Num movimento brusco, movimentou-se para um dos lados e sumiu na escuridão por entre mausoléus e estátuas de anjos de pedra- que pareciam vivas, contemplativas do que ali ocorria.

Núbia danou-se a correr, mesmo que fosse em círculos por entre os componentes sinistro do ambiente. Então, mais uma visão assustadora. Sinistra.

Viu surgir do nada, tendo dois mausoléus, com características de ser de grande e ricas famílias a figura de uma jovem, de caracteristicas físicas às suas. Os cabelos soltos, negros. Olhar frio e penetrante. Vestida de preto. calça colante que lhe desenhava o quadril e a região pubiana, dando-lhe um ar sensual, convidativo. os seios, dois pomos firmes que não balançavam ao deslocar do seu charmoso andar.

-Ei, mocinha o que faz aqui?

Núbia nada respondeu. Soltou um grito que ecoou por todo o cemitério. estava ali, um fantasma a sua frente ao vivo e á cores. desmaiou. O seu corpo caiu pesadamente ao chão.

- Nossa. desmaiou - disse o jovem de cabelos negros e longos, vestia-se á semelhança da jovem de preto.

-Foi, quando me viu. Engraçado isso, o que ela achou que a gente era?

O casal de góticos resolveu deixá-la ali, no chão. Foram para o outro lado do cemitério, onde estava a sua galera que faziam festinhas no cemitério, regada a vinho barato e à maconha.

Leônidas Grego
Enviado por Leônidas Grego em 10/06/2012
Reeditado em 10/06/2012
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