A última refeição...

O corredor da morte...Um lugar maldito onde o condenado espera a sua hora de ir visitar o inferno e nele morar...
O grande e músculoso corpo de Mark descansava em um canto da cela
depois de horas na sala de musculação da penitenciária...
Há exatamente 12 anos 25 dias e 6 horas ele, num acesso de fúria matou com as próprias mãos seus avós, despedaçou os corpos e reza a lenda no presídio que teria comido partes dos pobres velhinhos, mas eram lendas e apesar da expressão furiosa de Mark nos últimos tempos, havia quem o absolvesse do duplo homicídio, e condenasse a sua execução ja marcada...Para o dia seguinte.
A voz aguda e irritante no alto falante acordou a todos na penitenciária, e como todo dia depois do bom dia, aquela música tocava, a mesma, sempre a mesma, mas que seria a última vez que Mark a ouviria...
No grande mural da penitenciária reservada a registros das atividades diária estava escrito... Ás 17 horas e 45 minutos, na câmara de execuções dar-se-á o cumprimento da execução por choque elétrico de Mark Jones Abdala.
Filho de um árabe com uma jamaicana, Mark estava estranhamente calmo, ficaria exepcionalmente neste dia numa cela a 15 metros da câmara de execuções, aguardando seu momento.
Do lado de fora dois antigos e confiáveis guardas o assistiam nas necessidades ultimas, e especialmente atenderiam o último pedido, 40 minutos antes da execução...
Os raios de sol da tarde entraram por uma ventarola no alto de uma das paredes e Mark sabia que a morte o aguardava...Aproximou-se da porta da cela e com a expressão dos resignados com a morte, chamou docemente um guarda...
___ Por gentileza senhor...Como último pedido gostaria de um filé bem  passado...
___ Será feita sua última vontade...
Os olhos ligeiros de Mark, observaram que a compleição física dos guardas  eram mediocres e que em relação a ele não passavam de pulgas perto de um  elefante... Alterou-se a fisionomia de Mark, e enquanto eles sumiam atrás de uma porta no final do corredor, a boca de Mark salivava ao imaginar a faca cortando aquela carne...Seria deliciosa... Com certeza suculenta e inesquecível, a última...kkkkkkkkkkkkk, e riu-se, riu o riso dos desesperados, dos dementes que encontram força apenas para rir da tragédia que lhes aguarda... 15 minutos depois, os dois guardas voltavam com a carne em um prato de louça portuguesa, já em pedaços, pois o condenado não poderia usar talheres...
Trouxeram também uma mesinha e uma cadeira de plastico, e as colocarm no meio da cela, Mark foi solto das algemas, sentou-se, esticou as mãos até as laterais daquele bonito prato de porcelana esmaltada, segurou-as e  pediu para os guardas aproximarem-se, gentilmente eles aproximaram-se, Mark então levantou-se, esticou os braços nos ombros dos dois guardas, como que  para uma oração, e num segundo, puxava um de encontro ao outro, numa violenta colisão de crânios... Os miolos de ambos espalharam-se pelo chão, e no silencio daquele corredor que só encontravam-se os tres, a morte visitou primeiro os dois guardas... As 17 horas e 40 minutos, quando os executores em número de 5 entraram no corredor da morte para cumprir a sentença, encontraram Mark sentado na cadeira terminando a refeição...Ele pegou o prato de porcelana esmaltada quebrou e dele fez duas adagas afiadas, abriu os guardas mortos, retirou  as carnes mais macias e fez sua ultima refeição... Deliciando-se com o sangue, fresco e quente.

Malgaxe

Malgaxe
Enviado por Malgaxe em 27/06/2012
Reeditado em 27/06/2012
Código do texto: T3748252
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