Amálgama Fantasma - Cap 6

VI

Após posicionar a primeira câmera com vista para o corredor do andar superior, Enzo e eu descemos para o térreo onde novas sensações começaram me atingir. Era incrível a quantidade de energia que existia naquela casa, quase como se os três espíritos ali presentes tivessem se fundido em uma só entidade que se fundira com a construção. Enzo colocou uma câmera térmica e um microfone sensível na sala de estar onde havíamos tido nossa conversa anterior, e um conjunto igual numa pequena biblioteca ali perto. Nos dois lugares tive um arrepio profundo, sinal de que aquele era com certeza um local de visitas constantes de nossos hóspedes imortais.

Mais uma porta e encontramos uma sala de jantar que faria o queixo de qualquer estrela de Holywood cair. A madeira de mesas, cadeiras e da cristaleira era ricamente trabalhada, com detalhes que deveriam ter levado meses para ficarem prontos. Um lustre de cristal estava pendurado no teto e sua estrutura fazia um barulho calmo quando o vento balançava suas muitas partes. A louça estava guardada em um armário claro e eu tinha certeza que o fio amarelo que decorava pratos e copos era ouro. Arrisquei o primeiro passo dentro do cômodo e mais uma vez senti o arrepio varrer-me a espinha. Alguém não me queria ali.

- Acho bom colocar uma câmera aqui também.

- Alguma posição especial?

Eu não havia reparado a princípio mas havia um pequeno quadro próximo a entrada, uma pintura de pés de café com um homem entre a folhagem. Minha mente ficou repentinamente letárgica, como se eu estivesse olhando o lançamento de um foguete, se não fosse um cutucão de Enzo ficaria naquele estado por um bom tempo.

- Tente pegar o quadro – Foi o que consegui dizer depois de alguns segundos, meus pensamentos pareciam encharcados.

Enzo posicionou o equipamento e distribuiu mais alguns pelo ambiente, então abriu outro bombom para ele.

- A cozinha é aqui perto, vamos dar uma olhada?

A cozinha era uma mescla entre o velho e o novo. Embora o piso, os azulejos e a pia conservassem o estilo antigo, geladeira, fogão e microondas davam um toque moderno ao ambiente. O fogão de lenha era um charme a parte, se bem que o estoque de madeira ao lado era bem perigoso caso um piromaníaco decidisse descontar sua frustração na casa.

E parecia haver algum piromaníaco por perto.

- Não gosto daquela lenha... – simplesmente disse – Ela é ruim...

- Pode ser mais específica?

O que ele queria que eu dissesse? Que sentia como se um lobo estivesse se escondendo atrás das toras com sua matilha pronto para atacar-me? Ou que eu tentasse descrever a sensação de esmagamento que envolvia meu espírito, como se uma garra negra tivesse se materializado na atmosfera e lentamente me envolvesse. Também podia explicar que era capaz de sentir a energia emanando daquele lugar como uma onda de calor, um hálito quente que soprava como se o próprio inferno estivesse aceso ali perto. Acho que sim, Enzo Velasquez, eu podia ser muito mais específica se quisesse, mas o que você não entende é que muitas vezes eu não quero ser específica.

- Só filme esse lugar com alguma coisa térmica – foi minha única explicação e Enzo a acatou.

- Parece que só temos o porão e terminamos aqui dentro.

Fiquei imediatamente desolada.

- Como assim terminamos aqui dentro?

Enzo me encarou com uma sobrancelha levantada.

- Ora, temos alguns hectares de café para ver depois.

Apenas pensar na possibilidade já me deixou cansada.

A porta do porão era da madeira mais velha que eu já havia visto e ao empurrá-la encontramos uma série de degraus que desciam até as trevas abaixo. Senti um calafrio antes mesmo das presenças me abaterem, porões nunca eram bons lugares e eu poderia apostar que aquilo não acabaria bem.

- Parece ter um interruptor aqui do lado. – Enzo disse tateando a parede até encontrar o furtivo interruptor.

As luzes se acenderam clareando o mesmo que um vela no centro do universo, por isso o cuidado triplicado ao descermos degraus de cimento tão gastos que se esfarelavam sobre nossos pés. Eu ia a frente com as mãos estendidas, era um gesto estúpido mas me acalmava um pouco pensar que uma entidade agressiva teria de destruir meus braços antes de me matar.

Chegamos a um espaço amplo e mais escuro do que claro. Ele deveria ter sido uma oficina ou algo bem próximo disso pois havia meia dúzia de bancadas de madeira cobertas com uma camada bem generosa de poeira, uma mesa de centro larga, prateleiras pregadas nas paredes e equipamentos tal qual pás, ancinhos, ferramentas em geral e até parte do motor de um trator espalhados. Uma série bem generosa de facões estavam próxima o bastante para eu ver a ferrugem envolvê-los, e em um deles algo vermelho que minha imaginação não tardou em deduzir ser sangue.

Mas diferente do que qualquer um poderia imaginar aquele lugar para mim era o paraíso.

- O que foi? – Enzo perguntou ao ver minha expressão.

Só então eu reparei que meus olhos estavam mais arregalados do que o habitual.

- Não tem nada... aqui... – Expliquei.

Numa casa com presenças tão fortes encontrar um ambiente livre de qualquer sensação maligna era mais ou menos como encontrar uma máquina de refrigerantes no meio do Saara. Era quase uma miragem e eu me forcei a aumentar a concentração para garantir que nada pudesse estar se escondendo nas sombras.

- Nadinha. – Respondi enfim – Nem um ecto-átomo de entidade está nesse lugar.

Enzo olhou meio desconfiado e foi checar mesas e gavetas próximas. Também esticou o pescoço para as pequenas janelas na parte superior e, após afastar as cortinas escuras que as cobriam, viu que mais da metade delas estava pregada com madeira ou teias de aranha. Ele ainda me perguntou outras duas vezes se eu tinha certeza sobre a ausência de entidades e mesmo com minha confirmação dupla ele deixou um microfone oculto só por garantia.

- Terminamos por aqui – disse batendo as mãos e parecendo bem orgulhoso de seu trabalho – Vamos lá para fora então.

Deixei meus ombros caírem num gesto de derrota. Com certeza iríamos até o fim da noite com aquela checagem.

E depois haveria a sessão de incorporação... Coisas estranhas sempre aconteciam durante sessões de incorporação... Quase sempre comigo...

- Eu não posso ficar fora dessa?

Enzo me olhou com uma cara confusa e precisei explicar-lhe minha linha de raciocínio.

- Nunca que você vai ficar fora dessa. – Ele respondeu com um sorriso cínico dando um tapinha na minha cabeça.

Foi sorte ele ter dado distância ou eu chutaria suas partes baixas.

Subimos as escadas e deixamos a casa pela porta dos fundos chegando a uma varanda ridiculamente espaçosa. Incontáveis cadeiras estavam espalhadas de forma muito convidativa para que você esquecesse o mundo e fosse aproveitá-las. Ao fundo havia um caminho de pedras que passava por dentro de um jardim florido e dava a volta na propriedade. Mais atrás havia uma casa de vidro, estufa para as mais variadas plantas, e atrás dela o cafezal que deu a fortuna a uma de nossas perturbadas entidades.

- Porque não moramos num lugar assim... – Acabei dizendo e deixando os ombros caírem.

- Relaxe, eu cobrei bem alto. Assim que nos livrarmos dessas entidades poderemos até tirar umas férias.

Eu levantei os olhos de tal forma que minha visão ficou embaçada. Não porque eu já sabia que o único lugar que Enzo gostaria de viajar seria para as jogatinas de Las Vegas ou para os chocolates da Suiça – e não é como se eu fosse reclamar se fôssemos para qualquer um desses lugares –, mas já tive dezessete experiências anteriores para saber o grande problema dos casos que Enzo pegava...

Seguimos pela estradinha de tijolos e minha pele teve um pinicar, contudo dessa vez não fora culpa das entidades mas sim do efeito térmico que entrar no meio de um local com muitas plantas causava. Os aromas se misturaram em meu olfato e eu não resisti respirar fundo para que aquele cheiro me preenchesse. As plantas ali não chegavam a ser grandes árvores, mas tinham grandes folhas e em algumas delas ainda era possível ver o orvalho matinal.

Foi quando, vindo na direção contrária, encontramos alguém que ainda não tínhamos encontrado.

A mulher que caminhava era alta. Sua pele cor de leite, olhos cinzas grandes e redondos, cabelos ruivos num tom desbotado. Em uma situação normal eu teria me atirado no meio da mata com medo daquele fantasma, mas como estava num estado expandido percebi estar lidando com algo um pouco mais simples.

Era só uma albina.

- Boa tarde – Enzo cumprimentou com um aceno.

A mulher estacou nos encarando com seus olhos grandes e eu dei um passo para trás de Enzo. Não que eu estivesse com medo dela. Claro que não! Eu era Talita! A médium do único parapsicoinvestigador do mundo! Havia recuado apenas para dar a Enzo mais espaço para dialogar com uma possível vítima.

- Imagino que vocês sejam as visitas que o senhor Basílio estava esperando.

- Sim, meu nome é Enzo, a assustada é Talita. E você?

Enzo precisou suprimir um espasmo de dor porque eu havia dado uma bem dada em suas costelas.

- Daniela – a mulher respondeu com um sorriso de sanatório – Encantada.

- Digo o mesmo – Enzo disse forçando um sorriso devido a dor e eu me senti vingada – A senhorita teria um minuto para conversarmos?

- Lamento, mas sou a única empregada na casa e devo começar a me preocupar com o jantar.

De repente aquela mulher passou a ser menos assustadora. Afinal ninguém que se preocupa com o jantar pode ser tão ruim.

- É justamente isso que me intriga Daniela, porque você aceitou o serviço? Tenho certeza que você ouviu histórias sobre esse lugar.

A jovem deu de ombros.

- Sim ouvi. Mas sempre aprendi que se deve temer os vivos, não os mortos.

Eu já tinha ouvido aquela expressão antes mas vinda da boca daquela mulher... Digamos que ela voltou a se tornar assustadora.

- Se me dão licença...

A jovem passou lançando uma piscadela para mim antes de se dirigir para o interior da mansão.

- Eeeeenzooooo... Essa mulher me dá arrepios...

Enzo continuou andando como se eu nada tivesse dito.

- Desde que não sejam arrepios sérios eu não me importo.

Deixei meu queixo cair de indignação.

- Você não pode me tratar assim! Eu não sou um objeto! – Disse apntando um dedo em minha direção.

- Claro que não Talita. Nenhum objeto matraqueia tanto quanto você. Nem perde tempo questionando sua própria existência ao invés de estar cumprindo a função a que foi designado. Agora, você não se incomoda de ter essa crise existencial depois de terminarmos a inspeção da casa? Assim você pode reclamar o quanto quiser... na sua cama.

Eu estava pronta para contra-argumentar quando a simples lembrança da king size fez o foco voltar à minha mente.

Seguimos até o fim do caminho de pedras e para o interior da estufa de vidro. A porta estava encostada e assim que Enzo a abriu senti um ar gelado tocando minha alma expandida. Eu bufei com a sensação e mesmo no calor do meio da tarde o ar que saiu da minha boca criou uma fumaça, como se eu estivesse respirando dentro de uma câmara frigorífica.

- Duvido que o ar condicionado daqui seja tão bom... – Enzo balbuciou afiando o olhar para o interior do local – Aliás, poderia apostar que eles não tem um sistema de refrigeração em funcionamento.

Aquela era a primeira manifestação física que tínhamos. Enzo imediatamente ligou a câmera térmica e terminou de empurrar a porta que abriu com um rangido.

- Sete de agosto. Quatro e quarenta da tarde. Estufa. Queda brusca de temperatura sem razão aparente.

Enzo gostava de fazer gravações como aquela nas poucas vezes que presenciava as barbaridades que já eram rotina em minha vida. Eu poderia dizer que ele se divertia com isso, porque seria inconcebível para mim alguém se atirar para o interior de um local como aquele com mesma a velocidade com que o Enzo se atirou, se não estivesse se divertindo para valer.

Era uma estufa como qualquer outra. A horta existia no chão, contendo desde alface e pepino até temperos como salsinha e cebola. Também haviam alguns vasos com violetas dispostos em mesas alguns metros acima do nível do solo e uma rede hidropônica um pouco acima de nossas cabeças. Após passarmos pela porta, o ar gelado se tornou novamente quente e úmido, me atingindo como um bafo contaminado, a mudança tão súbita de temperatura era uma manifestação ainda mais gritante de que alguma coisa estava errada e isso fez os pêlos da minha nuca se arrepiarem. Precisei de um instante para melhor me equilibrar, culpa tanto do medo quanto das pedras lisas. Além do mais, ficar naquele estado expandido podia ser formidável a princípio, mas conforme o tempo passava minha mente ia se tornando pesada, e as tarefas mais simples ganhavam complexidade. Eu podia ser uma ótima antena, mas era uma antena que precisava descansar.

Enzo carregava além da câmera um detector EMF para medição de campos magnéticos e mantinha ambos diante do rosto como um policial carregando sua lanterna e sua arma. Já eu vinha atrás e me adiantei para poder apoiar uma mão nas costas do Enzo, a coisa estava começando a ficar preta para o meu lado.

- Você pode descansar – Enzo disse sabendo que quando eu o tocava era porque estava chegando a meu limite.

- Depois que sairmos daqui... – balbuciei com mais dificuldade do que gostaria.

Avançamos pé ante pé pelas pedras que formavam o chão. O frio desaparecera deixando apenas o mormaço nos acompanhar, gerando um choque térmico incômodo. Outra preocupação era o silêncio, mesmo se tratando de uma estufa, folhas deveriam farfalhar, o que não acontecia. Caminhamos por entre as plantas mudas que pareciam nos observar com dezenas de olhos... Entretanto a sensação era só psicológica, meu espírito expandido não detectava a mínima presença de nada, o que era bem estranho porque com a manifestação física eu deveria estar tendo uma avalanche de sensações.

- Você não quer descansar? – Enzo perguntou algum tempo depois, quando a mão que eu mantinha em seu ombro teve o peso dobrado. – Você sabe como esse estado é delicado.

Eu tinha que concordar. Quando entrava nessa forma expandida podia sentir diversas coisas em diversos lugares. Pelo menos na maioria das vezes porque em alguns casos era como se o espírito tivesse um manto stealth e eu podia estar parada a seu lado que não conseguia localizá-lo. Isso havia acontecido uma vez alguns anos atrás, num caso particularmente desagradável, e Enzo sustentava uma cicatriz nas costas por culpa desse descuido.

O cansaço pesou e ciente de que eu era inútil num estado expandido se não pudesse me concentrar para encontrar entidades, fiz meu espírito voltar ao normal, sentindo algo bem próximo a um coice na altura do estômago.

- Fique de olhos atentos – Enzo disse me entregando a câmera – Avise se qualquer coisa estranha aparecer aí...

Eu assenti e para meu desgosto a coisa estranha aconteceu logo depois.

A câmera térmica tinha em sua maioria tons esverdeados, que só se tornavam amarelos ou vermelhos na silhueta de Enzo que eu via através da pequena tela do equipamento. Contudo ao virar o objeto para o lado buscando um melhor enquadramento vi uma massa amorfa e branca próximo a uma das plantas. Eu li na legenda o que aquilo significada.

- Eeeeenzooooo... Alguma coisa ali está a dez graus...

Apontei para onde o corredor terminava e ao focalizar a câmera vi a massa branca se tornar azul quando os dez graus positivos se converterem em negativo.

Enzo estava a minha frente quando o medo fez uma gota de suor escapar de minha testa e correr até o olho gerando uma ardência. Minha garganta era uma massa inchada e seca e eu sentia minhas pernas quererem falhar a cada passo... Eu conhecia sobre entidades o suficiente para saber que qualquer coisa capaz de interferir tão profundamente no ambiente era algo que deveria ser respeitado.

Porém antes que eu desse o novo alerta, a massa continuou se tornando de um azul cada vez mais escuro e não havia mais uma escala para que eu soubesse com quantos graus negativos estava lidando. A massa chegou a quase se tornar preta, digo quase porque antes disso ela explodiu... Pela câmera o azul espalhou uma onda de branco por toda a atmosfera até as cores irem gradativamente voltando ao verde, amarelo e vermelho.

O efeito na atmosfera foi tão intenso quanto na câmera.

Um vendaval nos atingiu como um gancho, finalmente farfalhando as folhas com força suficiente para que algumas delas se desprendessem de seus galhos. O golpe foi como enfiar a cabeça para fora do carro a oitenta por hora, um tranco que me obrigou a abaixar o corpo ou o centro de gravidade mais alto me derrubaria. Claro que o vento era o menos preocupante pois o ar veio tão gelado que foi como tomar um tapa em cada bochecha, os pêlos do meu braço se arrepiando de tal forma que era possível distinguir cada poro. Um tremelique involuntário me sacudiu, difícil de dizer se por frio ou medo.

Quando me recuperei tive tempo apenas de ver Enzo em uma corrida desgovernada pelo caminho de pedras. Eu sabia que era estupidez seguí-lo mas como sua primeira e única assistente não tinha muitas opções. Tomando cuidado para não escorregar nas pedras – pois isso ficaria registrado para sempre na câmera e eu sabia que Enzo a veria dezenas e dezenas de vezes – segui o valente parapsicoinvestigador até seu destino final tendo uma assustadora surpresa...

Havia uma mancha branca no chão, como se uma bola de neve tivesse sido jogada por algum engraçadinho e se espatifado ali. A coisa não seria tão assustaria se eu não tivesse certeza de que aquela era a primeira vez que tanto gelo havia sido encontrado junto e fora de um freezer naquela cidade tropical. Aos arredores da mancha as superfícies estavam brilhantes... O chão, as pedras e as plantas, e eu não demorei a perceber que a explosão de frio fora suficiente para congelá-los.

- A sensação térmica chega a zero graus – Enzo narrou para a câmera – Objetos num raio de dois metros foram congeladas por um efeito que pareceu imediato – e ao dizer essa última frase ele me fez mirar uma gota de orvalho presa a uma folha por um filete de gelo, mostrando que o evento de seu congelamento fora instantâneo.

Enzo avançou chegando ao marco zero da explosão de gelo. Ali encontrou um pequeno objeto e com cuidado desmedido o pegou colocando em um lugar visível para mim e para sua câmera.

- Parece uma cebola – concluí não me sentindo muito brilhante.

Enzo não deu atenção e começou a girar a cabeça em todas as direções, ele logo encontrou o que procurava e apontou um dedo para me mostrar.

- Alguém veio colher cebolas – concluí mais uma vez não me sentindo muito brilhante.

- Esse é o problema... – Enzo respondeu misterioso e eu só entendi o motivo ao me aproximar um pouco.

As fileiras onde os vegetais deveriam estar estavam vazias e devido a explosão tudo fora congelado. Entretanto algo era perturbador... A horta era bem grande e quando Enzo se esticou ficou claro que seriam necessários braços de pelo menos dois metros para tirar as últimas fileiras de vegetais sem deixar marcas de pegada na terra.

E não haviam marcas de pegadas na terra.

- A grande questão é... Porque entidades precisariam de cebolas?

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Pessoal, quero agradecer de novo os comentários e os elogios, vocês não têm ideia de como ajudam fazendo isso.

Sei que vai ser uma maldade mas continuo quinta 16/08

Até lá!

Gantz
Enviado por Gantz em 14/08/2012
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